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Como se confessar (bem)

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1 – A confissão é o sacramento pelo qual Cristo dá o perdão dos pecados aos fiéis através do padre.

Este é o Sacramento do perdão e da misericórdia divina. Deus não abandona o homem no seu pecado. Deus não quer a morte do pecador, mas sim que ele viva e se converta. A certeza do perdão desfaz nossa angústia, nos dá paz e nos coloca no caminho da conversão, isto é, na mudança radical de vida; do pior para o melhor, do pecado para a graça, do erro para a vida de amizade com Deus e nossos irmãos. Deus é um pai de misericórdia, que sempre está disposto a perdoar seus filhos. Sua bondade é maior que nossos pecados. Hoje muitos não querem mais aceitar a confissão sacramental e dizem: “Só me confesso a Deus, pois Deus é quem perdoa o pecado.” Em verdade, é Deus quem perdoa. Mas o próprio Deus estabeleceu que a maneira de nos conceder o perdão é através de seu ministro, o Sacerdote, quando disse: “A quem vós perdoardes os pecados, a eles serão perdoados.” (Jo 20, 22). Pelo pecado o homem se afasta de Deus e da Igreja, já não participa da mesa eucarística. Somente através da confissão poderá quem cometeu o pecado, comungar. Portanto, não posso comungar com os pecados que fiz sem antes fazer a minha confissão ao Sacerdote e dele receber a absolvição e consequentemente o perdão de Deus.

Nota:

A Páscoa começa na 5ª feira Santa e vai até Pentecostes; logo, tenho 50 dias para cumprir o preceito pascal. Quanto mais vezes eu me confessar e comungar durante o ano, mais oportunidades tenho para me manter na graça de Deus, portanto, santificando-me.

 

2 – Para que possamos merecer o perdão na confissão, são necessárias cinco coisas, a saber:

  • Exame de consciência da minha vida a partir da última confissão, bem feita.
  • Arrependimento dos meus pecados.
  • Fazer um propósito sincero de emendar-me no futuro.
  • Confessar meus pecados ao Sacerdote que, naquele ato, está atuando em nome de Deus e da Igreja, para me perdoar.
  • Cumprir a penitência imposta pelo confessor.

 

3 – Exame de Consciência:

 

1º Mandamento: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma, de todas as tuas forças. (Lc 10, 27)

Duvidei da existência de Deus? Reneguei ou abandonei a minha fé? Rezei todos os dias? Li revistas, livros imorais, contrários a fé? Conservei este material? Emprestei aos outros? Assisti a programas de TV ou cinema contrários à fé e aos bons costumes? Queixei-me da providência de Deus nas doenças, na pobreza e nos sofrimentos? Zombei de coisas santas? Revoltei-me contra Deus? Frequentei reuniões, cultos ou organizações contrárias à minha fé tais como espiritismo, umbanda, quimbanda, maçonaria, curandeirismo, seicho-no-yê, cartomantes, magia, feiticeiros, benzedeiras, advinhos? Trago comigo orações supersticiosas, amuletos, figas? Lidei com despachos? Acreditei em horóscopos? Usei horóscopos? Coloquei as coisas do mundo, tais como riqueza, prazer, poder, fama, meus conhecimentos, acima de Deus? Acreditei na reencarnação? Abandonei minha fé católica para entrar em igrejas crentes? Leio livros destas igrejas? Frequentei seus cultos por curiosidade ou porque fui convidado, pondo em risco minha fé?

 

2º Mandamento: Não pronuncirás o nome do Senhor teu Deus em vão.

Pronunciei o nome de Deus dizendo palavras irreverentes? Ofendi a Deus com palavras? Pronunciei o nome dos santos sem respeito? Blasfemei contra Deus, Nossa Senhora, os Santos, a Igreja, os Sacramentos?

 

3º Mandamento: Guardarás o domingo e dias santos de preceito.

Participei da missa aos domingos e dias santos? Cheguei atrasado? Fui irreverente na igreja, rindo, conversando inutilmente? Busco participar da santa missa com atenção, respeito e devoção? Ao comungar procuro entreter-me com Cristo Eucarístico que recebi ou fico olhando os outros, conversando? Ao entrar na Igreja, dirijo a Deus minhas homenagens ou começo a conversar?

 

4º Mandamento: Honrarás pai e mãe.

Fui malcriado com meus pais e superiores? Entristeci-os gravemente? Desejei-lhes mal? Desobedeci-lhes em coisas importantes? Bati neles? Ameacei-os? Neguei-lhes minha ajuda, minha assistência, sobretudo se idosos ou doentes? Amo meus pais? Perdoo-lhes as faltas? Rezo por eles? Zombei de pessoas idosas, defeituosas?

 

5º Mandamento: Não matarás.

Expus-me ao perigo de vida sem necessidade? Fui imoderado no comer e no beber? Fiquei embriagado? Usei tóxicos? Injuriei os outros? Deixei de ajudar o próximo em suas necessidades materiais ou espirituais? Fui briguento(a)? Alimentei pensamentos ou desejos de vingança? Denunciei injustamente alguém à autoridade para tirar proveito? Pus em perigo a vida espiritual ou material de alguém com palavras, atos, omissões, tais como, convidar alguém para o pecado, dizer palavras injuriosas, espancamento, ferimento, matar alguém, mandar ou aconselhar a matar? Aborto: provoquei ou aconselhei, participei direta ou indiretamente deste pecado gravíssimo? Fiquei triste com o bem do próximo? Dei mal exemplo?

 

6º e 9º Mandamentos: Não pecarás contra a castidade. Não cobiçarás a mulher do próximo.

Faltei ao pudor? Desejei o adultério? Cometi o adultério? Incentivei outros ao adultério? Cometi pecados impuros comigo mesmo (masturbação) ou com outros? Com animais? Provoquei tentação ou desejos impuros por más leituras, filmes, bailes, roupas indecentes? Contei piadas imorais? Procurei as ocasiões de pecado, ou seja, busco as ocasiões nas quais sei que vou pecar? Tive relações sexuais pré-matrimoniais ou fora do matrimônio? Tive liberdades no namoro? Defendi a promiscuidade e relações pré-matrimoniais? Defendi o divórcio? O aborto?

 

7º e 10º Mandamentos: Não furtarás. Não cobiçarás as coisas alheias.

Tenho furtado alguma coisa dos outros? Tenho furtado dinheiro de meus pais? De meus amigos, parentes, etc? Cobicei as coisas alheias? Aceitei ou comprei coisas sabendo que são furtadas? Fiquei com coisas achadas sem procurar o dono? Planejei algum furto? Causei prejuízo de propósito ou por negligência? Paguei minhas dívidas? Procurei reparar os danos causados? Abusei da alta de preços? Cobrei juros excessivos? Enganei o próximo nas compras e vendas? Retive coisas que deveria ter dado ao próximo? (A devolução faz parte de perdão do pecado). Apelei injustamente para as leis trabalhistas para obter indenizações indevidas?

 

8º Mandamento: Não levantarás falso testemunho.

Menti? Falei mal dos outros? Difamei? Caluniei? Fiz juízos falsos e temerários? Semeei discórdias, inimizades na família, no trabalho, etc? Provoquei inimizades políticas? Exagerei as faltas dos outros? Dei falso testemunho contra o próximo? Faço mexericos e fofocas? Gosto de ouvir falar mal dos outros? Reparei o mal que fiz com calúnias, mexericos?

 

4 – Os Mandamentos da Igreja

Deixei de confessar-me ao menos uma vez cada ano? Confessei-me sem contrição sincera e sem propósito de corrigir-me? Cumpri a penitência imposta? Ocultei algum pecado grave na confissão? Fiz a comunhão pascal? Comunguei sabendo que estava em pecado grave? Ajudei a Igreja? Participei com interesse da vida paroquial? Rezei pela Igreja? Engajei-me como apóstolo e pela participação no Dízimo? Aproveitei-me ilicitamente dos bens públicos? Usei mal ou desperdiceibens públicos? Soneguei impostos?

 

5 – Pecados capitais

 

  1. Sou orgulhoso(a)? Soberbo? Auto-suficiente? Vaidoso(a)? Busco chamar a atenção sobre mim? Julgo-me indispensável, necessário? Penso ser o salvador do mundo?
  2. Qual tem sido minha atitude em relação aos que têm salários insuficientes, têm fome, falta de moradia, estão desempregados, passam frio, estão doentes, que não têm remédios, não são atendidos em hospitais? Como me comporto com os analfabetos? Como tenho vivido a pobreza evangélica? Gasto inultilmente ao invés de empregar meu dinheiro em causas boas? Esbanjo dinheiro com comidas, bebidas, roupas que exaltam minha vaidade? Sou invejoso(a)? Ciumento(a)? Ressentido(a)? Cultivo as amizades? Minha vida tem equilíbrio? Interesso-me pela minha família, parentes, vizinhos, amigos?
  3. Como uso o dinheiro? Vivo só na busca do prazer? Sou apegado às coisas? Busco o conhecimento para me exaltar?
  4. Sou impaciente? Raivoso(a)? Vingativo(a)? Tenho ódio?
  5. Sou guloso? Vivo somente a nível de prazer: comida, bebida, tóxicos, TV, música, cigarro, etc?
  6. Sou preguiçoso(a)? Omito meus deveres religiosos, sociais, familiares, de trabalho, etc? Como ocupo meu tempo? Meu lazer é honesto?
  7. Como está minha sexualidade? Meus pensamentos? Tenho relacionamento errado? Sou permissivo(a) = tolerante?

6 – Modo de se confessar

  1. Ao chegar ao confessionário, dizer: “Padre, dai-me vossa benção, porque pequei.”
  2. Dizer quanto tempo faz que não se confessa.
  3. Acusar todos os pecados cometidos, os graves, dizer o número de vezes que foram cometidos.
  4. Escutar atentamente os conselhor do confessor.
  5. Rezar o ato de contrição, quando o padre pedir. Se não souber um outro, decore e use este:  ATO DE CONTRIÇÃO: Meu Jesus Crucificado por minha culpa, estou muito arrependido(a) de ter feito pecado, pois ofendi a vós que sois tão bom e mereci ser castigado(a) neste mundo e no outro, mas perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar. Amém.
  6. Após, o padre dirá algumas palavras... Dará a penitência a ser cumprida.
  7. O padre dá a Absolvição, e o penitente volta para o seu lugar e procurará cumprir a penitência.

 

Dicas para fazer uma boa confissão:

Confissão é um meio certo de eu receber o perdão de meus pecados. Foi Jesus quem deu aos padres o poder de perdoar os nossos pecados. Jesus falou: A quem perdoarem os pecados, os pecados serão perdoados (João 20, 19-23). Só a confissão bem feita é que perdoa os pecados. Tem pessoas que afirmam confessar diretamente a Deus, mas é preciso o reconhecimento da Igreja. Ela é esposa de Cristo. Somos seus membros e a mesma deixou os meios eficazes da cura, e entre eles está o que se chama: SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU RECONCILIAÇÃO. Para que a confissão seja bem feita, eu preciso dos passos a seguir:

1) Examinar bem minha consciência com antecedência e fazer até anotações em um papel, comumente se diz “fazer uma cola” a respeito de tudo o que se fez de pecados, a começar pelos graves ou mortais, por último os leves ou veniais, sem omissão de nenhum, sem se deixar vencer pela vergonha ou qualquer outro motivo. Fazendo assim as anotações livra-se de não se lembrar de algum quando estiver na presença do padre, o que, por esquecimento negligenciado, não receberá o perdão de Deus, e sairá com um a mais do confessionário.

2) Confessar apenas os seus pecados, não os dos outros (familiares, filhos, esposo(a), ou vizinhos, lembre-se de que cada um ou cada qual deve confessar os seus pecados ao padre e pagar por eles.

3) Não tentar se justificar criando estória para contar os seus pecados ao padre, o que denota não estar arrependido(a), onde o padre não pode nem deve dar a absolvição, consequentemente Deus não perdoará, além de tomar tempo do padre que deixa de atender outros que estão na fila esperando e podem não ser atendidos... A verdadeira confissão séria e bem feita é aquela que o penitente acusa-se dos seus pecados arrependido(a), humildemente pede perdão a Deus, e ao padre, absolvição, ouve algumas palavras ou conselho do padre, reza o Ato de Contrição e a penitência a cumprir ao sair do confessionário. A Orientação Espiritual requer um pouco mais de tempo na conversa com o padre, no final pode acontecer as duas coisas juntas com a absolvição dos pecados.

 

Se você não acusar seus pecados em vida, diante de Deus, através de um sacerdote, tenha certeza de que, de imediato à sua morte, o demônio os acusará todos eles, diante de Deus, para ter o direito de levar sua alma para o inferno.

 

        


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Sexta-feira, 26 de Abril de 2024










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