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Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. (1 Pedro 5, 8)


Os demônios nos caminhos dos filhos de Deus (Parte 3)

 

EXPULSAR DEMÔNIOS

Falamos em expulsar demônios! O próprio Jesus deu este poder aos seus apóstolos! Ora, muitas seitas evangélicas, baseiam todos os seus cultos inteiramente no exorcismo ou no ‘expulsar demônios’. Mentirosos e ladrões de almas! Eles na verdade não têm poder algum sobre as trevas, somente de as invocar por livre vontade, pois o Jesus em nome de quem eles agem é falso e não existe. Também na Bíblia está a passagem de um judeu que quis expulsar demônios, mas levou uma grande surra deles, porque ele não tinha autoridade. Assim também os pastores evangélicos e médiuns não têm nenhuma autoridade para fazerem o verdadeiro exorcismo. O que acontece é exatamente o inverso: são muitos os pastores que são dirigidos por satanás e precisam ser exorcizados.

E mais, quando existe entre os evangélicos, ou espíritas, algum tipo de possessão maior, é exatamente porque o demônio neles se manifesta, para poder depois ser pretensamente ‘expulso’ pelo pastor, a fim de enganar a todos. O fato é que ele entrou livremente, sai também livremente não pela ‘oração’ ou pelos gritos do pastor! Ele usa destes artifícios, justamente para manter o povo crente junto de si, pois os quer é longe da Igreja Católica de onde a maioria saiu. E saiu exatamente por nunca ter sido um bom católico, mas sim uma porcaria de cristão morno, daqueles que o Senhor cuspirá da boca mais tarde. Ou seja, fugidos da verdade, se apegam na mentira!

Na verdade, mesmo quando os tais pastores percebem que um caso de possessão é real, ou abandonam o pobre coitado e fogem dele como se tivessem visto o próprio, ou vão à busca de um padre católico, que seja exorcista autorizado pela Igreja, que tem este poder em nome de Jesus. Nenhum pastor, de seita alguma, tem poder de exorcismo! São todos meros atores de espetáculo. Ademais, um padre exorcista nos disse recentemente, que de 400 casos que lhe foram postos diante, apenas 10 eram reais. O resto é blefe, que as seitas usam e abusam! Usam para se promover e abusam por não curar.

Enfim, somente a misericórdia de Deus ampara estes pastores. Porque se todos eles vissem realmente os demônios que tentam expulsar, se pudessem ver com seus olhos de carne o que acontece numa destas sessões, com toda a certeza, em poucos dias todas as seitas desapareceriam, porque nem no fim do mundo se achariam os pastores. De fato, eles nunca mais parariam de correr.

 

OS DESPACHOS

E ficam por ai acreditando nas falsas curas que lá acontecem. Sim, satanás aflige, engana, e até cura, sim falsa cura, só para fazer uma alma dependente desta ou daquela seita diabólica. No fim, estes pobres infelizes acabam se convencendo de que de fato trabalham para Jesus. Entendem que seus ‘pastores’, ou que seus ‘médiuns’ são homens ‘santos’ e ‘muito bons’ e preferidos de Deus. E nos tais terreiros de macumba, mesmo sendo coisas abjetas e nojentas, se sujeitam a mexer com sangue de animais mortos, com pinga fedorenta, com galinhas pretas e até carcaças fétidas de animais. Quando poderão tais coisas trazer a cura do corpo, ó almas incautas? Onde é que já se viu carniça curar, se ela é justamente cheia de bactérias e germes nocivos à saúde?

Da mesma forma os que se dirigem às encruzilhadas para fazerem despachos e feitiços, hoje se faz isso descaradamente até à luz do dia, mal sabem que atraem sobre si a morte eterna. E lá vão elas com galinhas pretas, panos vermelhos, champanhe ordinário, cachaça e velas, fazer suas oferendas às trevas. Neste momento só nos resta pedir ao Arcanjo São Miguel que, pelo poder divino, impeça que tais oferendas produzam seus efeitos, e que o veneno delas retorne aos próprios diabos que as solicitaram. Nem se peça que isso retorne aos seus autores, porque são infelizes que ‘não sabem o que fazem’.

 

ASSINADO COM SANGUE

Mais um caso! Uma tia minha, católica já falecida, que foi nos visitar na cidade onde minha família morava, chamou-me para dentro de meu quarto e me contou em meio às lágrimas que, sentindo muitas dores – era portadora de câncer do pulmão – fora arrastada por sua mãe – pasmem, ex-legião de Maria – ex-católica – para uma igreja universal do reino de um deus qualquer. Lá, junto com um pastor, a mãe dela a obrigou a escrever um pedido a satanás, para livrá-la daquela doença, que afinal ele próprio colocou naquela pobre alma. Acreditem, a assinatura deste bilhete deveria ser feita por ela com o próprio sangue, ou pelo menos selado com uma gota de seu sangue. Imaginem quantas loucuras iguais não se cometem por este mundo e nestes templos imundos!

Outra pessoa de minha família, também ex-católica, costumava dizer que antes ia a Igreja, mas os sermões do padre não a tocavam. Quantos são os ex-católicos iguais a ela que fizeram o mesmo? Eis porque a Palavra Divina diz: não eram dos nossos, porque se fossem, teriam permanecido conosco. E completa dizendo que isso se dá para que sejam enganados todos aqueles que não dão crédito à verdade que os poderia salvar, mas antes consentem no mal.(II Tes, 2,11-12) Vai-se então à Santa Missa para depois falar mal do padre, ou para assistir à renovação do Sacrifício da Cruz, Mistério de um Deus presente em nosso meio, ‘até a consumação dos séculos’? Isso é acaso um católico, ou um espião do adversário?

 

OS GRITOS DO INFERNO

Ah! Se uma destas almas infelizes, que frequenta terreiros e centros espíritas em busca da cura do diabo, pudesse ouvir, ainda em vida, o grito lancinante de uma alma quando percebe que caiu no inferno para sempre, que foi enganada pelo diabo, ela nunca mais deixaria de tremer de corpo inteiro, mesmo que vivesse ainda mil anos. Ela tremeria como se tivesse Mal de Parkinson, dia e noite sem parar, com arrepios de espanto e pavor a lhe correr pela espinha, ora em fogo ora em gelo, até desconjuntar todos os seus ossos e desarmar o esqueleto.

Não sabendo disso, ou querendo isso, ainda hoje, milhares de ‘pastores’ e de ‘obreiros’ não sei mais o que, ficam por aí iludindo as pobres almas incautas, fazendo-as mergulhar nestes lodaçais fedidos. Há chaves que usam como: ‘Para melhorar de vida, você tem que matar um’! ‘Você tem uma missão muito importante na terra’! E até ‘você é um filho muito querido por Deus e satanás te aflige, para você não poder cumprir bem a sua missão’. Acaso matar uma pessoa é uma missão vinda da parte de Deus? Será que uma alma desorientada desta não percebe o ardil? Matar? E quantas são as que cumprem tais ordens do maldito? Quem sabe? Porque tantos rituais satânicos com sacrifícios de crianças inocentes? Fala-se em mais de 50 mil anualmente em toda a terra!

 

TRUQUES DIABÓLICOS

Dizer, então, que se abandonou o catolicismo apenas porque o padre pregava mal, sem ter antes rezado para que este padre pregasse melhor, é pura desfaçatez, mico do inferno. Dizer que saiu do catolicismo e que virou evangélica porque só lá encontrou Jesus, é coisa de almas infelizes e completamente atarantadas. Como se pode achar Jesus na mentira?  Ora, o verdadeiro encontro com Jesus – que é a verdade e a Vida - faz com que o homem permaneça onde está a verdade: na Igreja Católica! E também onde está a Vida da alma: Na Eucaristia! A Sagrada Escritura nos diz claramente quanto a isso, está em 1 João 2,19: Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isso se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos.

Infelizes, pois, todo aquele que se fia em outro homem, que da carne faz seu apoio, e cujo coração vive distante do Senhor (Jr 17,5). Quanto a eles, o livro da Sabedoria 4, 3-6, diz com clareza. Leiam e meditem: Para nada servirá, ainda que numerosa, a raça dos ímpios; procedendo de renovos bastardos, não estenderá raízes profundas, não se estabelecerá numa base sólida. Ainda que por um tempo estenda seus ramos, estando instavelmente assentada, será abalada pelo vento e, pela violência da tempestade, será desarraigada. Os galhos serão quebrados antes do desenvolvimento; o fruto deles será inútil, verde demais para ser comido e impróprio para qualquer uso. Porque os filhos nascidos de uniões ilícitas, serão no dia do juízo testemunhas a deporem contra seus pais. Sim, elas podem até se multiplicar, por hora, mas jamais deitarão raízes fundas, nem jamais darão frutos de verdade e de santidade. No fim, haverá um só rebanho, na Santa Igreja Católica, e sob um só pastor: Jesus Cristo!

 

CHAVÕES QUE PRENDEM

Para os ouvidos treinados é possível destacar alguns chavões que tanto são usados por certas seitas que se dizem com poderes de expulsar demônios, quanto nos terreiros espíritas; aliás, pouca diferença existe entre ambos. Cito algumas delas: ‘Você tem uma missão muito importante na terra!’. ‘É preciso que transite algumas vezes pelo corredor de descarrego!’. ‘É preciso que você frequente uma corrente (destas quaisquer)...’.  ‘Você é um filho muito querido por Deus e satanás te aflige, para você não poder cumprir bem a sua missão’. ‘É preciso que você se abra e não lute contra as entidades’. ‘Elas são do bem e nenhum mal te farão’. ‘Você tem grande mediunidade e nos poderá ajudar’. ‘Deus quer isso de você, não lute contra Ele’. ‘Nada irá para frente em sua vida, porque você não faz o que Deus quer’. Imaginem a desfaçatez com que usam o nome de Deus!

Ora, como pode alguém ter clareza da missão que Deus lhe confiou, se ela se encontrar nos braços de satanás? Se ele lhe aflige para que não cumpra a missão que Deus confiou a você, como o deixaria em paz para cumprir o objetivo dele? Sim, porque se a pessoa não é perseguida, é quase sempre porque o maligno está feliz com suas atitudes. Ou seja, é contrariando a satanás que você cumprirá a missão que Deus lhe confiou. E nisto se inclui a oração, a entrega confiante, o abandono em Deus. Só aí você será feliz!

 

AS IMAGENS DE CULTO

Uma das ‘armas’ que o diabo deu aos crentes e outros irmãos separados para nos atacar é certamente a questão do uso das imagens. Em minha casa sempre as tive e não há nada neste mundo que me faça tira-las, pois sei muito bem o quanto elas são importantes. Conheço uma senhora que havia ‘expulsado’ todos os santos de sua casa, porque a mãe dela, que frequentava a universal, disse que não mais iria ali, pois estava repleta de ‘demônios’.

Fraqueza desta senhora, certamente! Eu a fiz ver que se eles quisessem vir a sua casa, teriam que se acostumar às suas devoções. Esta vovó, pasmem, havia sido católica, até da Legião de Maria. Ah! Quanta falta de fé! Quanto medo inútil! Como são fracos todos estes que cedem ao desejo do diabo de retirar as imagens de santos, das casas, das igrejas, apenas porque os evangélicos ficam ‘melindrados’ com elas. Ela se justifica dizendo que não precisamos ver as imagens dos santos para gostar deles. Mal sabe ela que é exatamente este o veneno do diabo. Simples! Quando uma dona de casa tem uma imagem de Nossa Senhora em sua cozinha, por exemplo, ela passa centenas de vezes diante dela. E se tem amor, ela se lembra de Nossa Senhora cada uma das cem vezes. Ora, isso é fonte de salvação de muitas almas e de inumeráveis graças. Que os crentes e evangélicos – e católicos medrosos – perdem.

Vejam, a simples fúria dos nossos irmãos contra as imagens já deveria despertar a suspeita dos católicos. Se os crentes não gostam de imagens é porque o diabo que os instiga, já antes não gosta. Pensem bem: se os católicos de fato adorassem imagens, isso seria idolatria e, portanto, um pecado gravíssimo de idolatria, não é mesmo? Como é que o demônio poderia ficar irado com alguém que peca? Acaso o diabo ficou bom? Um reino dividido, como disse Jesus? É óbvio, então, que o problema é outro. Na verdade, ele não quer as imagens dos santos nas casas e nas igrejas dos católicos, porque elas lembram pessoas de grandes virtudes e também grandes vencedores que já o humilharam profundamente. E quando os católicos lembram de pessoas de virtudes, que servem de exemplo de vida e santidade, especialmente de Nossa Senhora, eles estão ganhando graças e mais graças de Deus. E isso coloca em fúria o maldito, que faz de tudo para evitar.

Por outro lado, ele não quer estas imagens também nos centros de encontros dos crentes e de suas casas exatamente porque elas poderiam provocar o mesmo efeito benéfico neles. Ou seja, se eles tivessem imagens de Jesus e Maria em seus salões, eles acabariam por se converter. E tem mais, os evangélicos também rejeitam formalmente a Cruz. Por que motivo o fazem? Porque o diabo também odeia a Cruz. Ele mais do que ninguém sabe que a Cruz salva. Ele sabe que a Cruz liberta, e os demônios não querem a libertação e sim a escravidão.

Afinal, muitas destas seitas guardam apenas a fachada de falar em Jesus, mas na maioria dos seus cultos falam mais em satanás que em Deus. Ele sabe que o Sinal da Cruz é símbolo de maldição para ele, o orgulhoso Lúcifer, porque é pela Cruz que ele foi derrotado e é pela Cruz que ele será trancafiado futuramente no inferno para sempre.  Ou seja, qualquer pessoa que odeie a Cruz, não está com Jesus!

 

A CORAGEM DO TESTEMUNHO:

Certo dia me achava regando o jardim com a mangueira, quando algumas mulheres chegaram e se identificaram como missionárias de uma seita evangélica do Rio de Janeiro. E pediram se podiam rezar comigo um pouco. Aí, eu dei um sorriso e disse: Eu sou católica Apostólica Romana! Mas elas disseram: não tem importância! Mas lhes disse: para vocês pode não ter, mas para mim tem e muita. E lhes disse: se temos que rezar, por que motivo não rezamos juntas as orações da Igreja Católica, começando pelo Credo! Pois elas aceitaram e desligando a mangueira entramos todas em casa.

Na casa de meus pais, eu tinha sempre colocado na sala um crucifixo, com terço e imagens de santos, e assim que entraram elas quiseram começar a falar. Mas polidamente eu as interrompi e falei: já esqueceram? Oração primeiro! E comecei a rezar pausadamente o Credo, sempre voltada para o Crucifixo. Mas percebi que elas não acompanhavam a oração e interrompi perguntando: por que não rezam? Mas elas disseram que estavam repetindo as mesmas coisas, mas não era verdade. Ao olhar, porém, para trás, vi que já não eram agora apenas duas mulheres, mas sim dez e até pensei que fosse uma visão. É que eu estava tão concentrada que nem percebera o barulho das outras entrando.

Quando terminei de rezar o Credo, elas disseram: agora que já rezamos com você, reze conosco também! Mas eu lhes respondi: nada disso! Nenhum de vocês rezou coisa alguma comigo, então nada feito! Eu só concordei com vocês para rezarmos o Credo juntas. Então uma se desculpou dizendo que não sabiam o texto. Não é desculpa, pois eu rezei de forma bem pausada de propósito para que vocês pudessem repetir depois. Mas não me custa repetir tudo de novo. Ai elas disseram: não, não, não todas juntas. Nós somos todos filhos de Deus e estamos aqui nesta missão. Então lhes falei com decisão: se não for para a gente rezar junto o Credo, podem ir embora, pois não quero ouvir o que vocês têm para dizer.

No fim, uma delas, aflita, tirou um enorme papel e disse: nós temos aqui uma oração da sua religião, reza conosco? Quando lhe pedi para ver o papel, que estava dobrado para a pessoa ler apenas a oração deles, fiquei pasmada ao ver que havia ali orações das mais diversas religiões: espírita, assembleia, universal, até católica e perguntei: que salada é esta? E a mulher respondeu: é que a gente passa em casas de gente de muitas religiões e aí tem que ter uma para agradar a cada um deles. Mas para não ser grosseira, permiti que elas rezassem a sua prece, desde que fosse feita de forma clara. E enquanto elas rezavam, interiormente eu pedia ao Bom Deus que convertesse a cada uma delas, a cada um de seus familiares, afim de que percebessem onde estava a Verdade e a Vida.

Lembro que, depois disso, nunca mais entrou em minha casa alguém de outra religião pedindo para rezar. Decerto o diabo viu que ali não adiantava. Mas, tristemente, o dia que contei este episódio ao Bispo de nossa cidade, ele deu uma risada em tom de brincadeira e disse que era maluca. Que ele jamais teria esta coragem. Sim, fiquei triste, porque se nem o Bispo da Diocese tem coragem de defender mais a Igreja, quem vai fazê-lo? Se nem ele tem coragem de professar sua fé diante dos pagãos, quem o terá? Felizmente, sei bem, ainda existem alguns malucos na terra, que não se intimidam diante das seitas, e que são capazes de desafiá-los ao debate, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo!

 

USAM OS SACRÁRIOS

Certa vez, depois de participar de uma Santa Missa, num Domingo, foi à outra Igreja, porque lá havia confissões. Para minha surpresa e de meu esposo, ao entrarmos deparamos com uma cena nada católica que se desenrolava ali, diante do Sacrário. Num banco logo atrás, estavam uma senhora e um rapaz. Com as mãos postas sobre os ombros do moço, olhando-o de frente, estava também um homem, que dizia palavras ‘belíssimas’ a respeito de Jesus e que o ‘aconselhava’ para o bem.

Entretanto, o jovem dizia que os demônios que o atormentavam eram tantos que precisava se libertar deles. Que é isso, pensei! Os pastores evangélicos? Aqui dentro de uma Igreja Católica, diante do nosso Santíssimo? E em pânico passei a rezar pedindo ao Bom Deus por aqueles coitados. Sim, um pastor, ou médium, ou pai de santo, estava ali, usando as dependências da Igreja Católica, diante do sacrário, tentando expulsar os demônios. Eles, aproveitando a hora do almoço, realizavam aquela atrocidade diante do Santíssimo. Foi quando ouvi a voz de Jesus me dizer: Assim acontece aos milhares, minha filha. Muitos são seduzidos por satanás, nestas mesmas condições que podes observar agora. Rezemos por eles, para que o Pai os acolha em Sua misericórdia.

Depois de um tempo, vi que aquele homem, com mais três outras pessoas colocou as mãos sobre a cabeça do jovem e gritava: Sai, satanás! Sai, em nome de Jesus. E o pobre rapaz, tremendo, porém muito disfarçadamente para não atrair muito a atenção, recebeu um belo copo d´água na cabeça. Não resistindo mais a aquilo, fui chamar o padre e lhe avisei o que estava ocorrendo em sua igreja. Infelizmente ele, já velhinho, disse que nada podia fazer. Que já inúmeras vezes isso havia acontecido e que não havia outra forma de parar com aquela blasfêmia, senão trancar a Igreja.

E assim, eles sabem seguramente a força que brota do Sacrário, aliás, a única força verdadeira que existe. E se tentam usar esta força, talvez não tenham plena consciência do mal que causam. Mas vejam, se eles sabem que na Sagrada Eucaristia está este Poder, é então descaramento permanecer longe dela, que só existe na Igreja Católica. Por outro lado, eles tentavam fazer exatamente aquilo que nossos padres se negam a fazer, o exorcismo, pois os padres católicos são os únicos que recebem este poder, pelo sacramento da Ordem. Eles só conseguem fazer isso, diante do Santíssimo, e ainda por intercessão de Nossa Senhora e dos santos, vencedores que foram do inferno. Devem, ainda, usar as fórmulas de orações tradicionais e aprovadas pela Igreja Católica, sem  o que nenhum exorcismo tem verdadeira eficácia. O resto tudo é monumental farsa!

 

NA IGREJA

Certo dia eu participava da Santa Missa, diante do Sacrário. Num dado momento comecei a sentir-me muito mal. Saí então para fora e sentei na porta que dava para o Sacrário. De repente tive a seguinte visão: Os demônios rodavam em círculos no ar, comandados por satanás, como fazendo pressão sobre toda a Igreja. Eu sentia calafrios e tonteira e até mesmo falta de ar. Por um tempo presenciei aquela cena, e com grande espanto me perguntava o que era aquilo.

Neste momento o próprio Jesus me respondeu: Estes são aqueles que perturbam a concentração das pessoas dentro da Igreja, e por falta do ‘asperges-me’ alguns deles chegam a entrar na Igreja junto com as pessoas. Este asperges-me, é uma antiga cerimônia, infelizmente abandonada pela Igreja, onde o sacerdote, antes de iniciar a Santa Missa, aspergia as portas e janelas do recinto da celebração com água benta, e também o próprio público. Com isso os demônios eram proibidos de adentrar nas Igrejas, de pressionar as pessoas, e as graças eram imensamente maiores.

E isso nos faz sentir o motivo pelo qual a maioria das pessoas fica de todo desconcentrada durante a Santa Missa. Também só nos faz lamentar que a maioria dos sacerdotes tenha deixado de lado este imenso tesouro, que embora antigo é sempre atual. Da mesma forma é precioso o incenso. Quanto a mim, depois de haver entrado na Igreja e recebido o Santíssimo, senti passar todas aquelas tonturas e passou todo o mal-estar.

Certo dia eu limpava a casa, quando de repente o meu irmão se atirou sobre mim, com a fisionomia completamente transtornada, e gritou: quero ver quem te vai acudir agora! Não tem papai nem mamãe por aqui! E passou a me desferir socos e pontapés, principalmente nas minhas costas. Mas de vez em quando ele recuava instintivamente e eu tentava escapar. Ora, esse meu irmão bebia muito e como devem saber também, todo bêbado é presa fácil de satanás. Já muitas vezes o diabo havia prometido me matar, e agora imaginava ter uma oportunidade. E tomando o corpo de meu irmão, agia desta forma.

Num momento, ele me empurrou violentamente para um canto, donde era impossível eu fugir e por isso estava completamente apavorada. Pois bem ali no canto da pia tinha uma faca de ponta. Mas por incrível que pareça ele não pegou a faca! Só queria a todo custo me asfixiar com as mãos. E assim que tentou me agarrar no pescoço, pulou para trás, pois eu tinha o Terço no pescoço, prova então de ‘quem’ era de fato que me tentava matar. Assim que se afastou escapei rumo a uma escada, mas ele me alcançou e desferiu diversos golpes na minha coluna, tentando me imobilizar. Rolei alguns degraus escada abaixo aos gritos e caí de costas na rua, gritando de desespero.

Eu suplicava por Deus e já estava com as costas complemente adormecidas pelos golpes dele. Neste momento veio meu pai para me acudir e gritou: que é isso meu filho? Ao que ele berrava: esta nojenta, fracote, culpa dela, eu não fiz nada! Meu pai veio em minha defesa, pois havia assistido parte da cena. Eu estava no chão deitada e meu pai me quis levantar. Então eu lhe disse: só mesmo Nossa Senhora para me levantar daqui. Mas meu ‘irmão’ ainda do meu lado gritava: vamos, fraqueza, levanta! Não morreu ainda não? E então Nossa Senhora, junto com meu anjo me ajudaram a levantar dali.

Incrível é que minha mãe, ao chegar, deu plena razão a ele. Ela sempre o protegeu demais e isso deve ser a causa de muitos dos problemas dele. Mãe deve ser justa e não superprotetora. Isso é sempre terrível! Pois o maligno deu tão espertas sugestões a ela, que a mãe acreditou que eu o havia provocado e merecera aquilo tudo. Dali, porém, fui ao meu quarto e rezei o terço, implorando a minha Mãe Santíssima que livrasse o meu irmão daquele tormentoso ser. Mas, mesmo depois, por muitos dias ainda, tive que suportar os risos irônicos de meu ‘irmão’. Entretanto eu entregava tudo isso a Deus pela libertação dele. E para ser bem sincera, ainda hoje acredito que o maldito o manobra de alguma forma, pois é impossível explicar de outro modo, tudo aquilo de mal que lhe acontece.

Na verdade há muito tempo eu já percebia que meu irmão estava mudado. Tinha os olhos vidrados, que pareciam não ser os seus – na verdade não eram – tinha a fisionomia sempre tensa, irritava-se facilmente, não tinha equilíbrio e muitas vezes havia dito para minha mãe que uma força estranha o queria deixar num buraco negro e ele lutava espiritualmente para se livrar daquilo sem conseguir. Quando naquela noite, desconfiados, meu pai e minha mãe tentaram fazer que ele rezasse um Pai Nosso e uma Ave Maria, ele se atirou para trás e disse que ia embora. Falou que ia me destruir de qualquer jeito, mas por hora não conseguia, porque eu ficava passando os dedos ‘naquelas contas’ o dia inteiro. Mas mesmo tendo ido dormir, não desistia de me abraçar!

No dia seguinte quando acordamos, eu o encontrei na cozinha. Assustei-me por ver que o seu olhar estava claro e limpo, seu rosto tranquilo e sem tensões. Mas ele nada falou em me abraçar. Então eu mesma cheguei a ele e disse que agora poderia me abraçar! Eu? Perguntou ele assustado. E todo sem graça ele disse que se havia falado aquilo à noite, já não se lembrava mais. Mas que não custava nada ele me dar um abraço. E nos abraçamos longamente. Então eu lhe falei que ele deveria agradecer à Mãe do Céu pela graça que ela lhe havia alcançado. E por algum tempo só, infelizmente, ele correspondeu a essa graça.

Procurei um sacerdote exorcista e lhe contei esta história. Ele disse que Nossa Mãe havia dado a ele uma grande graça. Falou que ele se achava até impossibilitado de realizar um exorcismo daquele, porque era necessária muita força de oração. Disse também que para afastar estas forças negativas, meu irmão deveria voltar-se para a Igreja, rezar o Terço todos os dias, usar no pescoço um crucifixo com o corpo de Cristo, receber muitas vezes a Santa Comunhão, sempre em estado de graça e engajar-se num movimento da Igreja. Porque nestes casos, a desgraça pode retornar e com força ainda duplicada. Sabe, quando falei isso ao meu irmão ele achou que era brincadeira.

Mais, adiante, com o falecimento de meu pai, este irmão voltou a frequentar a Missa, rezava o terço e voltou-se mais para Deus. Mas durou pouco tempo isso. Logo o inimigo lhe armou uma arapuca, levando-o a frequentar outra ‘igreja’ e a aceitar até o batismo da igreja universal. E a partir daí foi aquela loucura: pulando de uma para outra, universal, assembleia, presbiteriana, mas nunca mais retornou à católica. Tudo porque as pessoas não aceitam os caminhos de Deus e se entregam à podridão de tantos antros, sejam eles algumas seitas – felizmente não todas – sejam os centros espíritas ou terreiros de macumba, estes todos, sem exceção.

Creio firmemente, que ele ainda continua com a pressão daquele espírito maldito que o escraviza e faz da vida da família dele um inferno. Ele odeia a Igreja Católica e diz que jamais entra lá, porque está cheia de demônios. Graças a Deus que minha mãe, que sempre o apoiou, demais até, ainda não aceitou os convites insistentes dele de sair da Católica e ir para a dele. Na verdade, ainda agora o maligno o impulsiona, seguidamente, para fora de casa, onde fica até altas horas da madrugada e, por incrível que pareça, ainda não conseguiu fazer com que ele se atirasse debaixo de um carro, conforme ele sempre sente o desejo. Só pela graça do Bom Deus!

 

OUTRO CASO

De outra feita, também dentro da igreja, vi que uma criança, apavorada e com grande angústia, olhava de um lado para outro. Olhava ora para a parede, ora para o alto, ora para os vitrais existentes no local, e gritava e chorava em desespero. Falavam com ela, a chamavam pelo nome, entretanto, ela não atendia. E continuava a virar a cabeça para todos os lados, como se estivesse louca.

Então decidi ir buscar água benta e exorcizada para jogar no local, pois senti que a criança não estava vendo coisas boas. Para minha surpresa, quando voltava com a água benta, lá estava satanás dando gargalhadas e me olhando fixo. Então falei: Meu Deus, que é isto? Então o maldito apontou com os ‘dedos’ para o ar e quando olhei para o alto vi a mesma coisa que já vira na outra Igreja. Um grupo de demônios, que embora diferentes no aspecto, transmitiam a mesma sensação de asco, giravam no ar em alta velocidade e davam suas gargalhadas infernais. E quanto mais rápido giravam, maior era o desespero daquela pessoa, que estava vendo a mesma coisa. Então, joguei a água benta naquele ser miserável que comandava os outros, e fui até aquela pobre criança que estava a beira de ter um infarto.

E ao tempo em que rezava, fui aspergindo ela com água benta, e aos poucos, embora com muita dificuldade, ela foi se acalmando. Então fiquei a pensar em quantas pessoas neste mundo são tidas por loucos, até por visionários e são internados em sanatórios, quando na verdade estão sendo incomodados da mesma forma por estes espíritos malditos. E pensei também no imenso número de pessoas mais sensíveis, que em todos os lugares sentem um peso, angústia, náusea em certos ambientes. É quase certo que ali, naquele momento, estão realmente muitos demônios a usar desta mesma técnica de giro nos ares, que provoca este efeito de tontura, de enjôo, que não raro leva as pessoas a vomitarem de nojo. É por isso sempre bom aspergir estes ambientes com água benta e exorcizada, e certamente os efeitos negativos passam de imediato.

Um conselho que, por experiência própria e por ver o que realmente acontece, eu poderia dar às pessoas que se reúnem para rezar, é que asperjam antes com água benta o local onde farão as orações. Creio que muitas vezes o próprio leitor já deve ter percebido a grande dificuldade de se concentrar, especialmente quando as famílias se reúnem, pois as crianças ficam irrequietas, provocam desentendimentos entre si, brigam e gritam, fazendo de tudo para chamarem a atenção.

Devemos sempre ter em mente que é o próprio satanás quem provoca este tipo de dificuldade e, como as crianças são mais sensíveis, ficam neste estado. Além disso, ele também age perfidamente, dificultando que as pessoas se reúnam. Faz que elas arrumem compromissos inadiáveis e mil outras desculpas esfarrapadas para não rezar. Isso tudo para que as pessoas não rezem, porque ele sabe que desta forma evita milhares de graças que o Bom Deus dispensa para as famílias e pessoas que se reúnem para rezar em Seu Nome. É preciso, portanto, insistir, e também descontaminar o ambiente de oração antes de se reunir.

 

EFEITO DAS ORAÇÕES:

Quem teve a possibilidade de ver as terríveis criaturas que eu vi, e vejo ainda deve saber também do poderoso efeito que as orações exercem sobre os demônios. Um dia eu rezava a oração que se chama Coroa de São Miguel, quando comecei a sentir uma forte pressão sobre mim, como tentando evitar que eu prosseguisse. Então perguntei instintivamente a Jesus o que era aquilo. Para meu espanto na mesma hora vi um ser como se fosse um homem, cor de ferrugem, com buracos no rosto parecendo um queijo curado, que rolava pelo chão e se contorcia como se estivesse morrendo. Era uma loucura! Então Jesus me fez sentir que aquele era na verdade o próprio demônio que se torcia, devido a tremenda força desta oração.

Então, tive que lutar durante muito tempo com aquela pestilência que tentava a todo custo me fazer desistir daquela oração. Eu sentia uma grande aflição, o sono me vinha com toda a força e era quase incontrolável. Eu, porém resistia firmemente e com a graça de Deus, rezando junto com meu esposo, conseguimos ir até o fim. De lá para cá, todos os dias, sem falta, a rezamos juntos, passando a ser uma das nossas orações de preceito.

Por este exemplo, as pessoas poderão bem avaliar o motivo pelo qual às vezes têm tanta dificuldade em rezar determinadas orações. As 15 Orações, por exemplo. Também o Rosário e até o simples Terço! Tenham certeza absoluta de 100%, que sempre que estão rezando, qualquer oração, o demônio está junto para atrapalhar. Nalguns ele põe um sono de matar. Noutros incita à pressa, noutros o desânimo e noutros a angústia, e em muitos milhares a preguiça e noutros o sono. Para uns faz achar as orações muito longas, outros repetitivas como o Rosário, para outros, desnecessárias, enfim, não existe artifício que ele não tente, ou não invente, para você não rezar. Nunca, jamais, a preguiça de rezar vem de Deus! E quem não sente falta da oração, ai dele!

Creiam ó almas, todos os motivos para você estar longe de Deus, 100% deles vêm de satanás! Quem não gosta de rezar ou não consegue, ou sente que não precisa – falo de todos os seres humanos – estes estão sendo guiados e dominados por satanás, cada um na sua medida. Porque nenhum homem de bem, um verdadeiro filho de Deus, consegue viver sem a oração. Ninguém consegue ficar sem conversar com seu amoroso Criador e Pai. Isso é intrínseco da nossa natureza. E a oração é a única forma de nos aproximarmos de Deus, e de nos colocarmos sob Sua proteção.

Quando, pois, você estiver rezando e sentir algum dos sintomas negativos acima apontados, e você ceder, saiba que você tem ao seu lado um bruto capeta rindo a mais não poder e feliz da vida. Na verdade a pressão que ele faz sobre a pessoa para não rezar ou desanimar é tremenda. Mas se o leitor pudesse ver o que ele faz quando a pessoa não desiste é de arrepiar. Ele deita, berra, rola, se desespera de raiva e, à medida que você avança na oração, mais e mais ele entra em fúria. Mas se você insistir e vencer, ele foge desesperado e vai procurar outro mais fácil, porque ele simplesmente não pode ficar perto de alguém que está rezando. Este é o poder da oração, especialmente as repetitivas como o Rosário de Nossa Senhora. E justo por isso é que ela tanto pede esta oração, agora, neste tempo da última batalha!

Outro artifício terrível que sempre vem dele é arrumar para as pessoas compromissos que coincidam com os horários de oração. Nem falo da Santa Missa que este é flagrante, mas sim das orações normais do dia a dia. De fato, a pressão sobre os que rezam é de tal forma assustadora, e ele tem tanto sucesso nesta pressão, que são quase inexistentes os grupos que se reúnem, por exemplo, um ano inteiro sem faltar um dia, em todos os seus membros. Ele sempre dá um jeito de nocautear um, ou alguns, para que tenham coisas a fazer naqueles dias ou horas. Nem que seja provocar-lhes uma dor de barriga qualquer.

Por isso, nunca dê tréguas ao maligno. Não o deixe rir de você! Vença-o pela resistência e pela perseverança. Se ele é insistente, seja valente! Se ele for teimoso, seja heróico! E, à medida que o for vencendo, verá que a cada dia diminuirá sua força de tentação. A oração lhe tira o poder, quebra a ação dele, eis porque as batalhas do espírito são sempre uma guerra de inteligências e de vontades. Se o demônio é mais astuto, saiba que seu anjo da guarda não é menos. E aí, basta que você entre com sua vontade decidida para vencer sempre e deixá-lo com aquela cara de ódio, a rolar no chão de raiva.

 

IMPORTÂNCIA DOS SACRAMENTOS

Em certa época, meu avô, acometido de câncer terminal, foi morar com minha tia também budista. Embora a diferença de religião, eu sempre conversava com ele a respeito da Unção dos Enfermos, sobre a necessidade da contrição e do arrependimento e sobre o valor da Santa Eucaristia. Apesar de ele não frequentar igreja nenhuma, tinha pavor de espíritas e de pastores evangélicos, mas nada tinha contra os padres e os aceitava.

Entretanto, as minhas tias espíritas fizeram ‘gato e sapato’ dele. Levavam médiuns, espíritas, até monges budistas, pastores evangélicos, tudo, menos padres católicos é claro. De um dos centros espíritas veio a ordem para uma tia minha se vestir de branco, que através dela o espírito ia baixar e realizar a cura do vovô. Infeliz dela! E não davam ouvidos ao vovô, nem escutavam suas reclamações. Então eu disse a ele que iria pedir a Mãe do Céu que lhe enviasse um padre, para lhe trazer a Unção dos Enfermos, mas sugeri que ele pedisse também.

O padre com quem eu falei, porém, só iria se alguém o buscasse de carro. Eu não tinha, mas uma de minhas tias – da universal – sim. Mas mesmo implorando pelo vovô, ela não quis nem saber, pois dizia que não adiantava de nada. E assim, quando eu vinha de meu estágio na universidade, por estrada ruim na época, eu sempre ia visitar o meu avô e sempre insisti no Santo Terço, pedindo que nossa Mãe providenciasse um padre para ele, apesar de não ter pronta resposta Dela.

No quarto em que meu avô estava deitado, havia na parede um quadro dos Sagrados Corações. Acontece que, na sua longa doença, ele passava o dia inteiro conversando com o quadro. Ele abria os braços e dizia: Pai, eu me entrego a você!  E isso fez minha tia, angustiada, tirar o quadro dali. Entretanto meu avô continuava a conversar, agora olhando fixo apenas para a marca na parede. Minha tia perguntou a ele com quem falava e ele falou: Com o Grande, eu me entrego a Ele! Vou passar o Natal com vocês e depois vou embora!

Estas palavras dele deixaram minha tia apavorada, e ela, mesmo contra toda a vontade, foi buscar o padre para o vovô. Ele pode confessar, receber a Eucaristia, também a Unção dos Enfermos. O Padre me falou depois que meu avô já sabia que ia falecer no dia 26 de dezembro e assim aconteceu. Na verdade, depois de receber os sacramentos, ele silenciou. Na hora de partir para o Pai, numa única vez, com minhas tias juntas, pegamos nas mãos dele e rezamos o Pai Nosso e a Ave Maria. Hoje meu avô está no Céu.

 

TESTEMUNHO DE UMA VIZINHA

Certa vez eu fui visitar uma certa vizinha, espírita, que estava gravemente doente no hospital. Depois de sair do hospital ela me contou esta história. Disse que estando entre a vida e a morte, de repente veio sobre ela uma mulher negra, que avançava sobre ela e dava horríveis gargalhadas. Ela chegou a pensar que fosse o espírito de uma vizinha sua, evangélica, que a queria pegar. Falou que estava morrendo, mas de repente ela sentiu uma água friazinha escorrendo no seu rosto e alguém lhe colocando uma coisa na mão.

Perguntei-lhe então qual seria aquela ‘água’ que a havia salvado e ela respondeu que fora um padre, que foi dar a benção a um rapaz aidético que estava à morte, e vendo que ela agonizava também, aproveitou para lhe abençoar. Então ele jogou aquela água em seu rosto e lhe deu Unção dos Enfermos, acho que é isso, disse ela. Também aquela ‘coisa’ que ele lhe deu, um tal de escapulário, ele falou que era para ela nunca mais tirar do pescoço. Então ela puxou para fora da gola do vestido e me mostrou o Escapulário do Carmo. Vejam a grande ignorância das pessoas, sobre os objetos santos e sobre os nossos sacramentos. Só mesmo a misericórdia de Deus para salvar pessoas assim tão distantes Dele e de Suas coisas.

Enfim, ela disse com toda a clareza, que foi somente quando o padre lhe jogou aquela água – água benta é claro – que aquela mulher diabólica logo fugiu. Ela disse também, que teria morrido naquele dia, e se não fosse aquele bom padre ela já não estaria viva. Claro que a tal megera na verdade era o próprio maligno, que vinha buscar-lhe a alma se ela morresse, por ser espírita. Hoje esta senhora já é falecida e espero que aquele incidente lhe tenha servido de lição e que hoje Deus já a tenha acolhido em Seu seio. Pois certamente que naquela época, seu destino não seria o mesmo. Afinal, não era má pessoa!

 

UM MAL SÚBITO

Certa vez e de repente, fui acometida de um mal súbito. Meu coração parecia não mais bater e já não tinha forças para nada. Até mesmo a minha respiração parecia parar. Acabaram me levando ao hospital e lá veio o diagnóstico do médico cardiologista: pressão normal, coração normal, respiração normal. Não tinha nada, estava tudo bem! Mas mesmo sem sentir nada – por saber das coisas que me aconteciam – eu já alertava minha mãe: quando acontecer algo comigo, chama logo um padre! Nunca deixe chegar um médium, pai-de-santo ou espírita perto de mim. Chama sempre um padre para me dar a Unção dos Enfermos. Nem mesmo evangélicos devem chegar perto de mim, com as suas rezas, porque sei que não servem para nada.

Mas neste dia o médico me receitou uma injeção para pressão e um calmante. Disse que eu aguardasse ali por alguns momentos que depois ele me viria ver. Imaginem, quantos milhares de casos no mundo acontece assim, sem que as pessoas percebam. Mas minha mãe, sabendo daquele pedido de chamar o padre, foi ao médico e lhe perguntou se podia chamar um padre para me sacramentar. Disse minha mãe depois que o médico arregalou os olhos e perguntou: para que um padre? Ela não tem nada! Não está morrendo! E saiu da sala todo apavorado, dizendo que não se responsabilizava por nada e que quando ele saíra, eu estava boa. E sumiu tão apavorado que não mais voltou para me ver como prometera.

A minha mãe perguntou para sua secretária o que havia acontecido e ela falou que ele saíra muito apavorado. Então, como eu não melhorava, embora estivesse bastante lúcida, pois os medicamentos não fizeram o efeito desejado, minha mãe resolveu chamar um padre amigo, que foi avisado enquanto rezava a Santa Missa. Assim que ele terminou, veio rápido ao hospital que ficava há apenas uns 100 metros da igreja, pois não sabia o que estava acontecendo. Assim que chegou ele perguntou: mas minha menina, o que te aconteceu? Ao que respondi com um menear da cabeça que não sabia. Mesmo assim, ele me deu a Unção e me preparou para a morte.

Mas vejam, um pouco antes de ele chegar eu pedia a minha mãe que rezasse, embora tivesse uma enorme dificuldade de pronunciar cada palavra. Reza a Ave Maria eu lhe pedia. Mas ela meneava a cabeça que não entendia! Reza o Pai Nosso e ela dizia que não entendia! Na verdade ela não rezava, porque não entendia o meu pedido. Enfim pedi: reza para São Rafael e ela disse: minha filha, eu não sei nenhuma oração de São Rafael. Mas não era esta ainda! É que eu queria dizer São Miguel e não conseguia pronunciar a palavra certa. Então minha mãe aflita se lembrou que eu há tempos lhe havia dado um papel com o Exorcismo de São Miguel, que por sorte ela carregava na bolsinha. Então, apavorada, ela segurou nas minhas mãos e leu a Oração, que, aliás, ela nunca havia rezado na vida.

Que aconteceu? Com a simples leitura desta oração poderosa, imediatamente eu voltei a perceber o ambiente em que estava e comecei a falar com mais clareza as primeiras palavras. Mas sentia em todo o meu corpo como se tivesse levado uma imensa surra. Minha mãe nunca esqueceu deste fato, porque a partir dali começou nela uma grande devoção ao querido Divino Arcanjo São Miguel, aprendida ali, no pânico, sem saber o que fazer, tendo o médico fugido da sala e eu não melhorando. Minha mãe de fato não sabia rezar, porém como o Bom Deus tudo providencia, ela por acaso levava o folhetinho da oração junto.

Mais uma vez, o meu grande companheiro e amigo São Miguel Arcanjo me livrou de uma grande enrascada. Esta foi mais uma das tantas vezes em que o demônio tentou me ‘matar’ assim como ele sempre promete desde que eu era criança. E muitas vezes foi assim nestes anos em que a misericórdia de Deus me ampara, afim de que, passando eu por estes tormentos, possa lhes vir agora relatar as terríveis experiências pessoais que tenho passado, afim de que muitos possam fazer bom uso destas lições. Por isso, quando sentir-se em situação idêntica, recorra sempre aos préstimos deste maravilhoso servo de nosso Bom Deus: São Miguel Arcanjo!

 

DEUS: NOSSO VERDADEIRO PSICÓLOGO

Depois deste incidente do hospital, novamente as pessoas começaram a encher a cabeça de minha mãe para me levar a um psicólogo, pois certamente me achavam desequilibrada. Eu falei que não queria ir, mas tanto minha mãe insistiu que acabei aceitando que ela fosse marcar consulta. Era uma psicóloga! E mal entrei a primeira pergunta que ela me fez foi: Por que você veio até aqui? E eu respondi: não sei! Só por insistência de minha mãe! Mas ela retornou: você veio por livre vontade? Não, respondi, vim forçada! Como, perguntou ela? É que eu não preciso de psicólogo. Meu único psicólogo é Deus, só Ele me entende e mais ninguém, nem minha mãe, nem você, nem ninguém!

Espantada, de olhos arregalados ante tanta franqueza, ela me disse que jamais alguém havia falado com ela daquele modo nos muitos anos em que exercia aquela profissão. Mas disse também que jamais alguém lhe havia falado ali no consultório sobre Deus. Então eu reafirmei a ela meus princípios e minha fé em Deus. E novamente invertemos os papéis. Ela me passou a fazer perguntas sobre a fé, sobre Deus e sobre a minha religião. Até que, meio desajeitada, ela me mostrou uns ‘livros’ que andava lendo: espiritismo puro! Então disse a ela que aquilo tudo era lixo para mim e que passava longe daquelas coisas. Mas evitei ir mais fundo, preferindo falar é da minha religião e das maravilhas que nós temos.

Vocês não imaginam o que aconteceu! Com os olhos marejados de lágrimas, ela disse que eu era uma pessoa maravilhosa, que havia gostado muito de mim e que eu era diferente de todos os pacientes que já havia tido. Disse para eu voltar outras vezes e deu ordem para a secretária me mandar entrar sempre que chegasse. Disse que não queria que viesse para tratamento psicológico, mas sim para ouvir sobre aquelas coisas lindas da fé católica, pois gostara muito de ouvir falar sobre Deus. E Deus sabe que não me envaideci por isso, mas é alegria constatar que muitas vezes – aliás, na maioria delas – são os psicólogos e os tais ‘analistas’ que precisam sentar no divã. São eles que estão carregados de problemas, pois todas as pessoas que vêm aos consultórios estão completamente contaminadas por espíritos de demônios – que ali entram em seus pacientes – e como eles não têm a fortaleza de Deus, acabam também ficando mal.

Ó almas, não sabeis que nos sacerdotes católicos está a cura plena e a saúde perfeita? São eles os verdadeiros psicólogos, psiquiatras e analistas. Na verdade, basta um pouquinho só da aceitação dos planos de Deus para suas vidas; basta a vivência total e plena da nossa religião católica, que com ela é possível levar a bom termo a jornada rumo ao topo da Santa Montanha e dela chegar à transfiguração completa do Monte Tabor. Na verdade, sabemos que existem doenças e doentes, mas é preciso saber que mesmo estas doenças todas são causadas apenas pela presença do pecado em nossas vidas. E sempre que há pecado, há também a presença do maldito espírito das trevas, o que significa mais pecado, e mais doença, num círculo vicioso que leva seguramente aos abismos da eterna treva.

 

 

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Sexta-feira, 26 de Abril de 2024










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