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Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. (1 Pedro 5, 8)


Os demônios nos caminhos dos filhos de Deus (Parte 1)

PRÓLOGO DA AUTORA

Aqui, neste livro, serão relatadas experiências pessoais, minhas, que certamente suscitarão muitas outras. Foram experiências vividas há alguns anos atrás, num curto período de minha vida, quando o Bom Deus, em seu Amor Misericordioso, permitiu-me ver coisas que talvez quase nenhum ser humano viu, e as quais, com certeza, poucos discerniram. Não são, portanto, expressões de uma ciência adquirida em livros. Assim sendo, a verdadeira leitura destas páginas deve ser feita não no plano das simples palavras, mas do coração.

Quando volto o olhar sobre este tempo percorrido, admiro tê-lo vencido e chegado até aqui viva. Porém, sem Jesus, jamais o conseguiria. Ter-me-ia perdido nas coisas que se me insinuavam. Mas pela força de Deus permaneci firme na fé católica, embora as trevas tentassem envolver-me de todos os lados. Nunca abandonei a Igreja Católica, Apostólica, Romana. E, por isso, só me resta agora cair de joelhos aos pés Santíssimos do Senhor, num gesto de profundo agradecimento, porque, em todos os momentos de minha vida, Ele sempre me amparou e ainda ampara.

Por isso, eis-me aqui, Senhor! Esta é a resposta que Vos dou ao apelo que me fizestes:'Escreve tudo o que passaste e sobre tudo o que vistes. Faz isto em Meu Nome e por Mim! Não permitas que meus filhos trilhem os caminhos de satanás. Caminho largo este, que os leva à perdição.'  Palavras de Jesus!

E assim me coloco ao inteiro dispor Dele. Faço isso em paz e felicidade e plena liberdade. Porque, permanecendo neste caminho, serei sua serva. Eis que, se o servo sepultar na terra os talentos da graça espiritual que lhe foram confiados incorrerá em grande desagrado do Senhor quando Ele voltar. De fato, Deus cobrará nosso esforço e nosso êxito!

Entretanto, conhecendo as minhas limitações, porém conduzida pela graça e pela misericórdia de Deus, na Luz do Espírito Santo, conseguirei ser seu instrumento. E para isso abro os meus lábios, há tanto tempo selados e mudos para os acontecimentos que aqui escrevo. Deus fará, com facilidade, fazer germinar nos seus filhos, algumas flores neste tronco nodoso. Haverá quem se admire de ver luzir algum clarão nestes escritos. Outros serão atingidos pelos espinhos que eles contêm. E haverá aqueles que, lendo este livreto, descalçarão as sandálias, desfazendo-se dos obstáculos que estão a lhes impedir o progresso da alma rumo a Deus. E ajudarão outros a fazer o mesmo!

Deus é amor e Ele dá Amor. A Trindade Santíssima é a solução, basta seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. Tu, ó alma, que lês estes escritos, deixa que o Espírito de Deus, pouco a pouco, tome a direção de tudo. De minha parte, é com amor e alegria que entrego este livro, junto aos Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria.

 

A CAMINHO DE DEUS

Está escrito: Nos tempos vindouros, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas diabólicas (I Tim 4,1). É o que vemos hoje: falsos profetas, multidões de seitas, doutrinas diabólicas. Tão grande é a imodéstia dos homens, que muitos são incapazes de prestar à religião o mesmo respeito que guardam para satisfazer-se ao ouvirem coisas profanas. Procuram abrigo em tudo o que é abominável a Deus: adivinhações, astrologia, feiticismo, magia, espiritismo, superstições, evocação dos mortos (Dt 18,10-13) e a tantas outras práticas esotéricas: búzios, numerologia, tarô, cristais energéticos, copos que andam, pirâmides, mapa astral, Nova Era, etc., etc. Tristemente, muitos renegam Jesus Cristo e a verdadeira fé: A Santa Igreja Católica Apostólica Romana! E vão buscar a salvação onde ela não existe.

Eis a condenação: A Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Homens de coração corrompido pela incredulidade, endurecido e seduzido pelo pecado. Homens que caminham em desonestidades, movidos pela cobiça, que tem cuidado apenas da carne em suas concupiscências; que vivem na idolatria e oferecem sacrifícios aos demônios e não a Deus. Homens que cuidam do exterior, para serem honrados pelos homens e se esquecem de cuidar do interior: do coração, da alma, o que realmente tem valor diante do Pai Celeste.

Terrivelmente estamos em tempos como nunca foram antes! Homens que querem enriquecer caem em tentação e ciladas, e em muitos desejos insensatos e perniciosos. Alguns chegam até a fundarem suas próprias igrejas, e nelas sugerem aos seus pobres adeptos que, se derem tudo, encontrarão riquezas em suas casas. E assim, estes mergulham tantos homens na ruína e perdição que, movidos nada mais que pela completa cobiça, se desfazem de tudo, até da comida da boca de seus pobres filhos, para enriquecer. Contribuem assim, para o enriquecimento de alguns e servem de incentivo para o surgimento de sempre novas igrejas e novos pastores de sucesso financeiro.

Assim, a divina palavra nos lembra que haveria um tempo em que surgiriam ‘seitas perniciosas’, e que ‘falsos pastores, movidos por cobiça, fariam comércio dos incautos’ (II Pd 2,1-3). O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, por cujo desenfreado desejo alguns se afastaram da fé e assim mesmo se afligem com múltiplos tormentos.  

E o que acontece com as pobres almas iludidas e enganadas? O que acontece é que muitos, sentindo-se mal, seja no corpo ou na alma, são capazes de caminhar longe, ou de dirigir o carro por horas a fio, a fim de buscar cura impossível, em alguns lugares longe de Deus. E que, para chegar lá, muitas vezes as pessoas se sujeitam a todo tipo de coisa. Faça sol, faça chuva, elas não medem esforço em busca de seu objetivo. Procuram chegar na hora certa, em alguns lugares, se possível, antes um pouco, porque depois que trancafiam as portas, ninguém mais sai, ninguém mais entra. E também não se importam quanto tempo ali ficarão, ninguém reclama. 

Infelizmente, alguns mordem a isca de satanás e ainda sujeitam-se a voltar mais vezes em certos lugares – falo de espiritismo e de macumba – mesmo percebendo que não sairão de lá com o espírito tranquilo e paz na alma. Isso só se explica pelos interesses de satanás, não daquelas pessoas que vão à procura da solução de seus problemas. E muitas vezes, temos uma Igreja, com sacrário, a apenas alguns passos da porta de nossa casa, onde poderíamos nos livrar de todos os males, porém xingam, reclamam, e nem mesmo querem ou suportam ficar alguns minutos em oração. Tristemente sabemos que, mesmo ‘católicos’, passam horas seguidas em determinados lugares – como centros espíritas, terreiros de macumba e coisas assim – sem reclamar, quando, para assistirem a uma Santa Missa de apenas uma hora, reclamam o tempo inteiro.

Também aqui, estes desânimos e reclamações provêm de satanás. É ele quem vos quer ver xingando os padres e falando mal deles, reclamando da Igreja Católica Romana. É satanás mesmo que lhes incute aquela dorzinha de última hora, ou que até arranja algum tipo de ‘impedimento’ para que não possam participar da Santa Missa, ou rezar um terço, ou visitar um sacrário, onde se encontra Jesus no Santíssimo Sacramento.

 

A CRUZ QUE SALVA – A IGREJA QUE SALVA

 Alguns poucos filhos de Deus aceitam levar a cruz com amor, paciência e resignação, enquanto muitos a rejeitam. A Cruz é sinal de maldição para satanás, pois foi pela Cruz que ele foi derrotado, e ele sabe, mais do que ninguém, que a Cruz salva e liberta as almas de suas garras. E quem não está marcado pela Cruz, a quem pertence? Que Deus encontrará na eternidade? O Deus Santo e Verdadeiro, ou o pai da mentira?

Ora, onde estiver presente a Cruz, Cristo também estará. E onde estiver Cristo, ali estará presente a garantia da nossa salvação. Onde estiver Jesus, estará Maria, a quem nós católicos amamos e veneramos; Mãe de Deus e nossa Mãe. Virgem puríssima, obra-prima da Santíssima Trindade, e o mais perfeito ser, exclusivamente humano, que já existiu ou existirá. Maria é a inseparável e santa esposa do Divino Espírito Santo, e onde não está Maria, o Espírito Santo também não se faz presente. Prova segura de que o Filho de Deus, Jesus, não está onde não se venera e respeita a Santíssima Virgem Maria. Sua e nossa Mãe! Eis a simbiose perfeita do amor de Deus: Quem, pois, não tem a Mãe, não tem o Filho, não tem o Espírito Santo e, portanto, não tem o Pai. E, todavia, esta Maria dos católicos, também ama os que estão em outras seitas ou religiões e ela espera que todos se voltem à verdadeira e única Igreja de seu Filho Jesus: A Igreja Católica Romana!

Lembramos aqui – quanto ao ecumenismo – as palavras sábias do Papa João Paulo II: ‘O único e verdadeiro ecumenismo possível entre os católicos e outros é aquele que visa trazê-los de volta à grande verdade’. A verdade se encontra somente na Igreja Católica, Apostólica Romana, a qual Jesus fundou sobre uma rocha inabalável: Pedro! E que Ele chamou de ‘a Minha Igreja’ (Mt 16,16 s). Ela traz consigo, há quase dois mil anos, os documentos e tradições da Santa Madre Igreja e também as Sagradas Escrituras, da qual os fundadores de seitas e religiões, cada um a seu tempo e a seu modo, discordaram, abolindo ou negando aquilo que os condenava.

Aqui demonstraremos o verdadeiro amor a Jesus e mostraremos que verdadeiramente o seguimos quando não rejeitamos a unidade da Igreja, sob Pedro. É a única Igreja fundada por Jesus Cristo e nós aceitamos os sacramentos que Ele mesmo nos deu, como canais de graças e caminhos de salvação. Desta forma atendemos ao pedido do Pai: Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (I Tim 2,4). Aqueles que não procedem assim não servem verdadeiramente a Deus Pai, mas ao pai da mentira e da discórdia, da soberba e das controvérsias: satanás! Que usando de todos os artifícios, consegue enganar milhares de almas, levando-as à divisão.

Assim, infelizmente, parte do rebanho deixou-se seduzir pelo falso brilho de outras seitas e religiões, e foram embora para lugares onde minam as bases da fé do povo. De modo especial, no que diz respeito ao culto Eucarístico e à Santíssima Virgem. Onde não se deixa, diariamente, de condenar ao Santo Padre, o Papa, e a hierarquia da Santa Madre Igreja. Também onde diariamente condenam a Cruz e o uso dos sacramentais e objetos de piedade, próprios do catolicismo. Quanto à Santíssima Virgem Maria, é tão somente satanás que os quer longe dela, pois ele sabe, mais do que ninguém que Maria calcará a sua cabeça e o precipitará eternamente nos abismos infernais. Por isso, ele lhes incute ideias erradas a respeito da vida da Santíssima Virgem e consegue minguar o amor de muitos por ela, quando não leva a muitos a odiá-la.

 A Santíssima Trindade é a solução! Basta então seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que sendo de condição divina, encarnou-se no seio da Virgem Maria e habitou entre nós, fazendo-se semelhante a nós em tudo, exceto no pecado. Por sua morte de Cruz e ressurreição, resgatou a nossa imagem de Deus, corrompida pelo pecado. Jesus nos salvou e salva até hoje, através de seus ensinamentos, das Sagradas Escrituras. Dos sacramentos, da Santa Missa, da casa de Deus. Qualquer seita ou religião que propõe a salvação fora de Jesus Cristo e dos sacramentos da Igreja Católica, que foram deixados por Jesus, deve ser rejeitada de imediato, pois esta não provém de Deus. Jesus é o guia e a verdade, a vida e o caminho que conduz a Deus. Todos os outros guias espirituais nunca puderam e jamais poderão fazer mais do que indicar o caminho ou um trecho do caminho. Nenhum deles é caminho, desde o ponto de partida, até o ponto de chegada.

 

DEUS É A ÚNICA SOLUÇÃO

Ó almas, nunca corram atrás do alivio que satanás pode lhes oferecer para vossas dores e problemas. Não esperem que Deus vos cure em determinados lugares. Não se deixem envolver por falsas promessas de cura, que não existem, nem pelas malditas justificativas que lhes dão, pelo fato de tantas vezes não terem sido curados, conforme o prometido. Não frequentem lugares onde se prostitui a alma. Ali irão servir apenas de plateia, diante de tudo que se deslancha em sua frente e que vocês nem se dão conta, achando tudo muito normal. Somente a alguns Deus permitiu, ou ainda permite, ver com os olhos de carne o que eu vi nestes lugares.

Se já tivessem experimentado, por um segundo apenas, a desgraça que ronda vocês, nestes lugares de morte espiritual, nunca mais voltariam naqueles ambientes e correriam depressa para Jesus, nosso bem supremo. Jamais vocês se afastariam de Deus. Nem sequer por milésimos de segundo. Lembrem-se de que não há um só homem que tenha sido definitivamente curado por satanás, do qual ele não tenha cobrado, em vida ou na eternidade, seu altíssimo preço: a alma! O demônio tem ódio e busca desesperadamente a perdição eterna das almas.

Só Deus tem a solução definitiva para vossas dores e problemas. Fora de Deus não há verdadeira cura espiritual, emocional ou física. Não existem verdadeiras curas quando a alma está cheia de pecados. O bom Deus é quem cura as almas com a sua graça. Mas é preciso que as almas deem o consentimento para isto. Que queiram ser curadas por Deus e não pelo seu adversário, o qual, na realidade, não cura, só engana.

O bom Deus olha pelas nossas necessidades. Antes de gastar vosso tempo inutilmente, ouvindo grunhidos, berros e gemidos naqueles lugares, dirijam suas orações àquele Deus e Pai Nosso, que está no céu. Ele olha as esperanças de seus filhos. O que falta é termos confiança na misericórdia e no Amor de Deus, em nossas orações. Por vezes nos falta o abandono filial: Atirar-se como uma criança nos braços do Pai! Viver junto a Deus! Viver para Deus! Se não vivermos com o pensamento voltado para Deus, seremos possuídos de um imenso vazio interior. Deus é a única solução possível para todos os problemas. É que, por vezes, queremos encontrar a cura imediata e a solução dos nossos problemas de nosso tempo, à nossa maneira.

Oh almas sofridas, se tiverem dores e problemas, se apeguem firmemente em Deus, único alivio, e única fonte do milagre da cura. Peçam a Deus que os cure! E se não houver pronta resposta do céu, ou seja, Ele não os atender de imediato, saibam que Ele só procede assim para o nosso bem. Tudo o que Deus faz é para o bem das almas, porque Ele nos quer todos juntos na eternidade. Pode ser também que o pai espera que ofereçamos estes sofrimentos pela causa Dele. Pode ser que Ele precisa de nossos sofrimentos por um tempo ainda, para o nosso próprio bem, de algum familiar, ou até pela conversão de algum pecador.

Saibam que Deus prova a nossa confiança Nele, através dos sofrimentos. Digamos juntos com Jesus: Pai afasta de mim este cálice, mas que seja feita a Tua vontade e não a minha! Confiem, porque temos um Pai amoroso, que não nos abandona e não nos esquece. Nunca rejeitem a graça e a vida eterna. Não sabem o quão triste é ouvir as gargalhadas terríveis e infernais de satanás, quando cai uma alma em suas garras. Mesmo nestas gargalhadas infernais, se percebe que, no fundo, ele esconde uma infinita infelicidade. Uma tristeza mortal, e é justamente esta tristeza mortal e infelicidade que ele transmite àqueles que transitam ou se aventuram a permanecer naqueles pavorosos lugares.

Quão grande é a nossa felicidade saber que Deus Pai arranca das garras de satanás, muitos destes filhos, que são iludidos pelo maligno. Mesmo às vezes na agonia da morte, através das orações, quando imploramos a Deus pela conversão e a salvação destes tantos pobres pecadores. Muitas vezes o bom Deus me mostrou isto. E satanás baba e se contorce de raiva e ódio mortais por aqueles que rezam por estes que ele já pensava ter ganhado. Fica claro que satanás nada pode fazer contra estes filhos de Deus que rezam. Assim, Deus, em Seu amor e misericórdia, salva maometanos, budistas, protestantes, evangélicos, católicos, e os de muitas outras religiões e seitas, que humildemente, mesmo no último instante de suas vidas, adquirem a contrição final.

 

A GRANDE MISERICÓRDIA

Mesmo para os que trilham hoje o largo e espaçoso caminho do espiritismo, nem tudo está perdido. A misericórdia do Pai é infinita e ela se faz presente, já aqui nesta terra, mas desde que se implore perdão. Saiba, entretanto, que a doutrina da Igreja Católica, assim se expressa através da CNBB: Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno quanto externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias, e não podem ser admitidos à recepção dos sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam uma profissão de fé.

O que temos a dizer aos ‘católicos’ e a todos os que participam ou já participaram destas práticas condenadas por Deus e pela Santa Igreja, é que as abandonem imediatamente. Que acordem enquanto é tempo. E se lembrem que o tempo é agora, pois amanhã pode ser tarde demais. Que façam um bom exame de consciência de toda a sua vida e procurem um sacerdote para uma confissão geral. Façam um firme propósito de nunca mais se darem a estas práticas abomináveis e tenham um arrependimento sincero. Saibam que o sacerdote tem o poder de perdoar em nome de Jesus e que não existe confissão direta com Deus.

Muitos se deixam acumular de pecados, sejam veniais sejam graves, e com isso se tornam presas fáceis de satanás. Saibam que viver em estado de graça é a melhor forma de manter a saúde do corpo e da alma. Viver em comunhão com Deus, eis o grande sentido da nossa vida. Na recepção frequente da santa Eucaristia está o melhor caminho para a vida Eterna. Assim, quando o maligno lhes incutir algo na mente, pela força e pela graça de Deus vocês conseguirão perceber que satanás nada de bom lhes tem a oferecer, pois o único plano dele é a nossa servidão eterna.

Tenham plena consciência de que satanás é capaz de tantas e tão insidiosas coisas, que uma vez que você tenha caído, dificilmente se levantará. Se apeguem, também, a nossa Mãe celeste, pois pelo poder dela poderemos nos levantar sempre. Consagrem-se a ela todos os dias, a si próprios e a seus filhos, e assim, crescerão como pequenas flores cultivadas por Maria e ela lhes concederá o perfume das suas virtudes: ‘A oração, a humildade, a pureza, a obediência, o silêncio, a confiança, a pequenez e o perfeito abandono’ nos braços de Deus, a cada um de seus filhos (MSM 29.06.80).

Olhai também para a Via Sacra! Levantai os vossos olhos para a Cruz que liberta e salva! Olhai para as quedas de Jesus! Elas estão ai para vos fortalecer, e para mostrar a todos que com Deus e em Deus e somente através de Deus tudo é possível. Só Deus tem verdadeiro poder! Satanás, não tem poder algum!

 

TERRÍVEL DOR NO BRAÇO!

Meu grande tormento começou por causa de uma dor súbita no braço. Eu tinha então por volta de 19 anos e já cursava a universidade. Esta dor terrível, infligida pelo maligno, na verdade foi permitida por Deus, para que se processasse o que veio a seguir. Procuramos antes, eu e minha mãe, todas as medicinas possíveis! Fizemos todos os exames pedidos pelos médicos, mas nada foi encontrado. No fim, o médico concluiu que eu era louca e receitou remédio para loucura. Na primeira vez que tomei a dose, desmaiei e quase morri! O fato é que o medicamento me deixava muito mal e desde aquela época herdei uma enxaqueca terrível que ainda hoje me acompanha.

Um dia, andando pela cidade, encontrei um dos médicos que me havia examinado antes, e ele perguntou como estava meu braço. Disse-lhe o medicamento que tomava e ali mesmo ele o suspendeu dizendo: se você continuar tomando isso, vai de fato enlouquecer! Obedecendo a ele, suspendi o remédio, entretanto a dor não passava. Como a medicina não curava minha dor, as pessoas começaram a encher a cabeça de minha mãe, para que me levasse a um centro espírita, que ali seria curada. Falta de instrução, tanto de minha mãe como a minha! Eis um outro ponto importante: pais instruídos, filhos instruídos!

 

NO TERREIRO DE MACUMBA

E lá fui eu conduzida a centros espíritas, um atrás do outro. ‘Mesa branca’, ‘mesa preta’, tudo igual. Dizem que um é para fazer o ‘bem’ o outro o ‘mal’, mas tudo é mal e somente o mal. Acredito que fomos ao todo em nove terreiros e centros, durante um tempo. Num deles me disseram, que havia sido um homem, que na porta de minha escola, havia mandado fazer um despacho contra minha mãe, para que perdesse o movimento do braço, mas como ela era forte e rezava – mentira, ela rezava pouco, eu sim é que rezava – a praga pegou em mim.

Tu sabes, meu bom Deus, que eu sou realmente fraca. Mas vejam, a primeira coisa que nos exigiram foi dinheiro para ‘quebrar o despacho’. Acreditem, eles também aceitam pagamento em cachaça, galinha preta, cigarros, sangue de animal e outras desgraças mais, que não me lembro. Como isso pode curar alguém? Se estas coisas curassem, então seria preferível entrar numa pocilga, pois lá, pelo menos, a alma não estaria em risco.

Lembro ainda daquela primeira sessão terrível. Eles começaram invocando todos os espíritos maus que existem. Só lembro alguns nomes: ‘Zé Pilantra’, ‘Tranca Rua’, e um sem número de outras entidades malignas. Tinha até um que era feminino, e era usado para desmanchar os casamentos, mas não lembro o nome. Oh! Jesus, Tu sabes que só escrevo estas coisas, e as relembro mais uma vez, apenas porque me pediste. Porque, acreditem, à medida que eles chamavam as tais entidades, não só as que eu citei, mas centenas delas, todas, uma por uma, iam aparecendo – visíveis – diante de meus olhos.

As pessoas – cujos corpos eram tomados por aqueles malditos seres – se arrastavam no chão, ficavam imediatamente com o olhar, parado, arregalado e pareciam ter medo dos outros que estavam ali perto. Neste tempo, os espíritos infernais que estavam presentes e materializados à minha frente, recuavam e parecendo ter pavor de si mesmos, gritavam: escuro, escuro, escuro! Ai que dor, Senhor meu! Ai que horror! Por mais que eu tentasse ver pessoas humanas na minha frente, na verdade o que ali estavam eram os seres repugnantes que os tomavam. Tinham ‘fisionomias’ horripilantes! Olhos esbugalhados enormes, alguns com faces ovaladas, outros compridas. Outros eram monstros absurdos, com os seus corpos afundados no meio das pernas, bocas bem abertas e babando, tremendo na semiescuridão. Simplesmente horrível! Pavoroso! Não existe adjetivo para qualificar bem!

Não, não era tudo! Alguns pareciam vermes, nojentos, truncados, retorcidos, arrastando-se no chão, loucura plena. Outros pareciam macacos, alguns eu os via pulando muros, ou ainda espiando por cima do muro. De repente saiam gritando novamente, parecendo tomados de pleno terror: escuro, escuro, escuro! E se encolhiam interiormente, ficavam tão oprimidos, de forma que é difícil, senão impossível descrever. Não existe linguagem humana que descreva perfeitamente seres tão abjetos, tão nefastos, tão assombrosamente medonhos, tão satanicamente feios, tão maldosamente hediondos.

E então eu via no chão, como os vômitos e o escarro, e aquelas criaturas terríveis as faziam abaixar, na tentativa de engolir aquelas imundícies; queriam como lamber o chão. E lembro então daquela pobre mulher, a chefe do tal terreiro maldito, que afastava aquelas pessoas tomadas por tão imundos seres – claro, sem saber que estavam ali, senão ela fugiria – e eu não conseguia saber como podiam suportar aquelas possessões de tormento. De fato, eles não eram os demônios particulares de cada um, mas estes haviam sido chamados e invocados, para tomarem posse daquelas pobres criaturas. Eu via aquilo tudo diante de meus olhos com a maior crueza possível, enquanto os observadores ali perto, que nada viam deles, só achavam que os pobres coitados eram mesmo possessos.

O mais terrível de tudo para mim é que eu não conseguia gritar, nem falar nada sobre o que eu estava vendo e nem mesmo rezar eu podia, pois era como se mão invisível me asfixiasse a garganta. E só quando ela afrouxava um pouco, o que eu conseguia soltar, era um pavoroso berro de terror. E então, aquela pobre mulher me queria levar também para o meio de toda aquela imundície. Eu balançava a cabeça dizendo que não, mas nem minha mãe me entendia. E por incrível que pareça, ela achava tudo normal, que esta era a minha ‘mediunidade’, que precisava ‘desenvolver’. E por isso aquela mulher pavorosa queria que eu ficasse o tempo inteiro lá no terreiro, até mesmo para me ‘preparar’ para ajudá-la! Senhor, meu Deus, que pavor aquilo tudo me causava.

Meu Deus querido, quanto tormento! Que peso pairava no ar! Que coisa horrenda! Eu tentava dizer para a minha mãe que estava vendo aqueles monstros dos infernos. Claro que nem minha mãe via, nem aquelas infelizes criaturas que lá trabalham veem, inclusive os médiuns, pois se vissem à sua frente os monstros que invocam, e que os possuem, sem o amparo de Deus morreriam de pavor ali mesmo, também eles. Mas minhas palavras – palavras não, berros – não saiam nem da garganta. Quando saia algum som de minha boca, era apenas um grito alucinado de terror. Eles até achavam que eu estava possessa – pois me retorcia de corpo inteiro, exatamente como todos aqueles outros pobres coitados que estavam ali possuídos – mas eu estava era vendo, sim, com os meus olhos de carne.

 

NO CORREDOR DE PASSES

Quando as pessoas que vão lá – não os médiuns usados pelo maligno – iam passando pelo corredor de passes, eu podia ouvir – as pessoas não, é claro – os gritos lancinantes daquelas almas em desespero. Era tamanha a angústia, a infelicidade de determinadas pessoas, que só pelo pleno amparo divino eu suportava aquilo. Muitos faziam parte de uma mesma família e se carregavam ali, em conjunto, daquele influxo satânico. Depois iam para suas casas e era só briga e discussão e ódio. Alguns até passam ali com a reta intenção de se livrar de problemas – no início era assim comigo – mas a maioria vai ali mesmo é para pedir pragas para os outros. Vai apenas prostituir sua alma com satanás, e vai com plena consciência e completo desejo de fazer o mal para os outros.

Então eu via imagens de carros – simbolizando os desejos das pessoas – gente batendo portas, correndo desesperadas por causa daquela angústia e tormento interior que as sufocava. Algumas choravam, outras se contorciam de dor, é como se elas estivessem já no inferno, sim inferno interior e em vida. É impossível descrever com precisão o que acontece com estas pobres almas que lá entram. E não pense que eram poucas a passar naquele corredor de morte espiritual. Eram centenas de pessoas. Então todas aquelas situações deles como que desabavam sobre mim, uma por uma, e o que eu percebia era muitas confusões entre pessoas, brigas, desavenças, violência, gente correndo e inúmeras outras situações, que já não lembro mais. Era uma tribulação tão angustiosa que parecia muito com um inferno em vida.

Eu via famílias inteiras em discussões acaloradas, pois oprimidas por tribulações sem fim. Eu via, também, noivos recém-casados e já envolvidos em brigas intermináveis. Alguns choravam e se contorciam de dor, como se já estivessem no inferno aqui em vida. Sim, um inferno interior, onde o desequilíbrio reina. Impossível descrever tudo com detalhes, pois a linguagem humana é fraca para descrever aquilo que ultrapassa nosso entendimento. E assim acontece em todos os terreiros de macumba da terra, desde onde se fazem simples passes, até onde se realizam as malditas ‘cirurgias’ espíritas. Todo aquele que deixa fazer um corte em sua pele, por um bisturi do inferno, ganha de presente uma marca de satanás e um demônio que por ali entra, ali se crava, e não sai mais sem muita oração, sofrimento, dor e exorcismo.

Sim, a vida da maioria das pessoas que frequenta terreiros e centros é assim. É uma só tribulação contínua em suas almas. Elas não buscam a Deus, única solução possível. Elas querem, sempre, uma solução urgente e imediata para seus problemas e se deixam envolver por mentirosas promessas de cura, que estes infelizes espíritas e médiuns fazem. E acreditam sempre nas justificativas malditas que os que lá trabalham dão, instruídos por satanás. Eles não querem na verdade deixar a situação de pecado em que vivem – pois o demônio não o deixa – na verdade uma prova de orgulho, pois especialmente os católicos sabem que não existe cura do corpo, quando a alma está cheia de pecados. Que, longe de Deus não há cura! Jamais!

Sabem, aquelas infelizes almas, lá dentro daqueles terreiros, também dizem que rezam. Mas jamais rezam um Pai Nosso ou uma Ave Maria. Nunca vi eles mencionarem o nome de Deus Pai ou de Jesus Cristo. Mas certamente que invocam um tal de Alan Kardec, pai deles, e também Eurípedes Barsanulfo – não sei quem é – mas você, leitor, certamente que sabe onde eles estão, e no céu não é, nem no purgatório, e sim lá nas trevas, onde eternamente viverão com aquele maldito, que amaram e serviram em vida. Enfim, o que sabem é invocar todos estes filhos da pestilência ou criadores de doutrinas maléficas, que têm levado uma imensidão de pobres almas à perdição eterna.

E tristemente as pessoas correm para lá e ficam ouvindo aqueles mantras satânicos, para carregarem suas almas de imundície e seus corpos também, de podridão e de loucura e de doenças. E quando recebem algum alívio temporário para suas dores – porque o espírito mau propositadamente ou por ordem de Deus afrouxa o cerco – eles são capazes até de agradecer àquele que na verdade os subjuga e os escraviza no corpo, para depois lhes roubar as almas. Triste fim dos que a isso se entregam! 

 

DEUS NUNCA ESTÁ ALI

Outra coisa que percebi, em todos aqueles que procuram tais centros, é que o pensamento deles nunca está voltado para Deus. Embora haja ali, até quadros com a face de Jesus – para enganar é óbvio – na verdade Ele não estava ali, e prova é que todos eles eram possuídos de um imenso vazio interior. Faltava a eles aceitarem o convite da Trindade Santíssima, o Doce Hóspede das almas. Por isso, a tribulação de suas almas era tanta. E me provocava dores tão profundas, que eu só pela graça divina não perdia os sentidos. E só por Deus que consegui suportar aquelas dores – permitidas pelo Pai Eterno – para que eu sentisse em mim mesma e lhes pudesse relatar aqui, o que significa a falta de Deus no interior de uma pessoa. Ou seja: angustia, depressão, tribulação, desespero, desespero, desespero! Trevas! Terror! Loucura! Morte eterna!

Então, embora toda arrebentada por dentro, na alma, e por fora, no corpo, em vista de ter que ver todas aquelas coisas horríveis, eu só pensava em uma coisa: fugir dali! Mas aquela mulher pavorosa não me deixava. Queria que eu ficasse no meio deles e os próprios imundos me seguravam e diziam que eu tinha no corpo não sei quantos demônios. E, entendam, as infelizes criaturas são, sim, capazes até de invocar aqueles malditos seres, para que baixem em seus corpos, mas são de fato incapazes de os mandar ir embora. Eles ficam dizendo que um já foi, outro já foi, mas na verdade os bichos continuam ali. Eu via isso! É mentira que saem logo! É o próprio maléfico que afrouxa o aperto, para não matar as pessoas, porque Deus o proíbe disso e – pasmem – ele obedece. Só o homem não obedece a Deus, e invoca espíritos maus. Na verdade eles exasperam a Deus, oferecendo sacrifícios aos demônios (Baruc 4,7).

Nunca, ninguém, em qualquer lugar do mundo, consegue sair dali, de espírito tranquilo e com paz na alma. Sempre sairá daqueles antros, um ser atormentado interiormente, pois aquele animal diabólico irá continuar pressionando a pessoa, quem sabe cobrando o preço de uma ‘cura’ incompleta, pois o maligno nada faz de graça. E como a pessoa permanece unida ao monstro, e atormentada, isso a faz voltar para lá mais e mais vezes, até porque aquela pobre mulher mentirosa diz que agora expulsou um, depois expulsará o outro e assim até acabar com todos. Grandes mentirosos a serviço do inferno é o que todos eles são. Ela chegava a me dizer que um que me atormentava era o espírito de um falecido tio meu – que já está no Céu – mas que antes de sabermos isso, era usado pelo demônio como forma de pressão contra nós. Quando foi desmascarado, mais tarde, ele nunca mais usou deste artifício comigo.

Quando estava para encerrar aquela sessão, nem sempre a tal chefe do terreiro conseguia mandar embora daqueles corpos, ou seja, expulsar aqueles espíritos malditos, que neles entravam no começo. Eu podia ver claramente que eles não obedeciam e muitas pessoas iam é para casa, com uma ‘trinca’ daqueles monstros dentro de si. Algumas vezes os tais chefes até transpiravam de sufoco tentando expulsar os maus espíritos, e quando não conseguiam, pediam que se levasse a pessoa a novas sessões. Imaginem quantos milhares de pobres criaturas, às vezes entram nos terreiros sem nada, quem sabe uma simples dorzinha, e saem de lá carregados de demônios, que os podem oprimir pelo resto de suas vidas. Que além de as levar à loucura, as pode fazer perder as próprias almas.

Quando eu saía destas sessões, embora toda alquebrada e dolorida, eu sentia uma vontade imensa de ir visitar o Santíssimo, não importa onde fosse. Eu faria tudo para isso! Mas vejam se ia haver alguma igreja aberta, perto da meia-noite. Minha mãe não me levava nem na porta de uma igreja, quanto mais entrar nela. Quer dizer, para estar horas inteiras, dentro daquela pocilga nojenta e fedida, podia muito bem, mas para ficar só um pouquinho com Jesus Sacramentado não dava. E como eu tinha que dormir para acordar cedo para a faculdade, lá ficava eu sem ver Jesus, sozinha, em meu tormento! Sim, eu sentia que só Ele podia me aliviar daquilo tudo!  

 

UM JOVEM

Lembro do caso de um jovem que foi também levado lá naquela época. Ele na verdade não tinha nada, mas depois da primeira vez que o levaram ao centro, ele só fazia tentar o suicídio. Queria matar o pai, queria suicidar-se e se atirava contra as paredes da casa e agia como um verdadeiro possesso. E aquela mulher do centro dizia que ele tinha muitos demônios. Sim, tinha, porque os pegou ali, todos eles, justo na casa dela na primeira vez que lá entrou. Foram parar lá por causa de uma dorzinha, que o próprio demônio tinha lhe dado, e morderam na sua isca, como minha mãe e eu. Pois também eu já sabia então, que ninguém dali poderia curar o meu braço, mas minha mãe estava iludida pela peste, e é quem insistia em irmos lá mais vezes, a fim de completar a ‘cura’.

Infelizmente eles haviam mordido a isca venenosa de satanás. Mas no tempo que houve entre uma e outra sessão, aqueles demônios que o haviam tomado na primeira sessão, quase destruíram toda a família. A vida do moço havia se tornado um verdadeiro inferno depois que o levaram ao terreiro. E a infeliz mulher ficava dizendo que deveria voltar ainda muitas vezes, que com o tempo ela expulsaria a todos. E são milhares os que se infectam dentro daquelas pocilgas, entretanto eles mentem dizendo que a pessoa já tinha aqueles monstros antes de chegar ali. Grande mentira! Pegam somente ali onde os chamam e invocam. Como se pode curar pessoas neste clima?

Creiam, toda a cura só é possível vinda de Deus. Muitos esquecem do nosso Pai do Céu e não confiam em Sua Misericórdia. Não rezam, porque acham demais, uma Ave Maria, mas ficam a ouvir grunhidos, berros, gemidos e todo tipo de uivo pavoroso naquelas pocilgas fedorentas. Eu lhes peço, não se deixem levar por uma dorzinha qualquer para se meterem naqueles centros de macumba e em terreiros espíritas. Muitas vezes é o próprio maligno quem lhes provoca esta dor misteriosa, que a medicina não descobre nem cura, apenas para que vocês se dirijam para aqueles antros nojentos. Para obterem a ‘cura’ dele! Na verdade, isso só acontece com pessoas fracas na fé. Vão antes diante de Jesus no Sacrário! Busquem antes andar em estado de graça! Quem vive junto de Deus, quem vive apenas para Deus, quem se atira como uma criança nos braços do Pai, jamais será atingido por estas dores estranhas.

Lembrem que, geralmente, estas dores passam após uma boa confissão, uma comunhão bem feita, ou depois da reza do Rosário de Maria Santíssima. Depois que você visitou um Sacrário! Aí o maligno irá ficar furioso porque você não fez o que ele queria, ou seja, buscar a ‘medicina’ dele, no centro espírita ou na macumba maldita. A falsa cura dele. Lembrem-se de que nada no mundo lhes pode tirar de assistir à Santa Missa. Nem mesmo aquela visita que chega bem na horinha de ir rezar. Neste caso, pegue a sua ‘visita’ e vão juntos visitar a Jesus no Sacrário e verão quantas graças acontecerão naquele dia para todos.

 

ALMAS SE MANIFESTAM?

É claro que as almas dos falecidos não se manifestam no corpo de alguém a bel prazer. É tão somente satanás e seus demônios que se manifestam nas pessoas, mas para isso têm que pedir a Deus. Então o maldito usa de todos os artifícios para enganar, fala sobre coisas da vida dos falecidos quando ainda em vida. Ele sabe muitas coisas da vida dos que já morreram e muitas vezes engana os filhos de luz que não estiverem atentos. Por vezes, o sentimento que ele mais gosta de provocar é o sentimento de culpa dos familiares, pelo estado de alma de algum falecido.

E mais: satanás pode até pedir orações pelas almas. Este é um de seus milhares de disfarces. Podemos ser enganados muitas e muitas vezes, porque ele é pródigo em dizer coisas aparentemente verdadeiras, e sugerir coisas agradáveis, mas tudo para enganar. Ele pode fazer coisas inimagináveis para nos passar o mel e depois ofertar o fel, o veneno. Sua idéia inicial é sempre boa – senão as pessoas não cairiam facilmente – mas o seu fim é sempre maligno. Ele é super inteligente e sozinho, sem Deus, nenhum homem pode vencê-lo jamais. Só Deus tem absoluto poder sobre todos os espíritos infernais.

Não nos é lícito evocar os mortos. Quando o Bom Deus permite que alguma alma seja apresentada a alguém, em sonho ou visão, é apenas porque esta alma precisa de oração, para ela ou alguma outra, que está necessitando. Ela se encontra no purgatório e Deus, na sua infinita bondade, permite que ela venha pedir sufrágio. E quando isto acontece, não é porque desejamos ou queiramos, simplesmente acontece de repente, porque assim Deus o quer. E assim, tanto com parentes, como amigos falecidos e até estranhos.

Milhares de pessoas, nos seus cantinhos de oração, recebem esta graça da visão das almas, pois afinal, o profeta Joel fez esta previsão. Nós fazemos parte da Igreja Militante e podemos auxiliar com nossas orações e sacrifícios aqueles que fazem parte da Igreja Padecente. Este é o amor e a misericórdia de Deus, pois nos dá, ainda aqui na terra, os meios para gozarmos, após a morte, da visão beatífica. Só precisamos decidir por isso aqui, e fazer bom uso destes meios aqui. É aqui que decidimos nosso futuro eterno!

 

O GRITO DAS ALMAS

Certa vez eles me conduziram a um cômodo escuro! Levaram-me carregada, porque pelas minhas próprias pernas era impossível até de fugir. Eu não tinha força alguma! Vejam que, inocentemente então, até aquele momento eu própria imaginava que aquela era a única forma de eu me livrar daquela atordoante dor no braço e por isso, embora tomada de pleno pavor, me submetia a esta tortura. Ali, me sentaram numa cadeira, onde ficavam os tais médiuns de incorporação. Deus meu, nem todas as dores juntas, que eu já senti em toda a minha vida, foram tão fortes e tão intensas como as que senti naquele lugar. Tudo me doía intensamente, não só o corpo inteiro, mas até a minha alma, que era como que esmagada, triturada, pelo peso daquelas tribulações.

Sabem, a minha dor maior era ver as pessoas transitando pelo ‘corredor de passes’. Elas tinham as suas almas completamente atribuladas. Negras! Eu podia ver, pela graça de Deus, o interior de cada uma delas e de todas ao mesmo tempo. Muitas das pobres almas que por ali passavam, soltavam gemidos atribulados, gritos torturantes, de pura angústia e de dor. Eu lhes queria falar, mas me era impossibilitado. Só tinha que ver sem poder reagir. A voz travada na garganta, e tendo que ver e ver, e ver e ouvir aqueles gemidos das pobres almas – não da boca física entenderam? – mas uma dor espiritual inexplicável, torturante e inexprimível, pois não há como medir. Mas, sim, ouvia! Ah! Como aquilo causa pavor!

Estando ali, minha própria alma era esmagada pelo peso das tribulações das outras, que eu via desfilar na minha frente. A angústia interior delas era tamanha, que se notava a nítida falta de Deus e o vazio que isto provoca. Suas almas eram negras e manchadas pelos seus inúmeros pecados. Naquele estado interior lastimável, as almas soltavam brados e gemidos, por vezes gritos, tamanha a tribulação, a angustia, a dor que sentiam. Esta terrível situação, era às vezes confirmada por famílias inteiras que ali estavam em busca de cura e de conforto. Ingenuamente, elas não percebiam que ali, justamente ali, estava a fábrica diabólica, de todas as opressões, tristezas e loucuras do mundo: Satanás!

Ninguém pode imaginar o que eu senti. Esta mesma coisa acontece – ó almas – em todos os terreiros de macumba deste mundo – maldito mundo – que se entrega ao inferno sem saber. Muitas vezes o interior das pessoas que por lá andam, é tão atribulado e torturado, que é impossível entender como elas vão buscar ainda mais tribulação naqueles ambientes. Como pode uma pessoa que já está desequilibrada emocionalmente encontrar equilíbrio em tais antros? Como elas podem achar ali a cura – que quando acontece é apenas disfarçada, mascarada, porque satanás tem sempre um objetivo maior em mente mais adiante – as almas –, e se naqueles antros está posta justamente a própria fonte de todas as doenças, tristezas, dores e angústias do mundo?

 

      

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Quinta-feira, 28 de Março de 2024










Mulher Vestida de Sol