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A extinção massiva dos rios brasileiros - Por consequência, a escassez de água e de alimentos já está às portas

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O fenômeno da Pororoca do rio Araguari, mundialmente conhecido, já não existe mais. Você sabia disso? As águas do rio Araguari, no Amapá, já não têm forças para chegar à foz e sofrer a força reversa das águas, o que gerava as ondas. Construíram barragens em seu leito para gerar energia, que vem para o sul do país, além de pisotear suas margens com manadas de búfalos. 

As águas do Araguaia estão cada vez mais escassas. Muitos de seus afluentes, antes perenes, agora também são intermitentes. O São Francisco agora terá uma vazão de apenas 700 m3/s. Um rio que, segundo o discurso oficial do antigo governo federal, tinha uma vazão 'firme' de 1800 m3/s a partir de Sobradinho. E olha que a Transposição sequer começou. Onde Domingos Montagner morreu, na verdade, o que existe é um fiapo de água, em comparação com o que era o Cânion do São Francisco.

O mais emblemático, sem dúvida, é o rio Doce. A tragédia da Samarco não tem precedentes em território nacional, mas está sendo tratada como algo secundário e como se fosse apenas um acidente de percurso.

Se falarmos, então, da qualidade de nossas águas, teremos que lembrar do Tietê e do Pinheiros, a cara, a cor e o cheiro do desenvolvimento de São Paulo. O que acontece não é fruto apenas de como se trata as calhas principais de nossos rios, mas de todo o desmatamento do território dessas bacias. A destruição do Cerrado - reconhecimento rotineiro nos meios científicos e socioambientais - levará consigo os rios que dependem do Cerrado. Já em 2004 tínhamos a informação que, apenas no Norte de Minas, cerca de 1200 rios menores tinham sido eliminados. Sem o Cerrado, nos dizem os cientistas, não haverá São Francisco, Araguaia e tantos rios que dependem dos aquíferos do Planalto Central. A criação do MATOPIBA - território do agronegócio no Cerrado - levará às profundezas esse modelo predador do bioma.

A curva de decadência de nossos rios coincide exatamente com a expansão das monoculturas, seja de grãos, de gado, ou outra qualquer. É só comparar os gráficos a partir da década de 1970. Toda classe política, todo mundo econômico - exceções de sempre - está a alguns anos-luz distante de enxergar o país por esse ângulo. Então, prosseguimos em linha reta rumo ao abismo.

 

Nota do site: MATOPIBA - Região do Cerrado que vem sendo usada para agricultura e confinamento de bovinos para engorda, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste do estado da Bahia.

 

Colapso dos rios brasileiros 

(Fonte: http://marsemfim.com.br/colapso-dos-rios-brasileiros/)

Poluídos e maltratados, o colapso dos rios brasileiros que desaguam no mar é fato.

Rios e corpos d’água que desaguam na costa.

Esta matéria tem o objetivo de comentar sobre a sorte de TODOS OS RIOS QUE DESAGUAM NA COSTA BRASILEIRA. Cem por cento deles estão contaminado por poluição, e 99%, completamente assoreados, já não se prestam à navegação.  O poder público é omisso, conivente, incapaz de cumprir obrigações básicas como prover as cidades de saneamento básico, coleta e tratamento de lixo, educação de boa qualidade, aplicar e fazer cumprir a legislação ambiental, etc. Cansei de ouvir de especialistas da academia a frase: ‘nossa legislação ambiental é perfeita, só que inexequível’. Por quê? Porque falta vontade política, investimentos, e eficiência nos gastos públicos.

O outro problema dramático é a falta de educação da população. Das classes mais abastadas, portanto em condições de se informar, às mais baixas, quase todos jogam lixo nas ruas, riachos, rios, ou espaços públicos como as praias. O resultado é assustador, um pré-réquiem para os rios brasileiros.

 

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul não tem grandes rios, apenas arroios. O grande corpo d’água do estado é o lago Guaíba.

Santa Catarina

O vale do Araranguá. Não se deixe impressionar pela beleza. As águas do rio estão podres.O vale do Araranguá. Não se deixe impressionar pela beleza. As águas do rio estão podres.

 

A poluição do Araranguá

Um dos maiores, se não o maior rio do estado, é o Araranguá. Pesquisando sobre ações do Comitê de Bacias, encontram-se platitudes como esta:  'Vamos desenvolver capacitações, recuperação de vegetação, buscar técnicas de solução para as fontes de poluição existentes, a identificação de contaminantes nos rios…' Ahã, então tá. Estamos no século 21, é hora do blá-blá-blá ir pro saco. A hora é agora! O Brasil pede ação!

O rio Tubarão

Além do Araranguá, há outro rio importante no estado, o Tubarão. A seguir relato que fiz na primeira, e minuciosa, viagem do Mar Sem Fim:

No passado ele era estreito e sinuoso (o rio Tubarão) depois, no final dos anos 70, seu curso foi alterado (em razão de enchentes). Então ficou largo e reto, quase um canal. E foi dragado diversas vezes…no caminho passamos em frente à Usina Termoelétrica Jorge Lacerda, instalada em suas margens, uma das maiores do país (482 mil kW) que opera a partir da queima de carvão. Toda a bacia do Tubarão está comprometida, degradada pelos rejeitos da extração e beneficiamento do carvão, atividade comum no sul de Santa Catarina, e também pela poluição industrial. A cor da água é de um marrom leitoso e, em suas margens, quase não há mata ciliar substituída por pastos e fazendas de camarão.

O rio Araranguá é ainda pior

O rio serpenteia por entre um vale muito verde até a altura da praia. Então faz uma curva para o norte quando seu curso segue paralelo à faixa de areia uns bons 500 metros, até desviar para a direita, cortando a praia ao meio, para seu encontro com o mar. A poluição do Araranguá se intensifica na região de Criciúma, onde há grandes minas de carvão. A água usada para lavar o mineral ou, ‘rejeitos perigosos’, é jogada no Araranguá. Para piorar, seu curso passa para uma região onde há grandes culturas de arroz, uma das que mais usam herbicidas e agrotóxicos. Juntando-se a estes fatores a rápida urbanização do município, e a crônica falta de investimentos em saneamento básico, o resultado não poderia ser outro: alta poluição.

Acrescento que o Araranguá teve sua mata ciliar decepada o que gerou erosão e assoreamento. O rio, que antes recebia barcos de porte médio, hoje não pode nem com jangadas…

Foz do Araranguá.Foz do Araranguá.

Paraná

A baía de Paranaguá é o acidente geográfico mais notável da costa deste estado e, como todos os outros corpos d’água que desaguam no mar, está comprometida. Fabian Sá, doutorando em Geoquímica Ambiental, da UFPR, nos falou da contaminação da baía de Paranaguá por metais pesados, arsênico e níquel. As duas substâncias, ele constatou, apresentaram níveis acima dos da Resolução do Conama, que trata a questão.

Embarque de soja deixa o ar espesso em Paranaguá.Embarque de soja deixa o ar espesso em Paranaguá.

O segundo ponto notável da costa do estado é a baía de Guaratuba, também contaminada… A baía de Guaratuba é pequena, se comparada a Paranaguá. São ‘apenas’ 52 km de estuário e, de acordo com Rangel Angelotti, da Universidade Federal do Paraná, o maior conflito, e pressão, diz respeito ao crescimento populacional das cidades do entorno. Como sempre o saneamento básico é pífio, o crescimento desordenado das cidades, uma constante, e o Estado, que nunca tem tempo de planejar, segue atrás, correndo contra o prejuízo, assim definiu o professor Rangel.

São Paulo e o Ribeira de Iguape

O Lagamar é um gigantesco estuário cercado pelo maior trecho contínuo de mata atlântica do Brasil. Ligando os dois extremos, Paraná e São Paulo, há uma série de canais que começam em Iguape, sul de São Paulo, e seguem até Paranaguá, no norte do Paraná recebendo a água do mar por várias ‘aberturas’, ou barras. O interior dos canais e baías são cercados dos dois lados por imensos manguezais, um dos mais importantes ecossistemas marinhos: várias espécies de peixes, crustáceos e moluscos, além de uma infinidade de aves marinhas que usam suas copas como habitat, dependem dele para seu ciclo de vida.

Ilustração mostra o desvio que fizeram no Ribeira de Iguape, com a abertura do Canal do Valo Grande, algoz do Lagamar. Ilustração mostra o desvio que fizeram no Ribeira de Iguape, com a abertura do Canal do Valo Grande, algoz do Lagamar.

Biodiversidade do Lagamar e o vilão: Canal do Valo Grande

Apenas a Mata Atlântica, em seus 7% restantes, concentra cerca de 20 mil espécies vegetais o que corresponde a 35% de todas as espécies brasileiras. Parte deste tesouro esta se perdendo há anos sem que se tome uma providência para minimizar o risco. O grande vilão é o Canal do Valo Grande, espécie de ‘atalho’ feito pelo homem no rio Ribeira de Iguape em 1852. Naquele tempo o porto de Iguape era um dos mais importantes do Sul do Brasil e ficava defronte a cidade. Por ele era escoada a produção agrícola, especialmente o arroz. O rio Ribeira serpenteava por trás da cidade até atingir sua barra alguns quilômetros ao norte de Iguape. Para economizar tempo, decidiu-se abrir este canal ligando o Ribeira diretamente ao ‘Mar Pequeno’, onde ficava o porto.

Consequências da abertura do Valo Grande

Desde então a cidade de Iguape literalmente naufragou. O canal, que deveria ter no máximo 40 metros, sofreu os efeitos da erosão provocada pela vazão do rio. Hoje tem mais de 300 metros de largura. Grande parte da cidade foi tragada. Junto com a enorme vazão vieram toneladas de sedimentos e muita água doce. Os sedimentos assorearam o Mar Pequeno e a barra de Icapara, inviabilizando o porto. E a água doce, que continua a fluir livremente até hoje, está matando o manguezal e provocando o fechamento de bocas de rios com capim. Com a morte do manguezal desapareceram os peixes. Não há mais ostras nas raízes aéreas do mangue, ou siris e caranguejos na área alagada. Outra consequência foi o assoreamento da calha do Ribeira. O curso natural do rio perdeu sua força e, na barra, o mar e os sedimentos marinhos começaram a entrar. O resultado é desastroso para a biodiversidade de todo o Lagamar.

Valo Grande fechado uma única vez desde sua abertura

Desde a abertura no século passado apenas uma vez o canal foi fechado. Aconteceu no anos 70, quando Paulo Egydio Martins era governador. Nesta época o Jornal da Tarde fez uma grande campanha pelo fechamento do Valo. Paulo Egydio comprou a briga. Uma barragem de pedras foi construída mas não durou muito. Em 1983 uma grande cheia do Ribeira destruiu a contenção, e a água doce voltou a invadir o Lagamar, situação que persiste até hoje.

Rio de Janeiro, baía de Guanabara

Passamos pelo vão da ponte Rio-Niterói e navegamos para a Ilha do Fundão, podendo ver no fundo da baía uma cena sinistra: uma espécie de cemitério de navios. São imensos cascos, alguns ainda com o convés de pé, antigos, abandonados, adernando enferrujados à espera da morte. Como é caro desmontá-los, eles ficam ali aguardando não sei qual desastre para se desintegrarem de vez, provocando mais um problema ecológico na maltratada Baía de Guanabara. Na ilha do Fundão novas cenas de terror. A poluição nesta parte (lado Oeste) é tamanha que flagramos pescadores passando a rede na praia e recolhendo dela três camarões, um siri, um pé de tênis, vários copos e muitos sacos de plástico. Degradante.

Baía de Guanabara: duas refinarias, três portos, dezenas de estaleiros, centenas de oficinas clandestinas, e 9 milhões de pessoas no entorno SEM saneamento básico.Baía de Guanabara: duas refinarias, três portos, dezenas de estaleiros, centenas de oficinas clandestinas, e 9 milhões de pessoas no entorno SEM saneamento básico.

Problemas da baía de Guanabara

Nove milhões de pessoas vivem no entorno da baía, e há duas refinarias dentro dela: a Duque de Caxias, da Petrobrás, e outra privada, do Grupo Peixoto de Castro. Três portos, diversos estaleiros, milhares de oficinas clandestinas; 15.000 litros por segundo de esgoto doméstico jogado in natura (Eliane Canedo de Freitas Pinheiro, livro ‘Baía de Guanabara’); uma frota de automóveis poluentes circulando em toda sua volta; assoreamento dos rios; ocupação desordenada das bacias hidrográficas; e 16 municípios em volta. De quem é a culpa senão do estado? Ou melhor, da ausência do estado. Pagamos impostos escorchantes e temos de volta 15 mil litros de esgoto in natura, por segundo, despejados no maior cartão postal do país.

A baía de Guanabara recebe 15 mil litros de esgoto não tratado por segundo, todos os dias!A baía de Guanabara recebe 15 mil litros de esgoto não tratado por segundo, todos os dias!

Espírito Santo

Havia o Rio Doce. Havia. A Samarco, a Vale e a BHP deram cabo dele. O rio está morto, o cenário é o pior possível, disse Luciano Magalhães, diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), de Baixo Guandu (ES). Morte anunciada em razão de uma legislação frouxa e inexistência de fiscalização, portanto, mais uma vez, co-autoria do poder público. Além da Samarco, propriedade da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, o governo federal também deveria ser punido.

A morte do rio Doce, fuzilado pela Samarco, Vale, BHP Billiton e o Governo Federal.A morte do rio Doce, fuzilado pela Samarco, Vale, BHP Billiton e o Governo Federal.

A gigante BHP e seu dedo podre

O governo federal foi tão omisso que não se preocupou com o histórico de acidentes da empresa. A BHP Billiton tem dedo podre. Acidentes graves são frequentes onde atua. Um dos piores aconteceu em Papua-Nova Guiné, ao abrir uma mina de ouro e cobre, a OK Tedi Copper Gold Mine, em 1984. Durante 20 anos despejou, dia após dia, 80 mil toneladas de rejeitos contendo cobre, cádmio, zinco e chumbo, diretamente na bacia do rio Fly, o que arruinou terras de milhares de agricultores, envenenando 2.000 quilômetros quadrados de floresta. A empresa tem expertise em detonar rios. Em Papua Nova Guiné matou dois de uma só vez:  o Fly e o Ok Tedi. Para fugir das responsabilidades, assinou acordos com líderes comunitários, aborígenes que, sem saber que estavam assinando, isentaram a empresa do pagamento de indenizações. O histórico podre da BHP gerou um relatório alternativo, BHP Billiton Dirty Energy, em 2011, disponível na internet. Ele informa sobre a destruição de comunidades na Colômbia, acidentes na Indonésia e Austrália. E mostra os resultados da empresa:  fiz uma rápida pesquisa no site do Mining Journal. No campo ‘Search here’, digitei  ‘accidents caused by BHP’. O que apareceu foi assustador. Nada menos que 18.178 resultados!  É inacreditável. Faça o teste e verá.

Bahia

A maioria dos rios é de pequeno porte, exceção ao Jequitinhonha, cuja extensão é de cerca de mil quilômetros. O rio nasce em Minas Gerais, no Pico do Itambé, na Serra do Espinhaço. Como quase todos os grandes rios que deságuam na costa, o Jequitinhonha recebeu duas barragens para a geração de energia. A primeira, em 1944, e a segunda, em 2006, ambas em Grão Mogol, MG.

Jequitinhonha: por estas águas navegavam navios de porte médio.Jequitinhonha: por estas águas navegavam navios de porte médio.

A geração de energia hídrica tem dois lados que devem ser analisados. Um, positivo, é a geração de energia limpa; outro, negativo, é o que isso significa para o meio ambiente. As barragens acabam com várias espécies de peixes, que não podem mais cumprir seu ciclo de vida fazendo a piracema. Elas também afetam a flora, e a fauna.

O vale do Jequitinhonha tem 79 mil Km2, abriga 900 mil pessoas, e é extremamente pobre. Os 75 municípios não contam com serviço de coleta e tratamento de lixo, muito menos esgotos tratados, que são despejados, in natura, no leito do rio. Outra ameaça são os garimpos ilegais, altamente poluentes. A corrida do ouro começou ainda no século XVII, e não parou até hoje.

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O Diagnóstico Ambiental da Bacia do rio Jequitinhonha, de autoria do IBGE, Ministério do Planejamento, diz que pelas características físicas regulares de clima e relevo associadas às condições sócio- econômicas, sobretudo de saneamento básico, a bacia do Jequitinhonha configura-se em um desafio às políticas governamentais. Mais uma vez o poder público reconhece o fracasso de suas políticas. E mudamos de estado.

 

Sergipe

Há dois rios importantes no estado, o Vaza Barris, e o rio Sergipe. O primeiro nasce na Bahia e tem 450 quilômetros de extensão. O rio não tem barragens para gerar energia, mas tem uma para a construção do açude Cocorobó, perto da foz. O rio é histórico. A construção deste açude afogou Canudos que, na descrição de Euclides da Cunha era uma tapera dentro de uma furna. A água do Vaza Barris é quase uma exceção entre os rios que desaguam na costa. Ela foi considerada ‘regular’ em análise feita pela SOS Mata Atlântica. O rio Sergipe é menor em extensão, apenas 210 quilômetros mas, assim como o Vaza Barris, nasce na Bahia, e atravessa Sergipe no sentido oeste/leste até desaguar no Atlântico, entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros.

O Vaza-Barris. (Foto: blogdoliraneto)O Vaza-Barris. (Foto: blogdoliraneto)

Os principais problemas hídricos e ambientais da bacia são: lixeiras a céu aberto; deficiência de sistema de esgoto; desmatamento; contaminação por fontes diversas e irregularidades no abastecimento de água; má qualidade da água; uso intensivo de agrotóxicos; desperdício de água; exploração de areia e de argila; queimadas; deficiência de educação ambiental; pesca e caça predatórias e enchentes.

Sergipe / Alagoas

A foz do São Francisco é a divisa dos dois estados. Infelizmente, o ‘rio da integração nacional’, tão importante na história do Brasil,  é um eloquente exemplo do que não se deve fazer em rios.

Foz do São Francisco, o Farol do Cabeço ficava em terra firme. A erosão engoliu a cidade inteira.Foz do São Francisco, o Farol do Cabeço ficava em terra firme. A erosão engoliu a cidade inteira.

Entre 2008 e 2012, uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor José Alves Siqueira, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Pernambuco, promoveu 212 expedições ao longo e no entorno do São Francisco. Era o tempo da divulgação da transposição do rio… Em seguida o estudo foi reunido no livro ‘Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação’ (Andrea Jakobsson Estúdio). O trabalho é considerado o mais profundo estudo sobre a Caatinga, único bioma exclusivo do Brasil. O título do primeiro capítulo é emblemático:

A extinção inexorável do rio São Francisco

Os problemas são inúmeros mas, talvez, os mais graves sejam as grandes barragens para a produção de energia, há cinco delas (em Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó) que geram 15% da energia produzida no país e, agora, a megalômana obra  de transposição de suas águas  orçada inicialmente em 4,5 bilhões de reais, número que já supera os 8 bilhões!

Até 1992 a vila do Cabeço e o Farol do Cabeço ficavam em terra firme.Até 1992 a vila do Cabeço e o Farol do Cabeço ficavam em terra firme.

Mas há muitos outros problemas, entre eles a quantidade imensa de esgotos não tratados jogados no leito, ao longo de seus quase três mil quilômetros da nascente até a foz. As barragens impedem a piracema. Como os peixes não podem mais subir o rio para se reproduzirem, o declínio das espécies e cardumes é evidente. Para encerrar, o livro mostra que restou apenas 4% da vegetação original das margens do São Francisco. Sem mata ciliar a erosão toma conta das margens contribuindo para o assoreamento do leito.  Alagoas ainda conta com outros rios, menos importantes, como o São Miguel, o Camaragibe, e o Santo Antônio.

Pernambuco

Este estado não se notabiliza por grandes rios. Existem alguns, como o Formoso, Sirinhaém, e Jaboatão, no litoral Sul; e os dois rios que cortam Recife, o Capibaribe, e o Beberibe. Finalmente, no litoral norte há o rio Jaguaribe, bem maior que os demais. Curiosamente o Capibaribe recebe forte carga de resíduos químicos lançados pelas indústrias têxteis do município de Toritama, distante 167 quilômetros de Recife. Um estudo apresentado na 61a reunião da SBPC informou as providências

Rio Capibaribe. (Foto: etienecabral)Rio Capibaribe. (Foto: etienecabral)

Diante dessa realidade, em 2003 a CPRH constatou que nenhuma das 56 lavanderias vistoriadas possuía alvará de funcionamento. Em 2004, foram firmados Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) entre as lavanderias, Órgão Ambiental e o Ministério Público, com o objetivo de enquadramento às normas ambientais vigentes. Como sempre, o poder público não faz sua parte. Porém, a fiscalização foi reduzida e, segundo as entrevistas realizadas e consultas a artigos recém publicados, atualmente a realidade continua praticamente a mesma.

Pesquisa mostra que o tratamento de esgotos na região metropolitana de Recife deixa a desejar

Apenas 42% do volume de água consumido são tratados, segundo dados do estudo. Os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista, que representam 1,3 milhão de habitantes, apresentaram uma piora em todos os três índices entre 2000 e 2010. Nas cidades litorâneas da RMR, 549 mil residências não contam com cobertura de esgoto. A única cidade da região a apresentar melhora nos índices foi o Recife, mas ainda assim apresenta um déficit de quase 60% na coleta de esgoto.

Pra onde vai o esgoto? Para os rios, em seguida, para o mar. O rio Beberibe não fica atrás; como o Capibaribe, não passa de ‘esgoto a céu aberto’, uma vez mais, por omissão do estado.

Com base em todos os resultados obtidos ao longo desses quatro anos, pode-se dizer que as águas do rio Beberibe apresentam-se comprometidas, devido ao baixo valor de oxigênio, a alta DBO e índices elevados de nitrogênio e fósforo (indicadores de eutrofização) nessas águas. Apresentando elevada carga poluidora justamente nas zonas homogêneas populacionais densas (BE30, 45, 50). A atividade antrópica é responsável pela atual situação do rio (ocupação irregular das margens dos rios e a falta de saneamento básico). Necessitando assim de ações urgentes que possibilitem a sua recuperação e proteção

O Beberibe. (Foto:amigosdeoracao)O Beberibe. (Foto:amigosdeoracao)

O rio Jaguaribe não foge à sina dos outros. É bastante notório o alto grau de desmatamento da bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe, podendo-se afirmar que 80% desta, pelo menos, já não conta com qualquer tipo de vegetação… o que faz aumentar as taxas de evaporação e rebaixamento do lençol freático, gerando erosões nas camadas superficiais do solo…Os materiais oriundos destas erosões são levados para a calha do rio, causando o seu assoreamento.

As comunidades que se situam nas margens do Rio Jaguaribe, foram implantadas sem planejamento, de uma forma desordenada e sem um mínimo de infra-estrutura.

 

Paraíba

O rio Paraíba é o mais importante do estado seja por sua extensão, 300 quilômetros, seja pela relevância econômica. A bacia do Paraíba tem 18.000 quilômetros quadrados, e ocupa 32% da área do estado. E mais uma vez, a situação se repete.

As águas do Rio Paraíba, na área correspondente à sede urbana do município de Caraúbas, PB, estão recebendo uma elevada carga orgânica, devido principalmente aos efluentes domésticos, que não são tratados adequadamente, contaminando as águas superficiais e também as reservas hídricas subterrâneas… Os impactos ambientais nesse ecossistema também foram identificados pela ocorrência de processos erosivos e construções de empreendimentos nas margens do rio… A expansão da Algaroba- Prosopis juliflora - (espécie exótica que ocorre em regiões áridas e semi-áridas da Ásia, África, e América do Norte, introduzida no Nordeste na década de 40)  foi elencada como um problema ambiental que modifica não só a paisagem, mas o ecossistema por completo…

Em primeiro plano a cidade de João Pessoa. Mais atrás, o Paraíba do Norte, ao fundo, Cabedelo.Em primeiro plano a cidade de João Pessoa. Mais atrás, o Paraíba do Norte, ao fundo, Cabedelo.

Finalmente, no litoral Norte do estado há o rio Mamanguape, o segundo em importância, pela extensão e pelo que representou no processo de ocupação do estado. Como se sabe, nos primórdios da colonização os rios brasileiros eras as estradas da época. Através deles os colonizadores penetravam o sertão. O Mamanguape tem 170 quilômetros de extensão. Como quase todos os outros rios brasileiros, o Mamanguape perdeu sua mata ciliar entrando em seguida no ciclo do assoreamento. 

Buscando atender as necessidades de uma sociedade que cada vez mais faz uso indiscriminado dos seus recursos naturais e aceitando um modelo de desenvolvimento devastador que prioriza a produção em escala industrial, sem se preocupar com os impactos ambientais ocasionados pelo rejeito inadequado de poluentes no meio ambiente.

O trabalho também aborda o papel do estado… Percebendo que esta mesma sociedade começa a colher os frutos da aplicação secular desse modelo, trazendo no dia a dia os problemas que ainda nem sequer os governantes tiveram o interesse de colocar em prática suas resoluções, em prol da sustentabilidade da região, infelizmente escrever sobre os rios brasileiros que desaguam na costa se torna um trabalho monótono e repetitivo. O diagnóstico se repete de norte ao sul do país. É lamentável.

Rio Grande do Norte

Esgoto in natura no Potengi. (Foto: tribuna do norte)Esgoto in natura no Potengi. (Foto: tribuna do norte)

Grandes rios não são o forte do Nordeste brasileiro, ao contrário, muitos deles são intermitentes. Aparecem e desaparecem em função das chuvas. O mais importante é o Piranhas-Açu, que desagua no mar na altura da cidade de Macau. O Apodi- Mossoró é o segundo em importância, ele deságua entre os municípios de Grossos, e Areia Branca, tradicionais produtores de sal. O Potengi também é importante especialmente porque banha a capital, e é onde se localiza o Porto de Natal. O Rio Grande do Norte tem mais quatro rios, entre eles o Ceará- Mirim, o Jacu, o rio Trairi, o Seridó e, finalmente, o Curimataú. Por sua importância, vamos abalizar o Potengi. O Jornal Tribuna do Norte publicou uma matéria em 2009 onde, um dos sub-títulos era: Especialistas temem pela morte do rio. A matéria informa que uma bióloga da ONG Navima, analisou a água do Potengi e registrou uma quantidade de 20 mil coliformes fecais para 100 mililitros de amostra, valor muito superior ao permitido pelo CONAMA. O jornal explica que a mesma análise foi feita nas ostras, maior filtradora existente nas água, quando foram encontrados 2 mil coliformes para a mesma quantidade de água. Para encerrar diz o texto do jornal: Diante de todos os problemas característicos do rio Potengi, o poder público troca acusações e tenta se desviar da responsabilidade que lhe é devida. Como se vê, nada de novo no front…

Ceará

O Ceará tem vários rios menores. O maior, e mais importante é o Jaguaribe, no litoral Leste do estado. Depois, seguindo a ordem Leste-Oeste, o rio Ceará que, se não banhasse a capital do estado, nem merecia ser citado. Em seguida, o rio Mundaú, depois o Camocim e, finalmente, na fronteira com o Piauí temos mais dois, o Timonha e o rio Ubatuba, sendo que o último já é Piauí.

A foz do Jaguaribe estuprada pela carcinicultura.A foz do Jaguaribe estuprada pela carcinicultura.

O Jaguaribe foi detonado em sua foz pela famigerada carcinicultura que, além de poluir, extirpou o manguezal que protegia a foz do rio. Foi um massacre impiedoso. Custo a acreditar que as autoridades do estado deixaram o rio entregue a aventureiros, até porque ele é o mais importante, o mais extenso, com 633 Km, e ainda abastece a região metropolitana de Fortaleza.

Carcinicultura, algoz da foz do Jaguaribe.Carcinicultura, algoz da foz do Jaguaribe.

Mas não é só na foz que existe o problema. O Diário do Nordeste diz que na cidade de Igatu, com 100.000 habitantes, o Jaguaribe recebe esgotos não tratados, fossas com gordura, fezes, urina e restos de alimentos. O jornal adverte que ‘a degradação do mais importante rio do Ceará é prova de uma evidente falta de políticas públicas para a preservação do meio ambiente’.

Piauí

O estado tem vários rios menores mas, o maior, e mais importante, é o Parnaíba. Ele ‘nasce como um riacho na Chapada das Mangabeiras, banha 22 municípios, serve como divisa entre Piauí e Maranhão, e tem 1.485 Km de extensão. O Parnaíba é um dos mais importantes rios do Nordeste e, assim como os outros, está na UTI. Os esgotos, e o assoreamento estão deixando o rio cada vez mais raso’.

De acordo com o G1, o motivo principal é  que a capital, Teresina, tem uma baixa cobertura sanitária, ‘são apenas 17%  de todo o esgoto da capital que é coletado para tratamento, o restante vai parar nos fundos dos rios Parnaíba e Poti’. Pode-se concluir nesta pesquisa que o problema maior dos resíduos domésticos e industriais que são despejados no Rio Parnaíba são de resolução necessária e urgente… A população precisa de maior conscientização de que as ações de despejo de rejeitos em rios podem aumentar a escassez de água e comida… As indústrias, como visto, também são potenciais depositantes de lixo nos rios (principalmente as de pequeno porte) e isso gera a necessidade da criação de um rigoroso programa de gerenciamento de resíduos por profissionais devidamente capacitados

Como se vê, o Parnaíba é mais um rio condenado, impróprio para a navegação, impróprio para a vida marinha, que despeja os esgotos que recebe da capital, Teresina, e dos 22 municípios que atravessa, diretamente no mar.

Esgoto in natura no Parnaíba. (Foto:ebah.com.br)Esgoto in natura no Parnaíba. (Foto:ebah.com.br)

Maranhão

A rede hidrográfica maranhense é, em sua maior parte, pertencente à bacia do Norte e Nordeste. Entre os principais rios do Estado se encontra o Parnaíba, dividido com o Piauí na região fronteiriça entre os dois Estados. Outros rios que banham o território do Maranhão são o Gurupi (zona de fronteira com o Pará), o Tocantins (zona de fronteira do Maranhão com Tocantins), Turiaçu, Itapecuru, Pindaré, Grajaú e Mearim.

Já falamos do Parnaíba, fronteira sul do estado, vamos agora abordar o Gurupi, fronteira norte. Nosso objetivo na matéria é mostrar as condições precárias dos rios que desaguam na costa, por isso não vamos falar do Tocantins, cuja bacia é a segunda em importância para o estado. Ainda assim, saibam que o Tocantins é outro rio que está morrendo.

Rio Gurupi. À esquerda, o Maranhão; à direita, o ParáRio Gurupi. À esquerda, o Maranhão; à direita, o Pará

O Gurupi faz fronteira entre o Maranhão e o Pará. O rio Gurupi é cenário constante de garimpo proibido. Estive lá gravando programas da série de unidades de conservação, naveguei pelo rio e conversei com os nativos. É só a fiscalização dar moleza e voltam os garimpos, a contaminação por mercúrio, etc. Mas a tese que encontrei elenco outros problemas: os principais problemas ambientais são decorrentes da extração de madeira, desmatamento e queimadas. Ainda assim, parece que este ainda é um rio saudável.

Pará

Chegamos ao maior rio brasileiro, e do mundo, o Amazonas. Ele é o único rio ainda navegável, entre todos que deságuam na costa.

Poluição na foz do Amazonas

O Amazonas na altura de Manaus. (Foto: manausam.org.br)O Amazonas na altura de Manaus. (Foto: manausam.org.br)

Todo o esgoto doméstico de Macapá vai direto para o rio. O presidente da Companhia de Água e Esgoto da Amapá, Caesa, Ruy Smith Neves, afirmou ao G1 que apenas 3% da população é servida por rede de coleta de esgoto em Macapá. O resto vai direto para o rio. Macapá tem cerca de 370 mil habitantes. Portanto, é enorme a quantidade de esgotos jogados na foz do grande rio. De acordo com Ruy, a poluição é tamanha que a ONG Instituto Amigos em Ação considera ter sido uma irresponsabilidade imensurável deixar o rio chegar nessas condições. A prefeitura de Macapá [deve responder] em relação ao lixo, e a Caesa, quanto ao esgoto despejado no rio. Lixo e esgoto são os dois maiores poluidores.

Lixo nas margens do Amazonas. (Foto: G1)Lixo nas margens do Amazonas. (Foto: G1)

Um ambientalista de Macapá, Almeida Júnior, presidente do Instituto Ecológico e Cultural Amigos em Ação, comparou o rio Amazonas com o rio Tietê. Almeida acrescentou que em média cada morador de Macapá, munícipio com maior número de habitantes do estado, produz diariamente cerca de meio litro de esgoto que vai direto para o rio Amazonas e seus afluentes. Como são 370 mil habitantes, vezes 0.50 litros, o resultado é que diariamente 185 mil litros de esgoto não tratados são jogados na foz do rio. Sem falar na poluição industrial dos portos, estaleiros, e oficinas de Belém; ou ainda a poluição oriunda de Manaus. Carlos Durigan, mestre em ecologia explicou: o resíduo sólido que está depositado no entorno de Manaus não vai se degradar tão cedo, para alguns desses materiais são centenas de anos.  A questão do acúmulo desses materiais altera o ambiente das espécies que vivem por lá. Durante a seca a gente vê, durante a cheia não, fora os que ficam no fundo. Manaus tem muito problema de resíduos de casas e indústrias, além das embarcações que ficam no entorno da cidade e naquela área da marina.

Rio Capibaribe. (Foto: etienecabral)Rio Capibaribe. (Foto: etienecabral)

 

Amapá

O estado tem 4 rios que desaguam no mar: o Oiapoque, o Caciporé, o Calçoene, e o rio Araguari. Todos, sem exceção, estão poluídos com metais pesados, especialmente o mercúrio, usado no garimpo. A maioria ainda conserva parte significativa de sua mata ciliar, mas o desmatamento continua a avançar; e a poluição dos rios é tida como um dos maiores problemas do estado.

Rio Oiapoque, todo o esgoto gerado pelos 15 mil habitantes é despejado no rioRio Oiapoque, todo o esgoto gerado pelos 15 mil habitantes é despejado no rio

Na internet é possível encontrar matérias alarmantes como ‘rio Amazonas vira depósito de lixo a céu aberto’. Outras dizem que a poluição do rio Cassiporé é tão intensa que as tartarugas-da- amazônia podem desaparecer.

RESULTADO

De todos os rios que desaguam na costa só o Amazonas é navegável para qualquer tipo de embarcação. Todos os outros sofreram tamanho assoreamento, que alguns só são navegáveis por canoas. Quanto à poluição, o diagnóstico é bem pior: todos, sem exceção, estão contaminados. Alguns, como o São Francisco; o Araranguá, em Santa Catarina; a baía de Guanabara, no Rio de Janeiro; o Potengi, no Rio Grande do Norte; o Beberibe, e o Capiberibe, em Recife, estão em estado terminal.

QUER PROVA MAIOR DAS PEGADAS IRREVERSÍVEIS QUE A NOSSA GERAÇÃO TEM DEIXADO?

Até 50, 60 anos atrás, todos os rios citados na matéria eram limpos e navegáveis. Em menos de meio século, detonamos todos eles deixando uma dura pegada para as gerações futuras. Elas encontrarão dificuldade em reconhecer a beleza, e biodiversidade, brasileira; e terão como desafio conseguir água para abastecer as grandes cidades e a população.

Nada se compara ao rio Salgadinho, Maceió, que desaguava no mar. 

Por que deixei este por último, e por que usei o verbo no passado, ‘desaguava’? Porque, como disse, nada se compara a ele. E se não abrirmos os olhos, se não pressionarmos o poder público, todos os outros são candidatos a serem os próximos Salgadinhos. Isso não é rio, é um filme de horror.

Veja esta cena macabra. Você consegue imaginar que %u2018esta coisa nojenta%u2019 um dia foi um rio?Veja esta cena macabra. Você consegue imaginar que %u2018esta coisa nojenta%u2019 um dia foi um rio?

 

Nota do site: Possivelmente você não imaginava que a situação de colapso dos rios brasileiros estava tão grave assim. A água potável está se tornando escassa no Brasil, mas também em outros países acontece o mesmo. Como consequência, a agricultura está sendo comprometida, e a produção de alimentos vai sofrer redução significativa. O desabastecimento das cidades será sentido logo a seguir. Quem estiver nas cidades sofrerá com falta de água e de alimentos.

A fome é um dos flagelos citados no Livro do Apocalipse. Este flagelo ocorre quando o Cordeiro abre o quarto selo (Ap. 6, 7) e surge o cavalo amarelado e seu cavaleiro, que se chama MORTE. O sentido dos sofrimentos (todas as dores que virão sobre a humanidade) se converte em redenção para os fieis e todos aqueles que vierem a se converter, pois que unem-se em sofrimentos à imolação do Cristo. Para os que se recusam à conversão, os males que estão por vir se convertem em fatores de perdição temporal e eterna. 

Enquanto os selos estão sendo abertos, AINDA HÁ MISERICÓRDIA DE DEUS PARA ACEITAR A CONVERSÃO das almas. Vários flagelos chamam o mundo inteiro à conversão. Mas quando soar a sétima trombeta (Ap. 10, 1-7) NÃO HAVERÁ MAIS TEMPO e só a JUSTIÇA de DEUS se manifestará na Terra. 

Identifique o tempo em que você está vivendo, pela Bíblia; conheça e estude a Santa Palavra. Estes são os últimos momentos que estão sendo dados para a humanidade se voltar para DEUS.   

 

 

Fontes:  http://port.pravda.ru/cplp/brasil/06-10-2016/41877-rios_brasileiros-0/                              http://marsemfim.com.br/colapso-dos-rios-br


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