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São Domingos de Gusmão

 

São Domingos de Gusmão (Caleruega, Reino de Castela, 24 de Junho de 1170 — Bolonha, 6 de Agosto de 1221)  foi o fundador da Congregação dos Dominicanos que, sob a inspiração da própria Santíssima Virgem Maria, contribuiu, em plena Idade Média, no século XIII, para a formação e expansão da oração do Rosário.

Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza guerreira, encarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos.

Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do cabido da sua diocese natal, Osma. São Domingos também contribuiu para a missão de educar a sociedade a respeito das verdades da fé, preparando-se com o estudo e a oração, pois, naquele momento da História, os hereges proliferaram em toda a Europa. Acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia.

Entre esses hereges estavam os albigenses que, com hostilidade e violência, demonstravam profundo ódio contra a Igreja. Blasfemando contra os dogmas da maternidade divina e a perpétua virgindade de Maria, os hereges albigenses, por vários meios de corrupção, procuravam extirpar inteiramente dos corações a fé cristã e a observância da lei divina.

Diante desse panorama, São Domingos percebeu que os albigenses eram “homens ímpios e perversos” (2 Ts 3,2), pois não há maior obstáculo à vida eterna do que o repúdio às verdades da fé cristã. Sem medir esforços, insistentemente, e com maior frequência, São Domingos elevou suas orações à Virgem Maria, suplicando sua poderosa intercessão junto a Deus. Em um certo momento, após três dias e três noites, quando estava rezando em dura penitência, pedindo inspiração e revelação de quais seriam os meios eficazes para vencer os hereges, Nossa Senhora apareceu-lhe e lhe pediu que rezasse e ensinasse a rezar o Saltério Angélico, a fim de que se produzissem novos e suaves frutos de piedade e de santidade entre os batizados.

A partir daquele dia, iluminado pelo Espírito Santo, São Domingos passou a pregar, cada vez mais, a solidez da doutrina cristã, e com grande confiança estimulou entre os fiéis a prática da oração do Rosário como um valiosíssimo instrumento no combate contra os inimigos da fé, testemunhando assim que Maria é, para todos nós, consolação, força e ajuda nos momentos de dificuldades e perseguições.

Em pouco tempo, com a mediação de Nossa Senhora e com a poderosa ação de São Domingos – que, em suas pregações, narrava os mistérios centrais da nossa fé – a Europa ficou livre da heresia dos albigenses. Este episódio da história da nossa Igreja nos demonstra que a Virgem Maria é a inspiradora e a mestra do santo Rosário e, por isso, “graças à Virgem, gloriosa debeladora de todas as heresias, as forças dos ímpios foram derrubadas e quebradas, e a fé de muitíssimos permaneceu salva e intacta”. (Papa Leão XIII, Octobri Mense, nº 17).

Para ajudar na defesa e na propagação da fé cristã, bem como na difusão do santo Rosário, inspirado por Nossa Senhora, São Domingos instituiu a Congregação dos Dominicanos. Os Dominicanos brilham na Igreja como grandes defensores da doutrina que Cristo nos legou e como propagadores da oração do Rosário. Entre tantos outros dominicanos, podemos citar: São Alberto Magno, São Tomás de Aquino, Santa Catarina de Sena e São Pio V. Estes dois últimos santos dominicanos foram fundamentais na contínua história de devoção a Nossa Senhora do Rosário.

Uma importante lição que podemos e devemos aprender com São Domingos de Gusmão é, seguramente, a percepção de que o Rosário é uma arma poderosa. Aprendemos também que, em meio aos perigos, às perseguições e às investidas das trevas, nós temos que dirigir nossos olhares e preces a Maria, a Virgem do Rosário, com a certeza de que “se os fiéis meditarem devotamente e contemplarem, na ordem devida, esses augustos mistérios, obterão uma ajuda poderosa, quer para alimentar sua fé e preservá-la da ignorância e do contágio dos erros, quer para elevar e fortalecer o vigor de seu espírito”.  (Papa Leão XIII, Octobri Mense, nº 15).

Amparados no exemplo e nos ensinamentos de São Domingos de Gusmão, que demonstrou a seus contemporâneos que “a doutrina da verdade estava em sua boca” (Ml 1,6), nós somos chamados a professar que os fiéis cristãos não devem temer a proliferação das inverdades, dos erros e das mentiras junto às famílias, aos povos e às pessoas das mais diversas idades que praticam e ensinam a oração do Rosário, pois, como sabemos, essa oração mariana, que é essencialmente cristocêntrica, nos conduz a Cristo e nos mantém unidos a Ele. Desse modo, quando rezamos o Rosário com fé e piedade, todos e cada um de nós somos beneficiados. Quando rezamos o Rosário e penetramos nos mistérios da nossa Salvação, beneficiamos também o nosso próximo, a sociedade e o mundo.

Neste Terceiro Milênio da era cristã, para fazer frente às investidas e aos males ocasionados pelos inimigos da Igreja, que tentam por todos os meios destruir o matrimônio, as famílias e a própria vida, nós precisamos da materna proteção de Nossa Senhora do Rosário. Por conseguinte, “não hesitamos em afirmar de público que depositamos grande esperança no Rosário de Nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo”. (Papa Pio XII, Encíclica Ingruentium malorum).

Com São Domingos, nós adquirimos a consciência de que, por meio da oração do Rosário, chegaremos seguramente ao céu, venceremos as tentações, alcançaremos graças, vivenciaremos as virtudes, afastaremos as misérias espirituais, os ventos das heresias, as tempestades e até as pandemias que nos assustam e, assim, a nossa vida será repleta de bênçãos e favores do Senhor.

Com São Domingos de Gusmão, nós aprendemos que “quem devotamente servir a Santíssima Virgem Maria por meio da recitação do Rosário, infalivelmente, receberá as bênçãos conforme suas necessidades espirituais e materiais”.

São Domingos de Gusmão, ensinai-nos a rezar e meditar cada mistério do santo Rosário e a permanecer na escola de Maria, a fim de que possamos ter acesso aos divinos mistérios que o Senhor escondeu durante tantos milênios dos sábios e entendidos deste mundo, segredos estes que Ele revela somente aos humildes e puros de coração.

São Domingos de Gusmão, capacitai-nos para o serviço da alegria do Evangelho e para o nobre testemunho da fé e, de um modo especial, aumentai a nossa devoção mariana, a fim de que possamos mergulhar profundamente no conhecimento da Pessoa de Jesus Cristo em plena união com a Virgem Santa Maria, pois, pela perseverança na meditação dos mistérios do Rosário, nós queremos imitar o que eles contêm e obter o que eles prometem. Doce Mãe Maria, Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós que recorremos a vós!

Fontes: https://arqbrasilia.com.br/sao-domingos-e-o-rosario/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_de_Gusmão
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-domingos-de-gusmao/

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Sexta-feira, 29 de Março de 2024










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