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Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. (1 Pedro 5, 8)


Os demônios nos caminhos dos filhos de Deus (Parte 2)

 

NOVAS SESSÕES

Continuando: Quando terminavam aquelas sessões malditas e o povo já se retirava de lá, aqueles médiuns todos – depois de já estarem ‘livres’ de seus demônios – vinham e aproximavam-se de mim. Compreendam, estas pobres pessoas apenas sentem os efeitos dos demônios, mas na verdade não percebem o bicho asqueroso que nelas entra. Na verdade, se a gente disser, nem acreditam! Lembro que, enquanto havia pessoas no recinto, eles me deixavam sempre isolada. Tratavam-me de uma forma especial e diferente dos demais. Eu era especial para eles por algum motivo, mas sinto que os próprios médiuns não entendiam bem do que se tratava, mas os seus demônios sim! Sinto também que, não fosse a graça de Deus, eu seria trucidada por aqueles espíritos maus, pois eles sabiam ou desconfiavam que as minhas visões seriam usadas depois, como de fato agora acontece, passados tantos anos. Eu própria jamais pude imaginar que isso aconteceria. Só agora estou sabendo o motivo, porque o próprio Jesus me pediu para escrever tudo.

Deste modo, eles convenciam cada vez mais a minha mãe, que ela deveria levar-me lá mais e mais vezes, porque eu precisava ‘desenvolver’, pois eu lutava contra as entidades que queriam manifestar-se em mim e por isso a cura não se completava. Diziam que eu precisava ‘educar a minha mediunidade’. De fato, eles queriam que eu permanecesse ali para sempre, que aceitasse a ‘cura’ de satanás, que poderia até acontecer, mas com toda a certeza ainda hoje eu estaria lá presa nas garras dele. E minha pobre mãe, iludida por eles, acreditava – quem sabe até me achando alguma coisa especial – e forçava a minha ida àqueles antros terríveis. Na verdade só de pensar em ter que voltar para lá, eu já entrava em pânico e não conseguia mais falar. Quando, às vezes, me sobrava um fio de voz, eu gritava: não, não e não! Deus não quer isso para mim. Pasmem, eles chegavam a até a procurar convencer-me de que, sim, Deus queria isso, e que era para o ‘meu bem’. É de estarrecer tamanha desfaçatez! E quantos caem nessa maldição?

Quando enfim – depois de tanto eu insistir – lhes ficava claro que eu tinha visto aquela ação demoníaca, e que eu vira com os meus olhos a quem eles invocavam, ao invés de ficarem desesperados e fugirem dali para nunca mais voltar, aqueles infelizes joguetes do diabo ainda se admiravam. Achavam uma ‘graça’ extraordinária este poder de Deus – nisso eles acertavam porque só por Deus isso acontece – e por isso me admiravam. Veja se pode! Eles mal sabiam que eu sentia dores terríveis por todo o corpo e que, depois de passada uma sessão daquelas, era como se eu tivesse levado uma enorme surra. Desde a ponta dos pés, até os fios do alto da minha cabeça, todo o corpo me doía terrivelmente.

Na verdade, como já disse, minha dor maior era na alma, no espírito, justamente por ver o estado interior lastimável de todos aqueles que se dedicam a tais abominações, tanto os que estão lá dentro, quanto os que lá vão, em busca de ‘cura’. Eu sentia também uma espécie de vazio interior, de imensa perda. Era terrível! Então, muitas vezes, eles assustados diziam que era impossível a alguém ver e sentir todas aquelas coisas. Muitos deles eram pessoas educadas, e até mesmo um deles era o Diretor da Faculdade onde eu estudava engenharia. Ele era até o ‘cabeça’, o chefe de uma destas ‘mesas’. Infeliz dele, que pensa que é inteligente mexendo com estas coisas! Ele tem sua alma a perigo! Pobre alma miserável! Pobre alma podre, que se imagina bem! Ah! Se ele soubesse! Misericórdia para ele, Senhor!

Alguns achavam meu caso extraordinário e, apesar de alguns demonstrarem um certo medo, simplesmente concluíam que não podiam me perder, até como objeto de estudo. Aquelas infelizes criaturas pensavam que eu – com minha ‘mediunidade’ acentuada – poderia até ‘operar milagres’ para os engrandecer. Quem sabe para lucrarem comigo, assim como acontecia com aquele caso que está na Bíblia, do espírito que adivinhava. Senti que era isso! Infelizes! Mal sabem eles que apenas Deus tem poder para realizar milagres. Que só Deus sabe o futuro! Infelizes deles! Estando completamente com satanás, imaginam que fazem uma obra de Deus! Como se deixam enganar assim?

Entretanto, mal sabiam também que o verdadeiro e grande milagre de Deus estava sim diante dos olhos deles. O milagre de Deus me mostrar aquilo tudo, para poder depois falar às pessoas a verdade. E mais infelizes são, porque tenho a certeza de que não acreditaram nas minhas explicações, nem atenderam meus pedidos, e por isso continuam ainda naquele caminho de morte eterna. Satanás os cega completamente e lhes obstrui de todo as mentes. Eles pensam que são inteligentes e poderosos, que lidam com coisas grandiosas, estupendas, fabulosas, mas na verdade são simples joguetes do inferno. São é dignos de pena! Só a Misericórdia de Deus os poderá salvar, pois assim, por si mesmos, caminham com certeza para a ruína eterna de suas almas.

Infelizes, mil vezes infelizes, porque desconhecem que só o Bom Deus é Quem cura as almas com a Sua Graça e de graça. Mas é preciso que as almas deem consentimento para isso. Que queiram ser curadas por Ele, e não pelo seu adversário. Deus permite que certas curas do corpo aconteçam naqueles centros imundos, apenas porque esta é a vontade das pessoas que para lá vão. Elas são livres, tanto para crer em Deus, quanto para amar ao diabo. Mas quem vai ao diabo, rejeita a graça e a misericórdia de Deus! Rejeita decididamente o Grande Milagre da cura perfeita e definitiva do corpo e da alma. Só em Deus isso é possível!

É por isso que eu clamo dia e noite e agradeço ao Bom Deus por me haver amparado em tão sofrida luta. Obrigado também à minha Mãe Santíssima, a são Miguel Arcanjo e a meu Anjo da Guarda, que sempre ampararam a minha alma naquele tormento. Obrigado, sempre, ó Meu bom Deus, porque só me conduzistes a tais lugares para uma missão só tua e maior. Obrigado ainda mais, por não haveres permitido que eu permanecesse naqueles antros até hoje, atolada na lama da morte de minha alma. Obrigado, também agora, quando me pedes que escreva estas páginas, para alertar as almas incautas sobre os riscos que correm.

 

AS OFERENDAS

Como viram, estar naqueles lugares era para mim uma verdadeira tortura. Se eu voltei de lá salva, só o Bom Deus sabe o porquê, e se voltei para lá tantas vezes é somente porque ele queria me mostra tudo aquilo de perto, como realmente é, e para que todos pudessem ter uma ideia de como satanás consegue enganar os filhos da luz. Aqui um tipo de ‘trabalho’, lá outro, o importante para ele é agradar a todas as classes sócias, pois ele não quer ninguém fora de suas pocilgas fedorentas e infernais e da sua ‘cura’.

Em alguns destes lugares existe uma salinha destinada as ‘oferendas’ para as tais entidades. E é possível ver ali cachaça, fumo, carteiras de cigarros. Há cigarros espalhados pelo chão, simbolizando os vícios, isso sem falar no ar, que cheira a uma nauseabunda pestilência. Junto com isso, o maldito manda colocar imagens de santos da Igreja Católica, como São Jorge e São Cipriano, tudo para enganar e dar um ar de ‘santidade’ a tudo aquilo. Sim, até quadros de Jesus eles põem nas paredes.

Também nas casas de pessoas ele consegue fazer isto, conseguindo que as famílias tenham em seus lares salinhas especiais, com tais imagens, junto com outras de preto véio, exu e outras desgraceiras, para quem acendem velas e fazem oferendas, como pingar cachaça na boca das imagens, em nome do sincretismo. Tudo para ludibriar os filhos de Deus, especialmente os ‘católicos’. Mesmo as casas que possuem isso, se tornam em verdadeiras pocilgas do inferno, atraindo todo tido de maldição, doença e desgraças.

Nalguns lugares existem salinhas separadas onde ficam os tais médiuns à espera das ‘entidades doutores’, para darem início aos passes. Isto é, nos lugares mais ‘chiques’. Mas mesmo ali, tudo é terrível, pois antes de as tais entidades se manifestarem, antes da incorporação, uma força terrível travava a minha fala, e, em nenhuma das sessões e em nenhum dos lugares onde fui, me era possível dizer uma só palavra. Aquela força maligna me asfixiava – sei que por permissão de Deus – e minhas pernas ficavam imobilizadas, tal que, sozinha, não conseguia dar sequer um passo, pois não conseguia firmá-las. E assim, imobilizada e sem fala, permanecia até o fim de todas as sessões, até que todos os presentes, com exceção de alguns médiuns, se haviam retirado do recinto. 

 

NÃO CONSEGUIA REZAR

Pensam vocês também que eu conseguia rezar? Até meu pensamento em oração era ‘travado’ por satanás, que me sufocava. Pensam vocês, pobres almas que nestes antros se metem, que conseguem rezar ali uma Ave Maria? Experimentem! Muitas vezes, num supremo esforço, eu começava a rezar o ‘Credo’, uma das orações mais poderosas contra o inferno. Era uma luta titânica para fazer minha profissão de fé. Creio em Deus... Pai... E era um terror para chegar a dizer: Creio em Jesus Cristo... Só mesmo com supremo esforço para terminar de rezar esta oração, tamanha era a pressão com que o inferno me sufocava a garganta. Enfim, naqueles antros, dificilmente se fala a palavra Jesus Cristo. Mesmo que a pessoa queira pensar, o tentador não deixa! Pode-se dizer que, em síntese, todos os que estão dentro daquela pocilga pertencem ao demônio, de corpo e de alma.

Acreditem, ó almas, não é por mérito meu que vi todas aquelas coisas. Eu jamais iria pedir ou querer uma coisa terrível assim, nem a desejo jamais para alguém! Foi apenas pela graça de Deus, em meio a um imenso sofrimento, que me foi dado observar o que lá dentro ocorre. Para poder esclarecer a todos os que querem entender sobre o que de fato se passa naquelas antecâmaras do inferno. O Bom Deus permitiu isso, não para que guardasse comigo estas revelações, mas para um bem maior, não só meu, mas das almas de muitos filhos Dele, que cegamente são conduzidos por satanás para aqueles antros maléficos: Os terreiros de macumba! Os Centros Espíritas!

E se me foi dada a graça de ver aqueles espíritos infernais e de ouvir as gargalhadas de satanás, quando as almas caem nas suas garras, não foi sem um motivo maior. Deus sabe para que isso servirá. Saiba que você, ó alma, quanto mais fundo entrar nestes abismos, mais alegria você dará a satanás. Saiba também que, embora ele gargalhe ‘alegremente’ diante de você, no fundo esconde uma pavorosa infelicidade interior! As suas gargalhadas infernais, na verdade, escondem um abismo de terror que o invade inteiro.

Ó almas, se vocês escutassem aquelas cavernosas ‘risadas’, sem a graça de Deus, certamente que todas morreriam de simples pavor e assombro. E eu pude sentir que, se por fora satanás ria, por dentro range de ódio, ódio espumante e de tristeza mortal. E é exatamente, somente deste ódio e desta tristeza mortais, de que ele está impregnado, que ele passa para muitas almas e contamina a todas as pessoas que se aventuram nestes abismos dos terreiros e centros espíritas. Tristemente, também, eu via na face dos que lá trabalham, não a sua fisionomia normal, mas um semblante completamente deformado. Todos tinham o mesmo aspecto horripilante. Quando pegavam no meu braço para tirar-me do meio do povo era terrível para mim, pois além de me ver sendo conduzida por demônios era como estar no meio deles, o que me provocava um verdadeiro tormento.

Algumas vezes se aproximavam de mim e imploravam que eu deixasse aquela entidade incorporar em mim, que aquilo era uma coisa boa, e que era preciso eu me deixar educar a mediunidade senão seria pior. Mal sabiam eles que na verdade eu estava era lutando contra todos aqueles demônios que eles invocavam. Eu queria gritar, mas quando saia algum som de minha boca era apenas um grito alucinado de terror. Eles até achavam que eu estava possessa – pois me retorcia de corpo inteiro, exatamente como todos aqueles outros pobres coitados que estavam ali possuídos – mas eu estava era vendo, sim, com os meus olhos de carne. Saibam que tudo ali não passa de verdadeiras antecâmaras do inferno.

Certamente que tudo aquilo que o Bom Deus me permitiu ver ali, já o fez a outros e quem sabe até com maior intensidade, porque sinto que tudo é ainda pior que aquilo que lá vi. Deus sabe o quanto sou fraca e certamente me mostrou apenas aquilo que eu seria capaz de suportar. Outras pessoas que tais coisas viram certamente silenciaram como eu o fiz até hoje, quando Jesus me pediu para escrever todas as minhas experiências, porque tudo aquilo está perfeitamente gravado em minha memória e penso que o guardarei na mente até o fim de minha vida. Tudo o que vi e vivi naqueles lugares certamente servirá para o bem de muitas almas que hoje cegamente se deixam levar pelo orgulho, por se acharem os mais, os melhores e coisas assim, e com isso se envolvem até à alma com o espírito das trevas. Espero que ninguém vá lá, nem mesmo por simples curiosidade. Mas se alguém estiver lá dentro, saia o quanto antes e acredite naquilo que aqui falo. Jamais encontrarão a presença de Deus, ou nada que venha Dele, dentro daqueles antros imundos e de perdição.

Certamente que se algum de vocês visse os monstros que tomam aqueles pobres corpos, que lhes dirigem os pensamentos e as palavras, jamais teriam a coragem de emprestar seus corpos para serem possuídos pelos espíritos infernais. Sei que muitos que lá foram, acham normal tudo aquilo e mesmo os que foram incorporados parecem não sentir nada de negativo depois disso. Entretanto, também este é um engano, pois satanás veda a inteligência, empana a capacidade de entender as coisas, e impede a elas de entenderem o que na verdade ali acontece. Infelizmente até pessoas de alto estudo são enganadas por ele com este artifício. Aliás, se o demônio provocasse mal-estar, angústia e dor em todos os que lá entram, quem voltaria de novo? Ninguém! Mas na verdade ele travava a minha fala, minhas pernas e até minhas orações e pensamentos. Como não será capaz de bloquear uma pessoa, mesmo que seja muito inteligente, para que ela não entenda a realidade que está por trás daquilo?

E assim, aos que ainda não acordaram para esta tenebrosa realidade, ele continua fazendo crer que tudo isso é bom, que é para seu bem, quando na verdade ele somente quer uma coisa de nós: a posse eterna da alma! Por isso, que retornem o quanto antes à casa paterna, como filhos pródigos e arrependidos. Que voltem todos à Igreja Católica o quanto antes, abandonando para sempre estas práticas pecaminosas.

 

CRUZ DE SANTO ANDRÉ

Um dia, estando numa sessão desta ‘mesa branca’ – grande disfarce este, tudo é igual e tudo é monstruoso – vejo como as coisas procedem. Há sempre uma salinha onde ficam os tais ‘médiuns’, ou seja, as pobres almas usadas por satanás – que nelas se incorpora – a fim de iludir e enganar os outros. E naquele dia, percebi que começaram a chamar as ‘entidades’, mas elas não apareciam. Aflitos e desesperados, os médiuns todos gritavam sem o conseguir. Também os ‘encarregados’ gritavam e pediam, quase em prantos, que todos aqueles que estivessem com os ‘braços cruzados, pernas ou dedos cruzados, que os descruzassem, porque alguém ali presente, estava atrapalhando a manifestação dos espíritos’.

Num dado momento, já em estágio avançado de desespero e aflição, eles aumentaram ainda mais os brados pedindo que alguém dali presente descruzasse as pernas, por favor! Foi então que percebi que eu mesma estava com as pernas cruzadas, não uma sobre a outra nas coxas, mas sim, sentada, com ambos os pés no chão, só que um do lado contrário do outro. Como eu já estava cansada de ficar naquela posição, e vendo a pressão dos olhares de todos sobre mim, resolvi descruzar as pernas. Para meu espanto, logo baixaram de um salto, todas as tais entidades malignas e tomaram os médiuns. Ali, na minha frente, estavam novamente os nefandos monstros do inferno.

Ó almas incautas, sabem porque os braços, dedos ou pernas cruzadas atrapalham o bom andamento das sessões espíritas? É porque esta é a chamada ‘Cruz de Santo André’, usada contra o maligno e a sua caterva. É que este santo da Igreja Católica foi crucificado em forma de ‘X’ e isso se tornou devoção na Igreja. Como eu poderia ali imaginar? Só bem mais tarde um sacerdote me explicou este efeito poderoso. Tenho certeza de que, se eu continuasse com as pernas em cruz, eu seria expulsa dali por aqueles operários de satanás. Vejam o poder da Cruz! E mais, eles costumam colocar muitas santas faces de Jesus penduradas nas paredes, tudo para enganar, mas jamais colocam uma Cruz, porque, se uma ali estivesse, nenhum demônio baixaria nas pessoas.

 

ALMAS CORROMPIDAS

Numa época de minha vida, morei com uma parenta minha, que frequentava – ainda frequenta – a todo tipo de ‘pai de santo’. Ela me aceitou muito a contragosto em sua casa e ficava até revoltada com minha presença, demonstrando isso de várias formas. Certo dia, indo para o trabalho, ao descer a estação do metrô, eu dei uma forte torcida no meu pé. No momento senti muitas dores, mas, por força certamente do meu anjo da guarda, logo tudo passou. Mas no final do dia, quando cheguei em casa, encontrei a minha parenta completamente furiosa e mancando. Antes mesmo que ela me dissesse algo, eu percebi o que lhe acontecera: aquilo que ela desejara que acontecesse para mim, havia retornado para ela! Incrível é que ela teve a ‘cara de pau’ de me dizer pessoalmente que fora isso mesmo! Ela desejara que eu torcesse o pé!

Dias depois, chegando do trabalho chovia muito. Então vi que minha tia havia deixado algumas roupas em molho de sabão, porém na chuva. Mais do que depressa levei o balde para dentro de casa e avisei-a disso. Quase apanhei! Ela veio sobre mim aos berros, me chamou de palavrões e disse que não era para ter mexido naquele balde. Até hoje ainda não entendi o que ela queria com aquilo, mas certamente que era uma destas tais ‘simpatias’, ou ‘macumbas’ mesmo, que se fazem por aí e que os ‘pais-de-santo’ costumam ensinar. Uma pergunta que me vem agora: como se pode chamar ‘pai-de-santo’ quem se faz livremente filho do diabo? Isso é mais uma enganação do maldito!

Na casa desta mesma parenta, eu dormia num colchão posto no chão, mas por falta de espaço, metade dele ficava por baixo da cama dela. Eu tinha que dormir toda encolhida! Numa pilha ao lado, ficava um destes colchões bem antigos e pesados, sobre umas caixas.  Certa noite eu sonhei que aquele pesado colchão, com abas de madeira, desabava sobre mim, com toda violência. Porém, antes que me atingisse, vi alguém de vestes brancas estender as duas mãos sobre mim e desviar o colchão para o outro lado da cama dela. De súbito acordei, pois havia o barulho! Então deparei com ela, assentada na cama, de olhos bem arregalados, me olhando com grande espanto e disse: Eu, heim? Pensei que o colchão ia cair sobre você e você ia se machucar muito, sabia?! E eu, inocente, ainda lhe contei que fora meu anjo da guarda quem desviara o colchão!

Comecei então a desconfiar que algo estranho estava acontecendo. Como sempre, eu saia correndo do trabalho, para, depois de pegar um ônibus, dois metrôs e ainda conseguir alcançar pelo menos a Santíssima Eucaristia, já que sempre chegava atrasada à Missa. E eu pedia ao Bom Deus que me ajudasse e me iluminasse o caminho. Por isso, logo esta parenta começou a dizer que, se eu continuasse a morar com ela, ia fazer com que meu namorado me largasse. Imaginem, nem namorado eu tinha, mas ela queria arrumar qualquer pretexto para me expulsar de sua casa, pois creio que era a presença de Jesus Eucarístico na casa – que eu trazia comigo depois da Santa Missa – mais do que a minha presença pessoal junto dela, quem atrapalhava profundamente as suas maquinações diabólicas. Coisas que ela fazia não só comigo, mas também com outros.

Lembrei-lhe, certa vez, que ela não vivia segundo os mandamentos da lei de Deus e tentei lhe abrir os olhos, mas foi tudo em vão. Mas na verdade o meu emprego não ia bem. Havia uma estranha pressão de meu patrão sobre mim, e eu só a muito custo consegui me livrar dele, voltando para minha casa. Antes, porém, já as minhas tias macumbeiras me jogavam de um apartamento para outro. Descobri então que esta minha outra parenta, também ela, estudava nestas escolas macabras de espiritismo. Como eu já conhecia terrivelmente aquelas doutrinas e, embora tremendo de medo, fiquei ainda algumas noites na casa de uma delas, até completar as minhas coisas e poder fugir dali.

Mas elas não me deixaram barato a estadia! Numa das últimas noites em que uma delas me levou para a casa da outra, fui para o quarto. Aí, elas bateram à porta e disseram que tinham uma coisa para mim. Ó tristeza! Ó terror! Vejo diante de mim aquele monstro – o demônio – dizendo que era meu pai, já falecido! Que peso terrível havia no ar. Juntas elas ‘rezavam’ ao demônio, de mãos dadas, enquanto sobre nós pairavam muitos demônios rindo e girando em círculos. Eu queria rezar o Credo, mas não conseguia. Eram as duas, mais aquele monstro, contra minha fraqueza. Eu lhes dizia que aquilo não era meu pai, que meu pai estava bem. E lhes dizia para rezarmos juntos o Pai Nosso. Mas elas não atendiam.

Num dado momento, uma delas pegou a mão do monstro e esticou para mim, pedindo que eu beijasse a mão dele. Enquanto meu braço pesava, sem poder reagir, a outra me agarrou e me esfregou boca na mão do capeta. Oh! Desespero! Trata-se do mesmo que sempre me aparece ainda hoje. Todas as vezes que o vejo, com os olhos avermelhados, lembro-me que os olhos delas, naquela ocasião, estavam também avermelhados como os dele. Estas infelizes, que ainda se encontram naquele antro, não querem sair de lá por nada, mal sabem que vivem mergulhadas num lodaçal de trevas, e trilham seguramente um caminho de perdição eterna. Mas que fazer, a não ser rezar por elas? Pobres infelizes!

 

SUMIU A DOR

Enfim, misteriosamente assim como tinha vindo, a dor do meu braço sumiu. E sumiu não lá dentro de um daqueles centros malditos, mas diante de um Sacrário, diante de uma Santa Missa, diante de confissões bem feitas, e porque foi esta a vontade de Deus. Confissão inclusive da minha falta de fé, por me deixar enganar, e que me levou a acreditar na cura do inferno, indo parar naqueles antros. Isso é pecado gravíssimo. Tudo terminou pelo poder exclusivo de Deus, pois Ele já me havia mostrado aquilo que era preciso, para hoje relatar aqui. Deus quer assim! Bendito seja o nome do Senhor! 

Isso tudo aconteceu há mais de dez anos e é obvio que nunca mais retornei àqueles antros. E Deus seja louvado, porque não acabei ficando lá, como acontece com a maioria. Entretanto – e que seja isso apenas para a glória de Deus – ainda agora continuo a ter que suportar este ser imundo ao meu lado, para que das minhas visões e experiências, passadas e atuais, resulte um aviso para muitas almas: Não brinquem com o demônio! Ele é asqueroso! Ele é imundo! É manhoso, e a grande vitória dele sobre muitos homens, tem sido fazê-los crer que ele não existe. Se existe, que ele é mansinho e inofensivo. E até, pasmem, que ele é bom! E assim ele pode agir livremente, levando o mundo à perdição. Ó mundo louco que acredita numa coisa destas! Até padres acreditam nestas mentiras dele.        

 

PROCUREM A DEUS TRINO

Almas benditas, eu lhes suplico: Procurem somente a Santíssima Trindade, presente no Santíssimo Sacramento! Façam santas confissões! Santas comunhões! Católicos, pelo menos vocês ouçam: peçam a benção a um sacerdote ao invés de saírem na busca destes demônios benzedores ou cirurgiões do inferno. Todos estes ‘pais-de-santo’, todos os centros espíritas, terreiros de macumba, umbanda, quimbanda e candomblé, vodu, tudo isso é impregnado de espíritos diabólicos. É pleno antro do inferno! É a isso que vocês querem entregar suas almas, o tesouro mais precioso que Deus lhes deu?

Veja, na primeira vez que você lá vai, satanás pode fazer até com que você se sinta bem, pois ele tem poder de lhe dar estas sensações, gozo, felicidade, prazer e até curas, mas creia, tudo isso é falso e seus efeitos não duram muito. Na verdade, você amanhã se sentirá muito pior do que antes de ter entrado lá na primeira vez. E logo sente vontade de voltar lá! E quanto mais você for, tanto maior vai ser a dependência que ele gera em você, fazendo um círculo vicioso. Como um vício, uma droga! Você toma um pouco de seu mel venenoso; no inicio dá prazer, depois você sente a solidão e a dependência. No fim, o que ele vem é buscar a sua alma, completamente enredada em suas garras. Quantos milhares de pessoas já se perderam no mundo, por se entregarem assim a satanás! Bestamente!

Vejam, ó almas, que seu espírito vai apodrecendo aos poucos e vocês nem percebem. Por isso, voltem-se para nossa Mãe Maria Santíssima! Sintam o quanto ela é importante, pois através dela ganhamos a vida do Autor da vida e Redentor nosso. Falo isso porque vocês nem são capazes de imaginar o que satanás nos fez, para mim e meu esposo, para que a gente não participasse da Santa Missa, no domingo passado... Só pelo poder desta Mãe, e pela força da graça Divina, com a ajuda de São Miguel e dos nossos anjos da guarda é que a gente pode assistir a missa. Nem vou contar a história, porque acho que levaria muitos de vós ao pânico, sabendo que tal já pode ter acontecido com o leitor e sua família. Sim, porque o leitor não viu o que pude ver.

 

BATALHA ESPIRITUAL – OUTRAS LUTAS

Certa vez eu viajava de ônibus, de uma cidade grande para outra. Já havia saído um ônibus lotado antes do nosso, e muitas pessoas haviam tomado aquela lotação anterior. Como meu bilhete era mais para o fundo, pedi ao motorista para ficar mais na frente. Mas havia só um lugar na janela, e havia um certo senhor que me arrepiava, sentado no banco do corredor. Logo no início, algumas pessoas começaram a distribuir folhetos evangélicos, que polidamente recusei. Ai o tal homem me perguntou o motivo da rejeição e eu lhe disse que, por ser católica praticante, eu não lia qualquer coisa, pois aquilo não me fazia bem!

Passado algum tempo ele me perguntou se eu não gostava de espiritualidade. Respondi que sim, desde que não se tratasse de espiritismo e desde que estivesse voltado para as leis de Deus e da Igreja Católica Apostólica Romana, aí tudo bem! Disse-lhe também que me atraia a leitura da vida dos santos e santas da Igreja, pois eles viveram à luz da fé, dando todos profundas provas de Amor à Santíssima Trindade. E perguntei o motivo da sua pergunta! E ele respondeu que também gostava de espiritualidade...

Mas, enquanto viajava, eu ia rezando o Terço, contando as Ave-Marias nos meus dedos, e invocando a cada oração, um dos nove coros angélicos e na décima os anjos da guarda. E lá ia eu rezando: Junto ao coro dos Serafins, Ave Maria... Junto ao coro dos Querubins, Ave Maria.. Junto ao coro dos Anjos da Guarda, Ave Maria... Por incrível que pareça, tão logo dei a resposta para aquele senhor, já o ambiente ficou pesado. E percebei imediatamente que a tal espiritualidade de que ele gostava, era exatamente aquela da qual eu não gostava. Percebi que ele era espírita, da pesada, e tentei rezar o Credo.

Como já disse, o Credo é uma oração fortíssima contra satanás. Entretanto, era tamanha a dificuldade em rezar que percebi que havia uma batalha sendo travada no ar. Este senhor procurava de todos os meios e modos me distrair da oração, com alguma pergunta, ou algum movimento, enquanto ele próprio entoava mantras a satanás que eu ouvia, mas os outros passageiros não. De meu lado, eu procurava ganhar espaço para rezar o Credo. A um dado momento, senti o forte desejo de empunhar em minhas mãos o escapulário do Coração Imaculado de Maria que eu trazia no bolso.

Então vi que ele se movimentou também, e levou sua mão às costas, enquanto puxava algo da nuca. Era uma pedra que parecia ter um olho verde no centro. Ele movia esta pedra e me olhava com os olhos de satanás. Bem vejo hoje que todas as pessoas que servem ao diabo mostram para mim estes olhos vermelhos. Olhos de Lúcifer mesmo! Da pedra saiam raios ou talvez eram reflexos do sol não sei bem.

Ai, eu me entreguei completamente a Deus. Senti que o clima pesou definitivamente. Eu na luta com as Ave-Marias, mesmo unida aos coros angélicos e a oração a São Miguel já quase não suportava mais. No ônibus já não havia mais lugar para eu escapar, pois havia entrado mais gente e a minha salvação foi havermos chegado a uma cidadezinha. Foi onde desci para tomar um fôlego. Quando subimos, percebi que havia outros lugares vazios, mas ninguém aceitava que eu trocasse de lugar – pressão do bicho, decerto – mas lhes fiz ver que pagara o mesmo preço que eles e fui sentar bem lá na ‘cozinha’, no fundo do ônibus. Vi então aquele olhar de demônio me procurando o tempo inteiro. Ele sabia que eu me sentara lá atrás. Foi então que um sono de morte me pegou. Eu abria a boca o tempo inteiro e certamente algumas vezes cochilei.

E hoje eu penso que lutas iguais, que muitas batalhas como esta que tive de enfrentar, por certo acontecem em todos os ambientes, nas ruas, no comércio, nas igrejas, nas casas de família, enfim, em todo lugar onde se reza. Onde alguém reza, sempre há espíritos maus por perto que, sentindo-se incomodados usam das pessoas para os afastar da oração. E isso nos faz também pensar quão imensa deve ter sido a luta de São Miguel e dos anjos de Deus para expulsarem os espíritos maus e o anjo negro para as trevas. Enfim, lembro ainda que aquele homem perverso havia dito que estava indo a uma certa cidade, fazer um ‘servicinho’ na beira de um rio. Você já sabe de que se trata, não?

 

FORÇA DO AMOR E DO PERDÃO

Certa noite meu irmão chegou em casa completamente bêbado. Nós já dormíamos, menos minha mãe que o aguardava. Segundo meu pai ele estava todo transtornado e falava coisas sem o menor sentido. E logo entrou em casa gritando, procurando por mim, porque queria me abraçar. Uma voz, porém me segredou aos ouvidos: Reza! Reza! Reza o terço! Assim que comecei a rezar, ouvi seus gritos lá fora, como de um animal, parecia machucado e gritava muito por mim. Mas percebi que se eu apenas rezasse, o Pai do Céu haveria de cuidar do resto para mim e assim fiz, pois a voz me pedia: Reza!

Meu pai falou depois, que os amigos o haviam embebedado e que ele tomara todas as bebidas que lhe ofereceram. Chegou agarrando a geladeira, escorando na mesa, num estado lastimável. Ele agitava-se como um louco e quase não o conseguiam segurar. Berrava por mim, dizia querer me abraçar. Quando o chamavam de filho, ele dizia que não era filho deles. Dizia que há muito tempo já não era meu irmão. Que há muito tempo a alma dele estava num buraco escuro e fundo, de onde ele tinha vindo e que ele dirigia aquela alma. Eis aí mais um exemplo, do quanto uma família como a minha totalmente mergulhada no obscurantismo, pode influir negativamente nos familiares. E são quase sem conta as famílias prejudicadas desta forma em todo o mundo.

Enquanto rezava, não pude deixar de escutar os brados deste meu irmão que gritava: eu não quero ir! Não me deixem morrer! Não, não, não, eu não quero ir para este lugar escuro. Ajudem-me! Não me deixem ir para lá! E eu pedia a Mãe de Deus que o curasse, que o livrasse daquilo que o perseguia. Quando eu ainda rezava, minha mãe entrou no quarto e perguntou se eu ouvira tudo. Disse que haviam convencido ele a deitar e que noutro dia me abraçaria. Acabamos rezando juntas o resto do terço e foi ali que minha mãe despertou para o valor desta santa e poderosa oração.

Certo dia eu limpava a casa, quando de repente o meu irmão se atirou sobre mim, com a fisionomia completamente transtornada, e gritou: quero ver quem te vai acudir agora! Não tem papai nem mamãe por aqui! E passou a me desferir socos e pontapés, principalmente nas minhas costas. Mas de vez em quando ele recuava instintivamente e eu tentava escapar. Ora, esse meu irmão bebia muito e como devem saber também, todo bêbado é presa fácil de satanás. Já muitas vezes o diabo havia prometido me matar, e agora imaginava ter uma oportunidade. E tomando o corpo de meu irmão, agia desta forma.

Num momento, ele me empurrou violentamente para um canto, donde era impossível eu fugir e por isso estava completamente apavorada. Pois bem ali no canto da pia tinha uma faca de ponta. Mas por incrível que pareça ele não pegou a faca! Só queria a todo custo me asfixiar com as mãos. E assim que tentou me agarrar no pescoço, pulou para trás, pois eu tinha o Terço no pescoço, prova então de ‘quem’ era de fato que me tentava matar. Assim que se afastou escapei rumo a uma escada, mas ele me alcançou e desferiu diversos golpes na minha coluna, tentando me imobilizar. Rolei alguns degraus escada abaixo aos gritos e caí de costas na rua, gritando de desespero.

Eu suplicava por Deus e já estava com as costas complemente adormecidas pelos golpes dele. Neste momento veio meu pai para me acudir e gritou: que é isso meu filho? Ao que ele berrava: esta nojenta, fracote, culpa dela, eu não fiz nada! Meu pai veio em minha defesa, pois havia assistido parte da cena. Eu estava no chão deitada e meu pai me quis levantar. Então eu lhe disse: só mesmo Nossa Senhora para me levantar daqui. Mas meu ‘irmão’ ainda do meu lado gritava: vamos, fraqueza, levanta! Não morreu ainda não? E então Nossa Senhora, junto com meu anjo me ajudaram a levantar dali.

Incrível é que minha mãe, ao chegar, deu plena razão a ele. Ela sempre o protegeu demais e isso deve ser a causa de muitos dos problemas dele. Mãe deve ser justa e não super protetora. Isso é sempre terrível! Pois o maligno deu tão espertas sugestões a ela, que a mãe acreditou que eu o havia provocado e merecera aquilo tudo. Dali, porém, fui ao meu quarto e rezei o terço, implorando a minha Mãe Santíssima que livrasse o meu irmão daquele tormentoso ser. Mas, mesmo depois, por muitos dias ainda, tive que suportar os risos irônicos de meu ‘irmão’. Entretanto eu entregava tudo isso a Deus pela libertação dele. E para ser bem sincera, ainda hoje acredito que o maldito o manobra de alguma forma, pois é impossível explicar de outro modo, tudo aquilo de mal que lhe acontece.

Na verdade há muito tempo eu já percebia que meu irmão estava mudado. Tinha os olhos vidrados, que pareciam não ser os seus – na verdade não eram – tinha a fisionomia sempre tensa, irritava-se facilmente, não tinha equilíbrio e muitas vezes havia dito para minha mãe que uma força estranha o queria deixar num buraco negro e ele lutava espiritualmente para se livrar daquilo sem conseguir. Quando naquela noite, desconfiados, meu pai e minha mãe tentaram fazer que ele rezasse um Pai Nosso e uma Ave Maria, ele se atirou para trás e disse que ia embora. Falou que ia me destruir de qualquer jeito, mas por hora não conseguia, porque eu ficava passando os dedos ‘naquelas contas’ o dia inteiro. Mas mesmo tendo ido dormir, não desistia de me abraçar!

No dia seguinte quando acordamos, eu o encontrei na cozinha. Assustei-me por ver que o seu olhar estava claro e limpo, seu rosto tranquilo e sem tensões. Mas ele nada falou em me abraçar. Então eu mesma cheguei a ele e disse que agora poderia me abraçar! Eu? Perguntou ele assustado. E todo sem graça ele disse que se havia falado aquilo à noite, já não se lembrava mais. Mas que não custava nada ele me dar um abraço. E nos abraçamos longamente. Então eu lhe falei que ele deveria agradecer à Mãe do Céu pela graça que ela lhe havia alcançado. E por algum tempo só, infelizmente, ele correspondeu a essa graça.

Procurei um sacerdote exorcista e lhe contei esta história. Ele disse que Nossa Mãe havia dado a ele uma grande graça. Falou que ele se achava até impossibilitado de realizar um exorcismo daquele, porque era necessária muita força de oração. Disse também que para afastar estas forças negativas, meu irmão deveria voltar-se para a Igreja, rezar o Terço todos os dias, usar no pescoço um crucifixo com o corpo de Cristo, receber muitas vezes a Santa Comunhão, sempre em estado de graça e engajar-se num movimento da Igreja. Porque nestes casos, a desgraça pode retornar e com força ainda duplicada. Sabe, quando falei isso ao meu irmão ele achou que era brincadeira.

Mais, adiante, com o falecimento de meu pai, este irmão voltou a frequentar a Missa, rezava o terço e voltou-se mais para Deus. Mas durou pouco tempo isso. Logo o inimigo lhe armou uma arapuca, levando-o a frequentar outra ‘igreja’ e a aceitar até o batismo da igreja universal. E a partir daí foi aquela loucura: pulando de uma para outra, universal, assembleia, presbiteriana, mas nunca mais retornou à católica. Tudo porque as pessoas não aceitam os caminhos de Deus e se entregam à podridão de tantos antros, sejam eles algumas seitas – felizmente não todas – sejam os centros espíritas ou terreiros de macumba, estes todos, sem exceção.

Creio firmemente, que ele ainda continua com a pressão daquele espírito maldito que o escraviza e faz da vida da família dele um inferno. Ele odeia a Igreja Católica e diz que jamais entra lá, porque está cheia de demônios. Graças a Deus que minha mãe, que sempre o apoiou, demais até, ainda não aceitou os convites insistentes dele de sair da Católica e ir para a dele. Na verdade, ainda agora o maligno o impulsiona, seguidamente, para fora de casa, onde fica até altas horas da madrugada e, por incrível que pareça, ainda não conseguiu fazer com que ele se atirasse debaixo de um carro, conforme ele sempre sente o desejo. Só pela graça do Bom Deus!

 

UM CULTO EVANGÉLICO

Certa vez eu fui levada por uma parenta a uma destas ‘universais do reino’, não de Deus é claro. Todos aqueles pobres coitados estavam ali, levados por espertos pastores, àquelas sessões nostálgicas de delírio coletivo. Um horror! Lá mandam fechar os olhos – não fechei – enquanto eles riem como demônios em seus altares. Pobres almas que ali vão! Eu, bem de olhos abertos, disse para minha avó, que estava ao lado, que tudo aquilo era mentira, jamais uma coisa de Deus.

Ó meu Senhor, em que má hora eu fui dizer isto! Uma força terrível me queria a todo custo arrastar para a rua. Com toda a minha força, mas certamente que mais amparada pela graça de Deus, me agarrei naquelas incríveis cadeiras de auditório, para não ser expulsa dali. Logo percebi que as pessoas à minha volta estavam perplexas com o ‘espetáculo’ que ali se desencadeava. Elas de fato não viam as forças que tentavam me expulsar dali para fora!

Mas, ah! cegueira espiritual, sono de morte, infelizes deles! Ah! Se soubessem o que acontece nestes antros de delírio coletivo! Também ali e sempre, e em todas estas igrejas paganizadas e mercantilistas, de qualquer lugar do mundo, também ali ó almas incautas, habitam os mesmos seres que inundam as sessões espíritas e os antros de macumba. Lá com um tipo de intensidade, aqui com outro. Lá incorporando os médiuns, aqui dirigindo os falsos pastores. Mas o objetivo é sempre o mesmo: roubar as almas de Deus! 

Já na rua, esta força invisível queria jogar-me debaixo dos carros que passavam. E imaginem, tudo isso acontecia no centro da cidade de São Paulo. Revoltei-me contra minha avó que parecia concordar com tudo aquilo. Ela já quase me batia, no meio da rua, para escândalo nosso. Eu tentava lhe explicar as coisas que havia presenciado e os demônios que ali agiam, também, mas imaginem se ela acreditava! O demônio os cega completamente a todos, e eles não conseguem ver que são apenas explorados, que ali a fé é usada como moeda de troca e que são comercializados.

Expliquei a ela a sessão de hipnose que havia acontecido com um pobre coitado, que ficara o dia inteiro a catar papéis nas ruas para ganhar o mísero pão de cada dia. Mostrei como aquele satânico pastor, movido nada mais que pelo próprio diabo em pessoa – para mim era visível à frente dele – arrancou aquele suado dinheirinho das mãos do infeliz, sem dó nem piedade, dizendo que era para ‘obras da igreja’. Ladrão imundo que para satanás trabalha! Ladrão, duplo ladrão, que dos miseráveis suga, e ainda as almas deles prostitui. Este dinheiro é usado apenas para enriquecimento dos pastores, para gerar uma pavorosa máquina arrecadadora e para roubar em nome de Deus.

Já a divina Palavra nos diz que haveria um tempo em que surgiriam seitas perniciosas e que falsos pastores, movidos por cobiça, fariam comércio dos incautos (II Pd 2,1-3). Estamos nestes tempos malditos! Estes artífices do inferno sugerem àqueles infelizes trabalhadores que, se tudo derem, encontrarão a riqueza e suas casas e seus bens serão transformados em ouro. Bestializados, hipnotizados, movidos eles também, nada mais que pela completa cobiça, se desfazem de tudo o que possuem, até da comida da boca de seus pobres filhos, enquanto com isso fazem somente crescer aquela máquina arrecadadora do inferno e a conta bancária do ‘pastor’ ou da seita. Mas para aqueles que promovem tais abominações está dito: ‘há muito tempo a condenação os ameaça e a sua ruína não dorme’. É só uma questão de tempo!

Finalmente chegamos ao apartamento em que ela morava. Lá mesmo ainda aquela força terrível me procurava arrasar e destruir. O maldito, com certeza, não queria jamais que alguém presenciasse o que acontece nestas falsas seitas – todas elas – constituídas nada mais que para arrecadar dinheiro para o diabo e roubar almas de Deus. Somente pela graça de Deus é que eu consegui me trancar no banheiro da casa, para fugir da fúria de minha parenta e ficar ali rezando desesperadamente, até que pela mesma graça divina fui libertada daquele suplício. Eu havia, de fato, mexido no formigueiro do inferno. Eu havia visto as formigas do demônio, como carregando as almas rumo ao abismo. E satanás não gostou nem um pouco que eu tivesse tomado conhecimento de tudo aquilo.

Não acreditem, ó almas incautas, que aquele dinheiro é para obras. Se existem estas obras, elas certamente não foram pedidas por Deus, mas por homens ladrões. E se não foram pedidas por Deus, pertencem ao diabo! Estas falsas igrejas são como máquinas de arrecadar fundos, roubando descaradamente. Com isso conseguiram produzir poderosos pastores, cheios de fortuna, que enriquecem assustadoramente a cada dia. E voam por ai, de lear-jet, e suas igrejas se expandem e se multiplicam pelo mundo como um cancro. E ainda têm a coragem de dizer que crescem, porque ‘Jesus’ os abençoa! Mil vezes seja dito: Se Jesus fizesse ricos aos que falam de Seu nome, a Igreja católica já seria dona de todo o universo, não somente desta pobre terra. Riqueza é armadilha de satanás!

E a cada dia surgem novos pastores, com as suas falsas igrejas, usando falsamente a Palavra da Deus e movidos apenas pela cobiça vos roubam descaradamente. Ou não é com palavras cheias de astúcia, (II Pd 2,3) vos exploram? O grande objetivo de satanás, que os protege a todos e os comanda a todos, é na verdade usar este dinheiro para tirar almas do verdadeiro caminho, da Igreja Católica, a única que foi fundada por Jesus Cristo, como está em I Tim, 1: O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores! Sim, porque as obras deles são disfarce! Aliás, o mesmo disfarce dos espíritas e suas falsas caridades! Tudo para cegar as almas e levá-las à perdição!

Em suma, este planeta terra já tem um dono único: Jesus Cristo, Filho único de Deus! E a Ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e seu Reino jamais será destruído (Dn 7,14). Ele veio, fundou UMA só Igreja! Deixou-a sob UM único comando: Pedro! E das mãos do Pedro de hoje, João Paulo II, Jesus receberá de volta o cetro, quando Ele voltar em Glória. Aqui não há lugar para duas religiões, porque não existem dois deuses.

 

 

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Quinta-feira, 25 de Abril de 2024










Mulher Vestida de Sol