O vento solar causado pela série de erupções solares que aconteceram nos últimos dias alcançou o nosso planeta, ‘queimando’ o campo magnético da Terra.
As pessoas que vivem perto dos polos poderão ter observado na noite deste sábado, sob a forma de auroras, os efeitos do impacto da radiação proveniente do espaço. Trata-se de enormes quantidades de vento solar, que viajam milhões de quilómetros num fluxo poderoso em direção da Terra.
‘A matéria solar alcançou uma velocidade 1,5 vezes superior ao que se esperava, e o impacto na Terra é mais potente do que calculávamos’, revela o Laboratório de Astronomia do Sol do Instituto Físico Lebedev da Academia de Ciências da Rússia.
‘A direção desta última erupção é desfavorável para o nosso planeta: o seu campo é oposto ao terrestre e irá ‘queimar’ o campo magnético da Terra’, acrescenta a nota do Laboratório russo.
A série de erupções no Sol começou a 4 de setembro (2017). Primeiro, aconteceram erupções da classe M, de 4 a 5 pontos de potência. Há vários tipos de erupções solares, e as classes M e X são a mais significativas, porque podem causar tempestades magnéticas na Terra.
A 6 de setembro ocorreu uma erupção da classe X, de 2,2 pontos, e ainda no mesmo dia foi registada uma outra erupção solar, extremamente forte, de intensidade 9,3. Esta última foi a maior erupção solar dos últimos 12 anos.
Os cientistas realçam que estes fenómenos atmosféricos impressionantes podem provocar fortes tempestades geomagnéticas, capazes de interromper o funcionamento de satélites, mas que em princípio não afetam a saúde dos habitantes da Terra.
Fonte: https://zap.aeiou.pt/o-sol-esta-a-queimar-o-campo-magnetico-da-terra-173234