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Nossa Senhora da Esperança de Pontmain

 

(Pontmain - França)

(1871)

 

A aparição da Santíssima Virgem na aldeiazinha de Pontmain deu-se em 1871, ano terrível em que a guerra, o inverno e a fome se uniram, sob a mão de Deus, para punir as prevaricações da França culpada.

Em 17 de janeiro, pelas 6 horas da tarde, o menino Eugênio Barbedette, de 12 anos, estava ocupado com seu irmão menor, e seu pai a preparar a ração dos cavalos, quando entrou, para conversar um pouco, uma senhora vizinha, Joana Detais. Com a interrupção do trabalho, Eugênio se lembrou de ir para a rua, a fim de espairecer um pouco e “ver como estava o tempo lá fora”, e qual não foi sua admiração ao ver, a poucos metros acima da casa vizinha, uma senhora resplandecente de luz e de incomparável beleza, com um vestido azul salpicado de brilhantes estrelas, nos pés um calçado azul com fivelas de ouro, na cabeça um véu preto, e por cima uma coroa também de ouro. As mãos, estendidas, pendiam para o chão como se costuma representar Nossa Senhora das Graças.

O menino, arrebatado, contemplava a maravilhosa visão, quando Joana saiu de sua casa.

Joana”, disse-lhe Eugênio com vivacidade, “a Senhora não enxerga nada lá em cima da casa do vendedor de fumo?”

E com o dedo indica-lhe o lugar onde está a visão. Joana olha e nada vê. O pai de Eugênio sai por sua vez e não é mais feliz que Joana. Mas José, irmãozinho de Eugênio, percebe logo a visão e descreve-a tal qual seu irmão. E ambos repetiam: “Como é linda! Como é linda!”

Aparece também a mãe, que nada enxerga mesmo de óculos, por isso trata-os de visionários e obriga-os a entrar em casa para jantar. Os meninos obedecem, mas pouco depois obtêm licença de voltar para a rua, e ficam radiantes ao contemplar de novo a maravilhosa visão.

A superiora das Irmãs, depois o Sr. Vigário, em seguida numerosos habitantes da aldeia chegam sucessivamente. Mas apesar das indicações muito detalhadas e precisas dos meninos videntes, nada conseguem ver, porém duas meninas, alunas internas das Irmãs, mal se unem aos outros espectadores, contemplam a celestial aparição e manifestam viva alegria ao vê-la sorrir.

A convite do pároco, a multidão cala-se e começa a rezar e a cantar hinos religiosos, durante os quais se produziram vários incidentes notáveis.

Em princípio os meninos viram a visão tomar proporções muito maiores, e formar-se, ao redor da Senhora, uma larga fita azul, no interior da qual apareceram quatro velas, duas na altura dos joelhos e duas na altura dos ombros.

Um pouco mais tarde, outra fita, muito comprida, desenrolou-se debaixo dos pés da aparição, e uma pena invisível traçou, em duas linhas, as seguintes palavras:

“Mas rezai, meus filhos; Deus vos atenderá dentro em breve; meu Filho está prestes a comover-se.”

Viram logo depois, nas mãos de Maria, um crucifixo vermelho; ao mesmo tempo uma estrela, dando uma volta ao redor da Senhora, acendeu as quatro velas, e depois parou acima da cabeça de Nossa Senhora.

Enfim, um grande véu preto subiu pouco a pouco e escondeu a aparição. Às 20h45min estava tudo acabado. A visão durou pouco, portanto, exatamente três horas: das 17h45min às 20h45min.

Em 2 de fevereiro de 1872, monsenhor Wicart, bispo de Laval, publicou a pastoral que admite a realidade da aparição e autoriza o culto da bem-aventurada Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora da Esperança de Pontmain

À voz do bispo, o céu e a terra responderam: o céu, por curas súbitas e inesperadas, bem como por extraordinárias graças de conversão; a terra, pelo zelo com que se apressou a ir orar no lugar onde Maria se dignou aparecer, e por seu ardor em construir a magnífica basílica, que se ergue hoje no lugar da aparição.

Graças aos benefícios do céu e à incansável dedicação dos padres oblatos de Maria Imaculada, encarregados do serviço no santuário, cresceu anualmente o concurso dos fiéis que cumprem à risca o pedido de Maria: Mas rezai, meus filhos...     


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Quarta-feira, 24 de Abril de 2024










Mulher Vestida de Sol