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A linha em forma de “M” que liga os lugares onde Maria apareceu

É chamada de "Assinatura de Maria" e se estende de Fátima a Medjugorje. Há uma linha em forma de “M”, a chamada “assinatura de Maria”, que reúne os principais locais das aparições e milagres realizados por Nossa Senhora na Europa.

O “M” é composto pelos seguintes lugares marianos (com as datas, em ordem cronológica, em que ocorreram as aparições ou milagres): 1830 – Paris (na Rue du Bac); 1846 – La Salette (França); 1858 – Lourdes (França); 1871 – Pontmain (França); 1876 ​​- Pellevoisin (França); 1917 – Fátima (Portugal); 1932 – Beauraing (Bélgica); 1933 – Banneux (Bélgica); 1947 – Roma (Tre Fontane); 1953 – Siracusa (Itália); 1981 – Medjugorje (Bósnia-Herzegovina).

Nos casos de Pellevoison e Tre Fontane, ambos os lugares foram reconhecidos como “lugares de culto mariano”, mas o reconhecimento oficial da aparição pela Igreja ainda não ocorreu.

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A aparição mariana da Rue la Bac em Paris (França)

A mística francesa Catherine Laborè (Fain-lès-Moutiers, 2 de maio de 1806 – Paris, 31 de dezembro de 1876), fundadora da devoção da Medalha Milagrosa, teve a primeira aparição de Nossa Senhora em 18 e 19 de julho de 1830, aparições em que a mística concebeu a Medalha.

Assim escreve a freira em seus diários: “Às 11h30 da noite, ouvi-me chamar pelo nome: ‘irmã, irmã’. Acordo, olho do lado de onde veio a voz, ou seja, do lado do corredor ao lado da cama. Eu vi uma criança de uns quatro ou cinco anos, vestida de branco, me dizendo “venha à Capela, a Santa Virgem está esperando por você (…)”. Eu o segui e ele irradiava uma grande luz por onde passava. A minha surpresa aumentou quando, chegando à porta da Capela, esta se abriu assim que a criança a tocou com a ponta de um dedo (…)”

“A criança me disse: ‘Aqui está a Santa Virgem, aqui está ela’. Ouvi o farfalhar de um manto de seda vindo do lado da tribuna, perto da imagem de São José. Uma Senhora veio sentar-se nos degraus do altar, ao lado do Evangelho, numa poltrona semelhante à de Sant’Anna, mas essa Senhora não era Sant’Anna. (….). Ergui os olhos para o rosto da Virgem e saltei para ela, ajoelhando-me e colocando as mãos sobre os joelhos da Santíssima Virgem. Esse foi o momento mais doce da minha vida.”

A aparição de La Salette (França)

19 de setembro de 1846, sudeste da França. Em uma região de Ródano-Alpes, na vila chamada La Salette, a Virgem aparece a duas crianças que estavam levando suas vacas para pastar. Eles se chamavam Maximin Giraud e Melanie Calvat, respectivamente com 11 e 14 anos.

A Senhora está em lágrimas, sentada sobre uma pedra. Ela está vestida como as mulheres daquela aldeia: um vestido que desce até os pés, um xale, um lenço na cabeça, um avental amarrado nos quadris. Depois de se levantar, ela dá uma mensagem aos pastorinhos com a tarefa de “dar a conhecer a todo o seu povo”. A Virgem adverte para os pecados que as pessoas cometem, anunciando o Inferno para os que perseveram nesses comportamentos e o perdão para os que se convertem.

As aparições de Lourdes (França)

Aos pés dos montes Pireneus, em Lourdes (França), Bernadette Soubirous, uma menina pobre de quatorze anos, foi agraciada com visões de Nossa Senhora. A primeira visão ocorreu no dia 11 de fevereiro de 1858. Nesse dia, numa gruta chamada massabielle, nas proximidades do rio Gave, Bernadette, que procurava lenha seca com algumas companheiras, viu uma “senhora” envolvida em luz. Essa “senhora” fez sinal para que Bernadette se aproximasse mais, mas ela não teve coragem. Em vez disso, teve a inspiração de tirar do bolso o terço que trazia consigo e começar a rezar.

Bernadette logo notou que a “senhora” havia começado a rezar junto com ela, e, ao final da oração, a aparição, que só Bernadette havia visto, desapareceu. Após alguns dias, Bernadette voltou à gruta e novamente viu a aparição e, mais uma vez, se colocou a rezar junto com a “senhora”. Assim ocorreu por mais outras vezes, até que numa delas, mais precisamente a aparição do dia 25 de março, dia da solenidade da Anunciação, a aparição revelou seu nome para Bernadette: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Após algum tempo, Bernadette confiou ao seu pároco, padre Dominique, o que a Virgem havia lhe falado. No mesmo instante, padre Dominique entendeu que só podia ser verdade o que a menina dizia, pois, sendo sem instrução e sem ter conhecimento sobre o significado desse título – Imaculada Conceição –, padre Dominique concluiu que Bernadette não poderia tê-lo inventado. Muitos viram nesse sinal, mais uma confirmação do dogma da Imaculada Conceição que o papa Pio IX havia proclamado apenas quatro anos antes, por meio da Constituição Apostólica Ineffabilis Deus, de 8 de dezembro de 1854.

Além de revelar seu nome para Bernadette, a Virgem Maria pediu-lhe para que ela conversasse com os padres, a fim deles construírem naquele local uma igreja em sua honra. Outro fato relevante, ligado ao local das aparições, foi a fonte de água que ali surgiu: a própria Nossa Senhora havia pedido à Bernardette que escavasse o chão, próximo à gruta; obedecendo prontamente à Nossa Senhora, Bernadette logo escavou com as mãos o local que for-lhe indicado: imediatamente aí brotou um filete de água. Até hoje, as águas que brotam no santuário que ali foi construído têm fama de ter curado inúmeros devotos. De fato, o santuário de Lourdes recebe todos os anos milhares de devotos que vem, em sua maioria, buscar lenitivo para suas dores e aflições, junto àquela Senhora que se revelara à pequena e humilde Bernadette.

A aparição de Pontmain (França)

A “assinatura de Maria” também passa por Pontmain, na França. É 17 de janeiro de 1871. É noite e está frio. Um inverno glacial naquele ano; em 11 de janeiro houve também uma aurora boreal. E então a França está em guerra, Paris está sitiada. Em 12 de janeiro, os prussianos vencedores entraram na cidade de Mans. Agora estão às portas de Laval. Nada parece deter seu avanço para o oeste.

Há angústia em Pontmain: não há mais notícias dos trinta e oito jovens que partiram para a guerra. Os adultos ficam desanimados. Naquela noite, no celeiro, Eugène Barbedette, 12, e seu irmão Joseph, 10, ajudam o pai. Pouco antes das seis da tarde, Eugène sai para “ver o tempo”.

É então que ele vê, em frente ao celeiro, acima e atrás da casa de Augustin Guidecoq, uma bela dama de vestido azul cravejado de estrelas, que o olha sorrindo e estendendo as mãos. Ela usa uma coroa de ouro na cabeça, com uma borda vermelha no centro. Joseph sai por sua vez e ele também vê a bela dama.

A aparição de Pellevoison (França)

As aparições marianas de Pellevoison (1876) são diferentes de todas as outras, porque Maria curou diretamente a vidente Estelle Faguette, então com 32 anos e enferma. A Igreja reconheceu o milagre em 1983, após uma profunda investigação diocesana conduzida pelo bispo de Bourges (a aldeia de Pellevoison faz parte da diocese de Bourges).

«Naquela noite, à meia-noite, recebi a primeira aparição da Santíssima Virgem. Meu pai me fez companhia com uma mulher local. Era meia-noite, começou no dia 15 de fevereiro (terça-feira). Foi nesta ocasião que a Santíssima Virgem me disse: “Ou você vai morrer ou você vai se curar” ».

As aparições de Nossa Senhora da Misericórdia, ocorridas entre 14 e 18 de fevereiro de 1876, ainda não foram oficialmente reconhecidas pela Igreja, que, no entanto, reconheceu o santuário de Pellevoison como local de culto mariano (21 de fevereiro de 2022).

As aparições de Nossa Senhora de Fátima (Portugal)

A “assinatura de Maria” tem Fátima como ponto extremo oeste. Nossa Senhora aparece resplandecente aos pastorinhos pela primeira vez no dia 13 de maio de 1917.

Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável. Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como rezando, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.

Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquilizou as três crianças, dizendo: “Não tenhais medo. Eu não vos farei mal. Vim para pedir que venhais aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez”.

Ao pronunciar estas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos, e delas saía uma intensa luz. Os pastorinhos sentiram um impulso que os fez cair de joelhos, e rezaram em silêncio a oração que o Anjo havia lhes ensinado: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, pevo-Vos a conversão dos pobres pecadores”.

Passados uns momentos, Nossa Senhora acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra.”

As aparições de Nossa Senhora de Beauraing (Bélgica)

Também conhecida como Nossa Senhora do Coração de Ouro, é a imagem que apareceu 33 vezes a algumas crianças belgas entre 1932 e 1933 na pequena aldeia de Beauraing. As aparições foram aprovadas pela Santa Sé em 1949. Maria se apresenta com um “coração de ouro” rodeado de raios luminosos, como modelo a seguir para vencer o ódio e o ressentimento e como refúgio para os pecadores.

As aparições de Banneaux (Bélgica)

Apenas 12 dias após o fim das aparições de Beauraing, Nossa Senhora está novamente presente: desta vez em Banneux, cerca de 20 quilômetros a sudeste de Liège. É uma vila de gente pobre, com pouco mais de 300 habitantes, quase todos mineiros e madeireiros. Aqui, porém, Maria se define como a “Virgem dos pobres” e indica a água de um riacho como sinal de purificação, mas também como símbolo dos “rios de água viva” que brotam daquele que acolhe o Evangelho. Aparece 8 vezes, de janeiro a março de 1933, para uma menina de 11 anos: Mariette Beco. Sua mensagem: “Venho trazer alívio ao sofrimento”.

As aparições de Tre Fontane em Roma (Itália)

A “assinatura de Maria” também faz escala na Itália, em Roma. Bruno Cornicchiola era um anticlerical que pretendia matar o papa, a quem considerava o chefe da ‘sinagoga de Satanás’. Posteriormente teve uma conversão-relâmpago ao catolicismo, após a extraordinária experiência de 12 de abril de 1947. Nesse dia, junto com seus três filhos, viu na colina de Tre Fontane em Roma uma menina de grande beleza, pele e cabelos escuros, com um manto verde e um livro nas mãos; e a partir desse momento ao longo de sua vida ele continuou a receber mensagens espirituais e anúncios proféticos dela até poucos meses antes de sua morte, que ocorreu em 22 de junho de 2001.

O vidente entregou os segredos recebidos de Nossa Senhora ao Vaticano, que nunca considerou oportuno publicá-los. São sonhos e visões que antecipavam de forma perturbadora alguns acontecimentos dramáticos do século passado.

As lágrimas de Nossa Senhora de Siracusa (Itália)

O milagre – reconhecido em poucos meses pela Igreja – ocorreu no final de agosto de 1953, em Siracusa, na casa de um jovem casal, Angelo Iannuso e Antonina Giusto, que esperava seu primeiro filho. Nos dias 29-30-31 de agosto e 1º de setembro, “lágrimas humanas” brotaram de um quadro de gesso representando o coração imaculado de Maria, colocado na cabeceira do leito conjugal.

As aparições de Medjugorje (Bósnia-Herzegovina)

A leste, a “assinatura de Maria” chega a um dos lugares mais famosos do mundo pelas aparições marianas: Medjugorje. A partir de 24 de junho de 1981, alguns meninos e meninas da pequena aldeia bósnia foram confrontados com acontecimentos extraordinários. Dizem que viram Maria, que lhes apareceu no Monte Podbrdo. A Comissão Teológica Internacional, que estudou o caso até 2014, reconheceu as primeiras sete aparições de Nossa Senhora como sobrenaturais. Aqui está o que aconteceu no dia da primeira aparição.

Na tarde de 24 de junho de 1981, Mirjana Dragičević, de 16 anos, e Ivanka Ivanković, de 15 anos, foram passear no caminho na base do Monte Podbrdo. Por volta das 17h, as duas meninas voltavam para casa, quando Ivanka viu, a cerca de duzentos metros de distância, uma figura luminosa. Ela imediatamente exclamou: “Olha, a Gospa” (Maria, em croata).

Mais tarde, Mirjana explicaria: “Eu nunca tinha sentido a possibilidade de que Nossa Senhora pudesse vir à Terra. Por isso não olhei. Fiquei nervosa, porque me ensinaram que com o nome de Deus e de Nossa Senhora não há brincadeira”. Mas depois elas voltaram à colina com outras pessoas da vila, e todos viram a mesma figura.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2022/02/25/a-linha-em-forma-de-m-que-liga-os-lugares-onde-maria-apareceu/

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Quinta-feira, 28 de Março de 2024










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