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Aditivos químicos em alimentos e os danos que causam à sua saúde

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Muitas pessoas consomem alimentos industrializados, mas nunca tiveram interesse em ler a lista de ingredientes da composição destes produtos, portanto nem sabem de fato o que estão ingerindo. Na verdade, estão colocando para dentro de si muitas substâncias que só farão mal a sua saúde, seja no momento presente ou no futuro.

Para ajudá-lo a conhecer estes componentes adicionados aos alimentos processados, e suas implicações na saúde humana, apresentamos a lista a seguir. Ela detalha algumas das propriedades colaterais, verificadas em testes feitos por especialistas. Os efeitos se apresentaram em função do uso sistemático e prolongado destas substâncias. Os conceitos estão embasados em pesquisas citadas nos livros ‘Farmacologia e Terapêutica Veterinária’, de N.P.H. Both e L.E. McDonald, e ‘Relatório Orion’, de Márcio Bontempo.

Para que serve cada aditivo:

Acidulante – Dar acidez e conservar

Aromatizante – Dar aromas e sabores

Antioxidante – Impedir a ação do oxigênio

Antiumectante – Eliminar a umidade

Conservante – Impedir a deterioração

Corante – Dar cor

Edulcorante – Adoçar

Espessante – Dar volume e viscosidade

Estabilizante – Dar cremosidade

Há também os aditivos acidentais. O que são estes? Os aditivos acidentais são aqueles que estão nos alimentos de forma não intencional. São exemplos desses aditivos: 

- Resíduos de agrotóxicos utilizados no combate as pragas e que permanecem nos vegetais, contaminando inclusive os animais que se alimentam deles. Ao ingerirmos esses vegetais a animais, ingerimos também pequena parcela de agrotóxicos. O emprego abusivo de agrotóxicos e a colheita de vegetais antes do término do período de carência são responsáveis pela contaminação dos alimentos, que tem atingido níveis alarmantes em alguns países, como o Brasil, onde se constata, por exemplo, a presença de DDT (um pesticida largamente utilizado).

- Resíduos de antibióticos utilizados no combate as doenças do gado e das aves que são encontrados nas carnes e no leite, incorporam-se, assim no nosso organismo. 

- Detergentes utilizados na limpeza das máquinas processadoras de alimentos, óleos usados na lubrificação das máquinas, principalmente na indústria de panificação. Substâncias utilizadas na fabricação de embalagens, capazes de contaminar os alimentos. 

- A última é uma que é difícil de acontecer, ela é por contaminação radioativa, que pode ocorrer pela utilização de armas nucleares, ou por acidente em usinas nucleares, como, por exemplo, a usina de Chernobyl, na Ucrânia, antiga União Soviética. 

Mas vamos nos ater às substâncias intencionalmente colocadas nos alimentos, com o objetivo de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades.

 

CONSERVANTES

P I (Ácido Benzóico): Pode causar alergia e distúrbios gastrointestinais.

P II (Ácido Bórico): Considerado tóxico, em alguns estudos.

P III (Ésteres do Ácido B-hidróxibenzóico): Dermatite, redução da atividade motora.

P IV (Ácido Sórbico): Citado como tóxico em alguns estudos.

P V (Dióxido de Enxofre): Redução do nível de vitamina B1 nos alimentos. Mutagênico, para animais de laboratório.

P VI (Oxi e Clortetraciclina): Reação de hipersensibilidade, resistência bacteriana.

P VII (Nitratos), PVIII (Nitritos): Originam nitrosaminas, que podem causar câncer no fígado, bexiga, esôfago.

P IX (Propionatos de Cálcio ou de Sódio): Citado como tóxico.

P X (Esterdietil pirocarbônico): Formação de uretanas (carbonato de etila solúvel em água), que são cancerígenas.   

P XI (Ácido deidroacético): Dificulta a digestão.

 

CORANTES

C I (Corantes naturais): Feitos de plantas (urucum), podem causar alergias.

C II (Corantes artificiais): Podem originar ações tóxicas sobre o feto, anemia.

C III (Caramelo): Pode conter substâncias que causam convulsão.

 

ESPESSANTES (EP)

EP I (Agar-Agar), EP II (Alginatos), EP III (Carboximetilcelulose), EP IV (Goma Tragacanto), EP V (Goma Arábica), EP VI (Goma Caraia), EP VII (Goma Guar), EP VIII (Goma Jataí), EP IX (Mono e Diglicerídio), EP X (Musgo Irlandês), EP XI (Celulose microcristalina): Todos podem causar irritação da mucosa intestinal, com ação laxante.

 

EDULCORANTES (ED)

ED I (Sacarina): Pode causar, a longo prazo, câncer na bexiga (animais de laboratório).

ED II (Esteviosídeo): Sem referência em estudos.

 

ESTABILIZANTES (ET)

ET I (Fosfolipídeos): Aumento do colesterol sanguíneo.

ET II (Goma arábica), ET III (Mono e diglicerídeos): Irritação da mucosa intestinal.

ET IV (Polifosfatos): Aumento da frequência de cálculos renais, distúrbios gastrointestinais.

ET V (Óleo vegetal bromado), ET VI (Citrato de Sódio), ET VII (Lactato de Sódio anidro), ET VIII (Esteroil-e-lactil-lactano de Sódio): sem referência tóxica.

ET XI (Monopalmitato de sorbitana), ET XII (Monoesterato de sorbitana), ET XIII (Triesterato de sorbitana), ET XIV (Polissorbato 60), ET XV (Polissorbato 65), ET XVI (Polissorbato 80), ET XVII (Polissorbato 20), ET XVIII (Polissorbato 40): Todos eles facilitam a absorção de hidrocarbonetos cancerígenos.

ET XX (Celulose microcristalina): Irritação da mucosa intestinal.

 

UMECTANTES (U)

U I (Glicerol), U II (Sorbitol): Sem referência tóxica.

U III (Dioetil Sulfonato de Sódio): Distúrbios gastrointestinais e da circulação pulmonar.

U IV (Propilenoglicol), U V 9Lactato de sódio): Sem referência tóxica.

 

ACIDULANTES (H)

H I (Ácido Acético ou vinagre), H II (Ácido Cítrico), H III (Ácido Fosfórico), H IV (Ácido Fumárico), H V e HVI (Ácido Glicônico), H VII (Ácido Láctico), H VIII (Ácido Málico), H IX (Ácido Tartárico): Todos podem causar descalcificação dos dentes e ossos.

 

ANTIOXIDANTES (A)

A I (Ácido Ascórbico ou vitamina C), A II (Ésteres de Glicerose/Ácidos Graxos): Sem referência tóxica.

A III (Ácido Fosfórico): Aumento da frequência de cálculos renais).

A IV (Ácido Nosdiidroguairético): Interferência no metabolismo das gorduras.

A V (Butilhidroxianisol - BHA): Ação tóxica sobre o fígado.

A VI (Butilhidroxitolueno – BHT), A VII (Citrato de monoisopropila): Sem referência tóxica.

A VIII (Fosfolipídeos – lecitina): Aumento do colesterol sanguíneo.

A IX (Galato de propila, Duodecila ou Octila): Reações alérgicas.

A X (Resina de Guaiaco), A XI (Tocoferóis): Sem referência tóxica.

A XII (EDTA): Descalcificação, redução de absorção de ferro.

A XIII (Citrato de monoglicerídeo): Sem referência tóxica.

 

ANTIUMECTANTES (AU)                   

AU I (Carbonato de Cálcio), AU II (Carbonato de Magnésio): Sem referência tóxica.

AU III (Fosfato Tricálcico): Tóxico.

AU IV (Citrato de ferro amoniacal), AU V (Silicato de Cálcio): Sem referência tóxica.

AU VI (Ferrocianeto de Sódio, Cálcio e Potássio): Ação tóxica sobre os rins.

AU VII (Alumínio Silicato de Sódio). AU VIII (Dióxido de Silício): Sem referência tóxica.

 

FLAVORIZANTES E AROMATIZANTES (F)

F I (Essências naturais), F II (Essências artificiais), F III (Quimicamente definidos): Podem causar alergias, retardar o crescimento e produzir câncer.       

Em alguns países, o uso de ciclamatos, consumidos como adoçantes, está proibido em quaisquer condições, por serem comprovadamente causadores de câncer. Contudo o Brasil continua utilizando como adoçantes, sem restrição alguma. 

Até algum tempo atrás certas indústrias utilizavam antibióticos como conservantes do leite. Isso era um problema muito grave pois o consumo excessivo de antibióticos prejudica a flora intestinal, além disso algumas bactérias podem sofrer mutações tornando-se imunes a esses medicamentos. 

O pior de todos os problemas encontramos nos doces como: balas e chicletes, onde se utiliza EP.V, mais conhecida como goma arábica (aquela cola que usamos nos correios, ou para fazer pipas etc) ela é utilizada como espessante, para substituir o amido.

A maior parte dos alimentos industrializados passa por diversos processos que podem interferir na sua qualidade e no seu valor nutricional. Vamos verificar alguns casos.

Leite

Logo após a ordenha, o leite é colocado em tambores, que diversas vezes ficam expostos ao ar livre, até serem transportados. Na usina, uma pequena amostra é misturada a um mesmo volume de reagente chamado alisarol, que verifica a qualidade do leite. Durante a pasteurização, o leite tende a coagular. O leite aprovado é encaminhado a uma desnatadeira, que lhe retirará 1% dos 4% de gordura, transformando-o em leite tipo C. Já o leite desnatado é destituído de sua parte nobre, a gordura, e é vendido com o nome diet ou light. A gordura extraída tem muita utilidade, como, por exemplo, a manteiga (80% de gordura e 20% de água), além de iogurtes, cremes e doces. Contudo as fraudes acontecem antes, como por exemplo a adição de antiácidos (bicarbonato de sódio e soda cáustica) que impedem a identificação dos ácidos provenientes da fermentação. Formol (usado para conservar defuntos), água oxigenada, cloro e antibióticos são usados para impedir a ação das bactérias, e o cloro funciona ainda como alvejante para o leite. O formol pode reagir com o leite e formar o metanol

O antibiótico muitas vezes pode ter vindo da própria vaca que estava em tratamento, nesse caso ele pode ser definido como ‘aditivo acidental’, quando isso ocorre só é identificado pelas usinas na hora da fabricação de queijos e iogurtes, que acabam não fermentando. 

A classificação do leite também pode variar de acordo com as técnicas utilizadas na ordenha: 
Leite A- inteiramente automatizado, sendo completamente processado na própria propriedade. 
Leite B- apenas a ordenha é mecanizada, os procedimentos restantes ficam por conta da usina. 
Leite C- a ordenha é manual, os procedimentos seguintes são por conta da usina. 

Como se pode observar, o risco de contaminação do leite varia com a classificação dele, e os critérios adotados variam de acordo com quem o processa. 

 

Carnes 

A indústria alimentícia tem três mandamentos básicos, que são: conservar, aproveitar e vender. Peixes e carnes em geral são conservados e tratados desde o abate. Os peixes são conservados com um antibiótico (tetraciclina) e bissulfito, enquanto as carnes recebem os nitratos e os nitritos que as deixam vermelhinhas. O sabor e o aroma das carnes dependem da ação dos nitritos e nitratos, e podem ser acentuados pela ação do glutamato monossódico, que estimula as papilas gustativas. 

Ingredientes usados para fabricar salsichas

- carne bovina moída

- miolos de porco

- sal de cozinha

- proteínas texturizadas de soja (1/3 no total), podendo ser substituídas por papel-jornal ou papelão

- Polifosfato-ET IV

- Nitrito-P VIII

- Glucona delta-lactona-H X

- Ácido ascórbico  

 

Processo usado para a fabricação da salsicha: A carne é misturada e submetida à pasteurização, a seguir é cozida com os demais ingredientes por 14 horas. Por fim é embalada em invólucros pré-fabricados e coloridos artificialmente. É possível ainda encontrarmos na salsicha o dietilestibestrol (DES), um hormônio que atua em nosso organismo como anabolizante, o mesmo tipo de substância usada por Bem Johnson nas olimpíadas de Seul.

A princípio, o acréscimo de aditivos tem por objetivo eliminar a bactéria Clostridium botulium, causadora do botulismo. Essa bactéria não deteriora o alimento, mas se aloja na forma de esporos que, quando consumidos, encontram condições favoráveis à sua reprodução. Sendo assim, há produção de uma toxina que pode matar um indivíduo em 72 horas. 

O mais engraçado é que o mesmo aditivo que previne a morte poderá futuramente causá-la. Os nitratos são transformados em nitritos. Estes em conjunto com o ácido nitroso, e por nitrosaminas, são cancerígenas.



Bebidas

A cerveja recebe a vitamina C como antioxidante. Já o vinho e os sucos de frutas usam o dióxido de enxofre (que em excesso provoca náuseas, vômitos e diarréias) como conservante, (sem isso o vinho viraria vinagre). 

Frutas

As frutas sofrem manipulações desde a colheita. A banana e o caqui, por exemplo, são maturados em galpões fechados com a presença do gás eteno.  A casca da banana é decomposta com facilidade por fungos, para que isso não ocorra é tratada com um antibiótico chamado nistatina. A laranja possui um antioxidante natural, o ácido ascórbico (vitamina C), que destrói os vírus, porém sua decomposição é feita principalmente pela ação dos fungos. 


Doces 

O chocolate é proveniente do cacau, que é torrado e moído para receber açúcar, leite em pó, lecitina de soja, vanila (aroma artificial de baunilha) e complementos como frutas e castanhas. A seguir é submetido a processos que o deixam macio, cremoso, com brilho e textura apropriados, para finalmente ser enformado e estocado a 18ºC e 65% de umidade. 
O chiclete, ou goma de mascar surgiu de uma árvore denominada abeto, cuja seiva de matéria prima foi utilizada para as primeiras gomas do mercado. Como o abeto era usado para outros fins, como papel de imprensa, por exemplo, sua exploração comercial quase o extinguiu. A partir daí o abeto foi substituindo pela parafina de vela, que era adoçada e comercializada. 
Mas o destruidor dos dentes surgiu graças a um dentista chamado William Semple, que usou a borracha como matéria-prima na fabricação de gomas para exercitar a mandíbula e estimular as gengivas. 
A gelatina é composta de proteínas dispersáveis em água. Ela é classificada como colágeno, que é obtido a partir de ossos do tecido conjuntivo de animais. Conforme a temperatura, adquire o aspecto conhecido. 
Algumas geleias são preparados ricos em substâncias gelatinosas (mocotó, ossos e patas de certos animais, espinhas e peles de peixe), que são coradas, aciduladas e aromatizadas.

O que são monoglicerídeos e diglicerídeos?
Os triglicerídeos representam cerca de 95% dos lipídios (gorduras) da dieta. Forma-se uma molécula de triglicerídeo quando uma molécula de glicerol (um álcool com três átomos de carbono) se combina com três moléculas de ácido graxo. Às vezes apenas um ou dois ácidos graxos se combinam com uma molécula de glicerol e formam-se, respectivamente, monoglicerídeos e diglicerídeos.  
Mono e diglicerídeos são ésteres de ácidos graxos comestíveis formados, geralmente, a partir do álcool doce glicerina. Essas substâncias são fabricadas sinteticamente com o objetivo principal de serem usadas como emulsificantes de oleomargarina. Também são usadas em produtos de confeitaria para manter a ‘maciez’, em bebidas, sorvetes, bebidas lácteas, leite, goma-base, gordura vegetal sólida, banha, confeitos, chocolate e doces de chocolate, gordura animal purificada e coberturas cremosas. Também se estudam seus possíveis efeitos cancerígenos. 

O que é gelatina? Existe algum substituto? 

A gelatina (muito usada em sobremesas) é feita de ossos, peles e tendões de animais bem fervidos. Há uma substância alternativa chamada agar-agar, derivada de algas. Outra é feita de raiz de kuzu (planta oriental, usada deforma semelhante à araruta). Vende-se agar-agar em fios semelhantes a macarrão, em pó ou em barras compridas, e sua cor geralmente é esbranquiçada.  

Algumas gelatinas casher são feitas de agar-agar, mas a maioria não é. Algumas substâncias que são vegan e que vêm substituindo a gelatina são a goma guar e a carragena. Só alguns ‘emulsificantes’ são vegans. Usa-se gelatina em fotografia. Embora exista tecnologia para substituir o filme fotográfico, seu preço ainda é proibitivo e a demanda insuficiente. Esperamos que, com o crescimento do vegetarianismo e do veganismo, esta situação em breve se altere. 

 

 

Fontes: Jornal Vida (reportagem)

http://www.curaeascensao.com.br/alimentacao_saude/agrotoxico/agrotoxico.html


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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024










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