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O Rosário: tua Armadura Secreta para o Final dos Tempos. Por quê?

 

A Armadura Celestial para a batalha final e a forma que adquire em Lourdes.

O Rosário é a armadura que Deus deu para o Fim dos Tempos, e em todas as aparições da Virgem Maria dos últimos séculos Ela nos recomenda como nossa principal ferramenta contra o mal. Destacando seu papel central no milagroso local de Lourdes, onde o poder curativo da água se entrelaça de maneira assombrosa com a armadura do Rosário. Mas isso não é tudo; nos submergiremos na singularidade do Rosário com o qual a Virgem se manifestou em Lourdes, desentranhando suas características particulares que o fazem único e cheio de significado.

O que faz com que o Rosário de Lourdes seja tão especial?

Que segredos esconde?

Aqui vamos falar sobre a importância do Rosário nas aparições marianas modernas, sua especial centralidade nas aparições de Lourdes e as características que o fazem único.

Em 1830, começou a série atual de visitas permanentes da Santíssima Virgem à Terra, com a aparição da Medalha Milagrosa. Quando, em 18 de julho de 1830, Maria apareceu na Rue du Bac a Santa Catarina Labouré, lhe perguntou: “Onde está teu Rosário?” Recomendou-lhe insistentemente que o recitasse todos os dias. E em uma mensagem a suas irmãs de congregação, lhe disse: “Recitai bem vosso Rosário, é o tesouro da comunidade”, porque havia se queixado de que o recitavam demasiadamente rápido.

Em La Salette, em 1846, Maria não fala expressamente do Rosário, mas leva em volta da cabeça, do colo e dos ombros três coroas de rosas que evocam, com eloquência, o Rosário. Pediu aos videntes Maximino e Mélanie que rezassem-no bem pela manhã e pela tarde.

“Orai, não vos preocupeis! Tudo conseguireis”, recordando-lhes que o tempo dedicado à oração nunca é tempo perdido.

Em 1858, em Lourdes, Maria apareceu a Bernadete Soubirous, que só conhecia o Rosário, na hora da oração. Apareceu em uma gruta onde crescia a rosa mosqueta, a rosa silvestre que representa o Rosário. A Virgem tinha em cada um de seus pés virginalmente desnudos, uma mística rosa dourada e de suas mãos unidas pendia um Rosário.

Logo a seguir, em 1871, em Pointmain, Maria se apresentou diante de um pequeno grupo de crianças com um vestido azul marinho. Por inicativa do sacerdote, começaram a rezar o Rosário e à medida que avançavam nas Ave-Marias, apareciam mais estrelas no vestido, o que dramatizava o poder de sua oração. E ao finalizar o Rosário, uma das meninas disse: “Seu vestido está cheio de estrelas”. E ali a Virgem diria: “Orem, filhos meus, Deus vos escutará em breve”.

Em Fátima, em 1917, Maria ensinou que a recitação do Rosário não é uma devoção piedosa, mas sim que é absolutamente necessário para a salvação do mundo contemporâneo. E insistiu para que rezassem o Rosário todos os dias pela paz no mundo, porque apenas Nossa Senhora do Rosário pode obter esta graça. É nesta aparição que Nossa Senhora nos indicou claramente que ele é a armadura para os tempos finais.

Em 1933, Maria apareceu na Bélgica, em Banneux e Beauraing, duas aparições aprovadas, com um Rosário no braço.

No Japão, em 1973, Maria apareceu em Akita, e pediu que recitassem o Rosário todos os dias, com o mesmo critério que em Fátima. E em todas as aparições do último século, Nossa Senhora pede o mesmo. Mas Lourdes tem uma relação especial com o Rosário.

É notável que durante as procissões noturnas à luz de velas, se recite o Rosário em ao menos 19 idiomas. Os peregrinos têm a sensação que Nossa Senhora está ali orando com eles, como disse Bernadete, “a Senhora orou comigo”.

Em cada uma das 18 aparições, Nossa Senhora apareceu com um Rosário em suas mãos. E seis destas aparições se dedicaram unicamente à recitação do Rosário.

Bernadete conta que quando a estranha Senhora lhe apareceu pela primeira vez, estava vestida de branco, com véu branco e cinto azul, e uma rosa de ouro em cada pé. E em seu braço direito levava um Rosário branco com uma corrente de ouro. E conta seu estado de choque: “Meti a mão no bolso e encontrei meu Rosário. Queria fazer o sinal da Cruz, mas minha mão não podia chegar a minha frente, me tremia.” Então, a Senhora tomou o Rosário que tinha em suas mãos e fez o sinal da Cruz e Bernadete a seguiu. A Senhora queria mostrar-lhe como fazer o sinal da Cruz, lentamente, com reverência e com oração. E disse que esta ação lenta, reverente e elegante se converteu em uma característica distintiva das aparições.

Quando rezavam juntas o Rosário, na pequena gruta de Massabielle, Bernadete se deu conta de algo estranho: que a Senhora guardava silêncio durante o Pai Nosso e a Ave Maria, e só rezava o Glória. E há uma razão muito importante para isso. Tanto o Pai Nosso quanto a Ave Maria pressupõem que o recitador é um pecador ao dizer “Perdoa nossas ofensas”, “Rogai por nós pecadores”. E teria sido estranho que a Santíssima Mãe saudasse a si própria com a Ave Maria; exaltar-se a si mesma é algo que esta humilde Virgem nunca fez.

O Glória, entretanto, é uma oração que Nossa Senhora fez, em palavra, pensamento e ação, em cada momento de sua vida, e continua proclamando-o.

Esta recitação seletiva do Rosário ofereceu uma pista sobre a identidade da Senhora. Ela revelaria em uma aparição posterior: “Eu sou a Imaculada Conceição”. A única de nós que não foi pecadora. Menos de quatro anos antes das aparições de Lourdes, Pio IX havia promulgado o dogma da Imaculada Conceição.

E algo também que nos parece estranho à primeira vista é a quantidade de dezenas do Rosário, as camândulas, porque estamos acostumados a ver e rezar o Rosário de 5 dezenas. E nas aparições de Lourdes, Maria segurava um Rosário dominicano de seis dezenas. Isto se confirma na praça principal de Lourdes, onde há uma grande estátua ao ar livre de Nossa Senhora de Lourdes, segurando um Rosário de seis dezenas.  

E ainda mais, um empregado de Maison Raffi, a empresa que fabrica estátuas religiosas, contou que em 1871 a empresa recebeu o encargo de desenhar a imagem da Virgem de Lourdes, segundo as visões de Bernadete. Disse que a primeira imagem desenhada só tinha cinco dezenas no Rosário, mas ante a insistência de Bernadete, tiveram que mudar para seis.

Há várias interpretações sobre o porquê das 6 dezenas. Diz-se que naquela época a maioria dos habitantes de Lourdes rezavam o Rosário de seus dezenas. As comunidades descalças rezavam e adotaram como parte tradicional de seu hábito o Rosário Brigitino de seis dezenas, ou seja, o de Santa Brígida, no qual, na dezena adicional agregada aos tradicionais cinco Mistérios Gozosos, se recita o mistério da Imaculada Conceição. Esse Mistério é o ressaltado em Lourdes, e se situa em primeiro lugar, à frente da Anunciação.

Por isso, é conhecido também como Rosário da Imaculada Conceição. Mas segundo os dominicanos de Lourdes, o Rosário das seis décadas de Bernadete era o Rosário dos Pirineus com o qual se rezava desde o País Basco até Andorra, desde o mar Mediterrâneo até o oceano Atlântico.

E a sexta dezena estaria destinada a orar pelas almas do Purgatório. Este era o Rosário que Madre Teresa de Calcutá usaria mais tarde e com esta intenção.  

Visto em: https://forosdelavirgen.org/rosario-armadura-final-tiempos/

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Sábado, 27 de Julho de 2024










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